Coma
Alteração de consciência faz com que a pessoa não responda a estímulos
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O que é coma?
O coma, que também é chamado de estado de coma, é uma condição que altera os níveis de consciência de um indivíduo. Desse modo, ele deixa de responder a estímulos sensoriais e parece estar em um sono profundo, sem interagir com o ambiente.
Nessa situação, o cérebro mantém o funcionamento dos órgãos vitais por meio do envio de impulsos elétricos. Portanto, o coração continua batendo. Por outro lado, o órgão não consegue coordenar a respiração e outras funções básicas de maneira adequada, o que requer o uso de respiradores e o monitoramento de todos os sinais vitais com cautela.
Embora aconteçam atividades cerebrais, acredita-se que o córtex cerebral (parte relacionada à consciência) não funciona. Por isso, não há percepção se si próprio, de ambiente ou sentimento de dor. A pessoa também não sonha, diferente do que ocorre durante um sono normal. É um estado totalmente desconexo.
A alimentação ocorre por meio de tubos, já que a pessoa não esboça reação para se alimentar por conta própria. A urina e as fezes também são coletadas em sondas e são indicativos do funcionamento dos órgãos do paciente. A urina escura e turva, por exemplo, é capaz de apontar problemas nos rins.
Uma pessoa em coma está legalmente viva e pode voltar a acordar. O tempo é incerto e varia conforme idade, causa e saúde no geral. É diferente de quadros de morte cerebral, em que não há nenhum tipo de atividade elétrica no cérebro e o indivíduo se mantém apenas pelo uso de aparelhos.
Quais são os principais sintomas?
Existem alguns sinais que caracterizam o estado de coma. Os principais são:
- Olhos fechados
- Ausência de resposta verbal ou motora
- Estado de inconsciência profunda
- Pupilas dilatadas, puntiformes ou desiguais
- Olhos que não se movem conforme a rotação da cabeça
- Ausência de piscar quando há algum tipo de ameaça frente aos olhos
- Padrões respiratórios anormais, acompanhados de hipertensão ou bradicardia, capazes de gerar paradas respiratórias ou cardíacas de maneira súbita
- Disfunções motoras
É importante destacar que existem vários graus de redução da consciência. Outros sintomas costumam surgir de acordo com as causas do coma.
Quais são as causas do coma?
As causas do coma ainda não foram totalmente esclarecidas. No entanto, algumas ações ou condições são capazes de alterar os níveis de consciência:
- Infecções: meningite, encefalite ou sepse (infecção generalizada) conseguem atingir vários órgãos e levar ao coma.
- Uso excessivo de drogas ou álcool: substâncias químicas e tóxicas usadas de maneira abusiva podem causar perda grave de consciência (coma não-estrutural).
- Acidente vascular cerebral (AVC): um derrame resulta na interrupção do fluxo sanguíneo em regiões do cérebro (conforme a veia afetada) e é capaz de provocar o coma.
- Traumatismo craniano ou cranioencefálico: lesões no crânio e que afetam ou não o cérebro conseguem atingir os níveis de consciência.
- Problemas na oxigenação do cérebro: é possível que a pessoa entre em coma devido à baixa oxigenação no cérebro, frequentemente causada por doenças pulmonares graves, inalação excessiva de monóxido de carbono e afogamento.
- Hipoglicemia: a redução de glicose no sangue também está relacionada com o coma.
Outras causas incluem:
- Tumores
- Inflamações
- Trombose venosa
- Hidrocefalia
- Insuficiência renal ou hepática
- Diabetes
- Hipotireoidismo ou hipertireoidismo
- Hiponatremia ou hipernatremia (níveis elevados ou baixos de sódio)
Quais são os tipos de coma?
Os médicos utilizam a escala de coma Glasgow para avaliar o grau de consciência dos pacientes. Essa escala avalia a capacidade de abrir os olhos, falar e obedecer a comandos motores. Para cada um desses itens, há uma pontuação que vai de 1 a 5 conforme as respostas do indivíduo. A contagem atinge no mínimo 3 e no máximo 15 pontos, sendo que 3 aponta para um nível de coma profundo e 15 para uma pessoa que está completamente consciente.
Além de medir a gravidade, é possível classificar o coma de acordo com as suas causas:
- Coma estrutural: surge quando há uma lesão no cérebro ou no sistema nervoso, geralmente resultante de acidentes automobilísticos, quedas ou derrames.
- Coma não-estrutural: ocorre principalmente em casos de intoxicação por medicamentos, álcool (coma alcóolico) ou drogas ilícitas (overdose), mas também pode acontecer em pacientes com a diabetes descompensada, o que afeta o funcionamento cerebral e leva ao coma.
- Coma induzido: é o tipo de coma ocasionado pela própria equipe médica. Nesses casos, os especialistas administram sedativos na veia do paciente, reduzindo as funções cerebrais. O objetivo é proteger o cérebro especialmente em casos de traumatismo cranioencefálico (diminuindo o inchaço, evitando a pressão intracraniana e preservando as atividades do órgão).
Existem fatores de risco para o coma?
Todas as pessoas estão propensas a desenvolver o coma quando ele é causado por traumas ou lesões no cérebro. Porém, existem fatores de risco para certas condições que ocasionam a alteração na consciência, como:
- Obesidade
- Sedentarismo
- Hipertensão
- Diabetes
- Doenças que afetam a tireoide
- Idade avançada, já que idosos são mais sujeitos a contrair infecções e ter reações tóxicas a medicamentos, além de estarem propícios a quedas e acidentes devido à perda gradual de mobilidade
Como é feito o diagnóstico?
É comum que os pacientes em coma sejam atendidos, inicialmente, na emergência médica por um clínico geral. Como a pessoa está desacordada, todas as informações devem ser repassadas por familiares ou acompanhantes da vítima.
Posteriormente, é indicado o encaminhamento para um neurologista, que deve realizar exames físicos, para checar os sinais vitais e identificar ferimentos, e exames neurológicos, avaliando conforme a escala de Glasglow.
Ainda é necessário realizar exames laboratoriais para verificar as funções renais e hepáticas, assim como os níveis de glicose e coagulação. Testes toxicológicos são importantes para determinar ou descartar possíveis causas do coma.
Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada e ressonância magnética do crânio, são essenciais para checar o cérebro. Também é indispensável fazer uma radiografia do tórax para verificar doenças pulmonares.
Se a tomografia e a ressonância não forem suficientes para apontar as causas do coma, o médico deve solicitar uma punção lombar para excluir ou confirmar infecções, hemorragias, entre outros.
Coma tem cura? Como é feito o tratamento?
É possível que o paciente acorde do coma. No entanto, não há como determinar uma data para isso acontecer. O objetivo do tratamento é trazer a pessoa de volta ao estado normal de consciência e, para isso, o mais indicado é encontrar a causa do coma para tratá-la o quanto antes.
Porém, muitas vezes não se sabe logo de início as razões para o problema. Dessa maneira, a estratégia terapêutica busca garantir o funcionamento de todo o organismo, a fim de evitar sequelas graves, por meio de:
- Controle da glicose
- Regulação do oxigênio
- Manutenção da circulação sanguínea
- Redução de possíveis pressões intracranianas
- Tratamento de possíveis infecções
- Controle de possíveis convulsões
- Acompanhamento da temperatura
- Equilíbrio do sódio e potássio
O neurologista também deve acompanhar a evolução do coma, que passa pelas seguintes classificações:
- Coma: é a etapa do coma propriamente dito, em que o paciente não possui consciência de si próprio e do ambiente, e não responde a qualquer tipo de estímulo.
- Estado vegetativo persistente: demonstra a melhora do indivíduo. Nesse estágio, a pessoa ainda não possui consciência e não consegue interagir, mas já pode abrir os olhos, piscar e bocejar, por exemplo.
- Estado minimamente consciente: nessa etapa, há um grau maior de consciência. O paciente ainda não é capaz de falar, mas consegue seguir movimento com os olhos e apresenta certa melhora.
A evolução entre os níveis de classificação costuma durar um mês, sendo que há a possibilidade de o indivíduo permanecer em estado vegetativo por meses ou anos.
Pacientes que estão em estado de coma grave apresentam evolução ou piora do quadro, já que essa etapa não é permanente. Se não há sinais de melhora, a pessoa costuma falecer após algum tempo.
Complicações relacionadas ao estado de coma e recuperação
Nem sempre o coma consegue ser revertido. Quando é causado por intoxicações ou queda da glicose, há maiores chances de voltar à consciência.
Por outro lado, a recuperação de um coma causado por lesões ou outros problemas cerebrais costuma ser lenta e, em várias situações, com sequelas na fala e nos movimentos, se o paciente voltar a acordar.
Por isso, é importante contar com o auxílio de uma equipe multidisciplinar que inclua enfermeiros, neurologistas, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos.
Outras complicações que devem ser citadas são:
- Lesões na traqueia e nos pulmões devido ao longo período de intubação
- Feridas ou atrofia dos músculos, resultantes da falta de mobilidade
- Neuropatia (fraqueza, dormência e dor gerados por danos em nervos, geralmente nos pés ou nas mãos)
As consequências do coma e as alterações incisivas na vida da pessoa podem levar ao desenvolvimento de depressão, ansiedade e outras doenças psicológicas. Nesses casos, o acompanhamento com psicólogos e psiquiatras também é importante.
É possível prevenir o coma?
Alguns tipos de coma são causados por doenças capazes de serem prevenidas ou controladas, como é o caso da diabetes, do alcoolismo, do vício em drogas e de outras condições metabólicas.
Para isso, é recomendado fazer check-ups médicos regulares, pelo menos uma vez ao ano, para identificar possíveis enfermidades e começar a tratá-las o quanto antes. Exercícios físicos regulares e dietas balanceadas, com corte de açúcar e alimentos processados, são indicados para todas as pessoas que desejam ter uma vida longa e saudável.
Traumas e lesões em acidentes conseguem ser prevenidos com o uso de capacetes, respeito às normas de trânsito e atenção redobrada. Não se colocar em situações de risco, que possam ocasionar quedas, também é importante.
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