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Cálculo Biliar

Conhecida como pedra na vesícula, condição afeta mais de 10 milhões de brasileiros

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O que é cálculo biliar?

Os cálculos biliares, ou pedras na vesícula, são depósitos duros de substâncias digestivas que se formam na vesícula biliar, um pequeno órgão localizado no lobo inferior direito do fígado. Eles podem variar em tamanho, desde pequenos como um grão de areia até grandes como uma bola de golfe.

Algumas pessoas desenvolvem apenas um cálculo, enquanto outras, múltiplos. Esses depósitos são formados principalmente por colesterol, que corresponde a cerca de 75% dos casos.

A vesícula biliar tem a função de armazenar a bile, um líquido produzido pelo fígado e lançado para o intestino, essencial para a digestão dos alimentos.

Quando os cálculos bloqueiam o duto biliar, impedem o fluxo normal da bile para o intestino, resultando em uma condição chamada colelitíase. Essa obstrução provoca cólica biliar, caracterizada por dor intensa no lado direito superior do abdômen ou nas costas.

As pedras na vesícula podem ser assintomáticas ou causar crises dolorosas. Se o cálculo ficar preso no duto biliar, a dor persiste até que ele seja deslocado de volta para a vesícula ou empurrado para o intestino, onde a crise diminui.

Quais são os tipos?

Existem dois tipos principais de cálculos biliares:

  • Cálculos biliares de colesterol: são os mais comuns e geralmente aparecem na cor amarela. Sua composição é principalmente de colesterol não dissolvido, além de outras substâncias.
  • Cálculos biliares pigmentados: as pedras costumam ser marrons ou pretas e se formam quando a bile contém muita bilirrubina, um composto produzido quando o corpo quebra as hemácias do sangue.

Quais são os sintomas?

Os sintomas do cálculo biliar incluem:

É importante salientar que nem todos os pacientes apresentam sintomas. Alguns passam a vida toda sem ter nenhuma manifestação.

Quais são as causas e fatores de risco?

A formação de cálculos biliares ocorre devido a um distúrbio nas concentrações de água, sais biliares e colesterol na bile. Geralmente, o excesso de colesterol na bile e a dificuldade de esvaziamento da vesícula biliar levam à formação de pequenos cristais que tem a tendência de aumentar de tamanho e formar pedras maiores.

Além disso, existem vários fatores de risco que aumentam a probabilidade de formação das pedras, como:

  • Alimentação rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras
  • Sedentarismo
  • Tabagismo
  • Diabetes
  • Obesidade
  • Hipertensão
  • Elevação do nível de estrogênio (maior incidência em mulheres)
  • Predisposição genética
  • Idade (60 anos ou mais)
  • Gravidez
  • Perda rápida de peso (como em cirurgia bariátrica)
  • Uso de medicamentos para baixar o colesterol
  • Uso de medicamentos contendo estrogênio (terapia hormonal)
  • Hemólise crônica (destruição de hemácias)
  • Cirurgia ou doenças que afetam a porção final do intestino delgado

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é geralmente realizado por meio de um ultrassom abdominal. Esse exame é altamente preciso para detectar a presença de pedras na vesícula.

Além disso, o médico pode solicitar exames de sangue para medir a quantidade de bilirrubina e enzimas pancreáticas.

É recomendado consultar um clínico geral, endocrinologista ou gastroenterologista para uma avaliação médica e orientação específica.

Cálculo biliar tem cura? Qual o tratamento?

Geralmente, em casos em que os cálculos biliares não causam sintomas, não é necessário um tratamento, apenas monitoramento regular. Porém, se houver sinais, as opções são:

  • Uso de medicamentos para dissolver as pedras ou reduzir a inflamação
  • Cirurgia de Colecistectomia, que consiste na remoção da vesícula biliar. Ela é realizada por videolaparoscopia, com anestesia geral, e a recuperação costuma ser rápida

Consulte um médico para avaliação adequada e orientação sobre o melhor tratamento para o seu caso específico.

Riscos associados ao cálculo biliar

Os cálculos biliares tendem a causar diversas complicações se não forem tratados adequadamente, como:

  • Cólica biliar (dor intensa no abdômen superior direito)
  • Colecistite aguda (inflamação da vesícula biliar, capaz de levar a uma infecção)
  • Coledocolitíase (obstrução do ducto biliar que provoca dor e icterícia)
  • Colangite (inflamação dos ductos biliares, geralmente causada por uma infecção bacteriana)
  • Pancreatite aguda
  • Empiema da vesícula biliar (formação de pus)
  • Perfuração da vesícula biliar
  • Íleos biliar (obstrução intestinal)

A prevenção dessas complicações envolve o diagnóstico e tratamento adequados dos cálculos.

É possível prevenir o cálculo biliar?

Sim, é possível tomar medidas para prevenir a formação de cálculos biliares. Algumas dicas são:

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