Cólera
Doença infecciosa atinge o intestino e causa diarreia com fezes líquidas e acinzentadas
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O que é a cólera?
A cólera é uma doença infecciosa aguda, causada pela bactéria *Vibrio cholerae*, que atinge o intestino delgado, ocasionando sintomas como diarreia volumosa e fezes acinzentadas. A contaminação acontece, geralmente, pelo consumo de água e alimentos contaminados.
Em grande parte dos casos, a cólera não é grave e o paciente pode não ter sintomas ou apresentar somente diarreia leve. No entanto, em sua forma mais grave, a infecção é capaz de levar a quadros graves de desidratação e até a óbito, especialmente em crianças e idosos.
Por conta do seu principal meio de contágio, a doença está ligada a condições precárias de saneamento básico e higiene pessoal. A melhor maneira de preveni-la é lavar bem as mãos com água e sabão e limpar com cuidado verduras, legumes e frutas antes de ingeri-los.
Quais são os principais sintomas?
Os principais sintomas da cólera incluem:
- Diarreia volumosa, que começa de repente
- Fezes líquidas, com um tom acinzentado
- Vômitos e náusea
- Dores e cólicas no abdômen
- Cãibras musculares
O período de incubação da doença leva, em média, entre 2 e 3 dias. Em alguns casos mais raros, o paciente pode apresentar febre leve. Já em situações graves, as evacuações constantes geram perda excessiva de sais minerais e de água em apenas algumas horas, causando:
- Desidratação
- Pele seca e enrugada
- Sede em excesso
- Pouca ou nenhuma produção de urina
- Pressão arterial baixa
- Arritmia cardíaca
- Insuficiência renal
- Letargia
Se esses sintomas não forem devidamente tratados em uma emergência médica, a pessoa pode entrar em coma e, eventualmente, morrer. Crianças e idosos desidratam mais rápido e, por isso, precisam de atenção e cuidado redobrados.
Quais são os meios de transmissão da cólera?
A transmissão da cólera é fecal-oral. Ou seja, acontece pelo consumo de água e alimentos contaminados pela bactéria *Vibrio cholerae*. Uma pessoa que está com cólera, esteja ela apresentando sintomas ou não, consegue transmitir a infecção manipulando alimentos ou tendo contato direto com outro indivíduo.
Peixes e frutos do mar, como ostras e mexilhões, podem ser vetor de contaminação se forem ingeridos crus ou mal cozidos. Outro meio de contrair a doença ocorre ao consumir gelo feito com água não tratada.
A cólera é uma condição recorrente em regiões onde o saneamento básico é precário ou inexistente e consegue se espalhar rapidamente, em especial em locais com um grande aglomerado de pessoas.
Também é considerada uma das doenças mais comuns após as enchentes (assim como a leptospirose e o tétano, por exemplo), pois o acúmulo de água da chuva nas ruas, com lama, lixo e esgoto, se torna um ambiente propício para a propagação da bactéria causadora da infecção.
Como é feito o diagnóstico?
Ao apresentar diarreia líquida em excesso, o paciente deve procurar atendimento em uma emergência médica. Além da observação dos sintomas clínicos, o especialista (um clínico geral ou um infectologista) irá solicitar um exame de fezes, que tem como objetivo isolar e identificar o agente causador da doença.
Várias outras infecções, causadas por bactérias, vírus ou fungos, incluindo febre tifoide, gastroenterites e Covid-19, podem causar diarreia e atacar o intestino. O sintoma também é comum em intolerantes à lactose, portadores da doença celíaca, da doença de Crohn e da síndrome do intestino irritável.
Por isso, o exame de cultura das fezes é essencial para detectar a presença da bactéria *Vibrio cholerae* e confirmar o diagnóstico de cólera.
Cólera tem cura? Como é feito o tratamento?
Se for tratada corretamente, a cólera tem cura. A base do tratamento é manter o paciente hidratado por meio da reposição oral de líquidos como água, água de coco, isotônicos e soros caseiros, já que não existe um remédio próprio recomendado para tratar a doença em si.
É indicado que esse processo comece a ser feito antes mesmo do resultado dos exames ficarem prontos e da conclusão do diagnóstico. Estima-se que menos de 1% dos pacientes que passam por reidratação imediata morrem, de acordo com o Médico Sem Fronteiras.
Em casos mais graves, a hidratação deve ser feita via endovenosa (quando o paciente tem uma veia perfurada para a administração gradual de soro). O médico ainda pode prescrever antibióticos para diminuir a duração dos sintomas, principalmente da diarreia.
Como prevenir a cólera?
A cólera está diretamente conectada a situações de saneamento básico escasso e de higiene pessoal precária. Por isso, as melhores maneiras de prevenir a doença são:
- Lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro e antes de preparar ou ingerir um alimento. Também é recomendado fazer essa limpeza ou utilizar álcool em gel após usar o transporte público, ou tocar em animais, mesmo que sejam domésticos
- Guardar alimentos em recipientes fechados, longe de insetos como moscas
- Desinfetar corretamente as áreas e utensílios utilizados na preparação de comidas
- Evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos, principalmente frutos do mar
- Evitar o consumo de alimentos armazenados ou preparados em condições de má higiene
- Mergulhar frutas, legumes e verduras na água com uma colher de hipoclorito de sódio (cloro). Depois, enxaguá-los em água corrente
- Tratar a água da torneira antes de bebê-la, filtrando, fervendo e colocando duas gotas de hipoclorito de sódio a cada litro de água. Espere ao menos 30 minutos para tomar o líquido após esse processo
- Armazenar a água limpa em uma vasilha ou garrafa com tampa
- Não utilizar a água de riachos, rios, lagos ou poços para tomar banho ou para beber
- Manter o lixo sempre ensacado e tampado
Existem vacinas contra a cólera, mas elas oferecem proteção por apenas um curto período e nem sempre conseguem garantir imunidade total. Por isso, são mais indicadas para quem deseja viajar a uma região onde a doença é endêmica. Mesmo se tiver se vacinado, os cuidados citados acima continuam sendo importantes para evitar a propagação da cólera para pessoas que não foram imunizadas e que estão suscetíveis a contrair a infecção.
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