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Difteria

Doença bacteriana causa placas esbranquiçadas nas amígdalas e dificuldades respiratórias

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O que é difteria?

A difteria é uma doença causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. Também conhecida como crupe, essa enfermidade é bastante transmissível e consegue afetar diversas partes do corpo ao adentrar a corrente sanguínea. Dessa forma, os sintomas atingem as amígdalas, a laringe, o nariz e até a pele e as mucosas em alguns casos.

Embora seja mais comum em crianças, a difteria também é capaz de afetar adultos que não foram devidamente imunizados. A melhor maneira de prevenir essa infecção é por meio da vacina pentavalente, que deve ser aplicada ainda na infância.

Os números de casos costumam aumentar durante o inverno, porque as pessoas têm maior tendência a permanecer em ambientes fechados para fugir do frio, o que eleva as chances de propagação da bactéria.

Nem todos os pacientes com difteria chegam a desenvolver sintomas e alguns apresentam sinais leves de contágio. No entanto, é importante ter atenção, porque os quadros podem se agravar, causando insuficiência respiratória e renal, condições cardíacas e problemas neurológicos.

Quais são os principais sintomas?

Os principais sintomas de difteria incluem:

  • Placas grossas, brancas ou acinzentadas, presentes na região das amígdalas e na garganta
  • Dor leve na garganta
  • Gânglios inchados no pescoço
  • Dificuldade para respirar
  • Dificuldade ou dor para engolir
  • Cansaço, fadiga e mal-estar
  • Febre que costuma ser baixa
  • Palidez
  • Coriza
  • Manchas avermelhadas no corpo
  • Erupções cutâneas ou úlceras, se a doença atingir a pele

Além disso, as placas que geralmente cobrem as amígdalas conseguem se espalhar por outras regiões do organismo, causando complicações.

O que causa difteria e quais são os meios de transmissão?

A bactéria Corynebacterium diphtheriae é a responsável pela difteria. Já a transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. É mais raro, mas também é possível contrair a doença pelo contato direto com objetos contaminados.

O período de incubação dura, em média, de 1 a 6 dias. A transmissibilidade, por outro lado, persiste por até 2 semanas após o início dos sintomas.

No outono e no inverno, os casos de difteria se tornam mais frequentes, pois é comum que as pessoas fiquem em locais fechados e com maior aglomeração, o que facilita o contágio.

Quais são os fatores de risco da doença?

A difteria é uma doença grave, capaz de atingir pessoas de todas as idades e sexo que não estejam corretamente protegidas com o esquema vacinal adequado.

Entre os fatores de risco, podemos citar:

  • Adultos e crianças que não foram vacinados
  • Moradores de locais onde há superlotação
  • Pessoas que viajam para localidades em que a difteria é endêmica

Como é feito o diagnóstico de difteria?

O diagnóstico de difteria deve ser feito por um clínico geral ou pelo infectologista, ou por pediatras, no caso de crianças. Para confirmar a doença, o especialista realiza uma avaliação física e faz a anamnese para entender o histórico de saúde do paciente.

É comum que exames de sangue e cultura das placas presentes nas amígdalas sejam solicitadas para confirmar a existência da bactéria. Se os resultados forem positivos, é indicado fazer um antibiograma para identificar o antibiótico mais adequado para matar o microrganismo invasor e tratar os sintomas.

Difteria tem cura? Como é feito o tratamento?

A difteria tem cura, e o tratamento tem que ser recomendado por um médico especialista. No geral, o primeiro passo é administrar uma injeção de antitoxina diftérica, uma substância responsável por diminuir a ação das toxinas liberadas pela bactéria invasora.

Esse procedimento já auxilia na melhora dos sintomas, mas ainda é necessário seguir o tratamento com antibióticos para conter o avanço da infecção e remédios para controlar a febre, como paracetamol, se houver necessidade.

Se a respiração estiver afetada, o médico pode indicar o uso de máscara de oxigênio para aumentar os níveis de oxigênio no organismo. É importante ter em mente que pacientes com difteria precisam permanecer pelo menos 3 dias em repouso para facilitar a recuperação.

Além disso, também é indicado ingerir bastante líquido para manter o corpo hidratado. Em quadros graves, com sintomas muito fortes, é possível que o indivíduo seja encaminhado para internação, permanecendo em observação e em isolamento, para não transmitir a doença a mais ninguém.

Quais são as complicações causadas pela difteria?

Se a difteria não for devidamente tratada, o caso pode evoluir para quadros de insuficiência respiratória, insuficiência renal, problemas neurológicos e/ou cardíacos.

Dessa forma, ao notar os primeiros sintomas, é de extrema importância buscar a emergência médica para confirmar o quadro e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível.

Como prevenir a doença?

A melhor maneira de se prevenir é por meio da vacinação. A pentavalente protege contra difteria, coqueluche, tétano, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B.

O público-alvo das campanhas desse imunizante são as crianças, que devem receber três doses no total, aos dois, quatro e seis meses de vida. O intervalo recomendado entre uma dose e outra é de 60 dias.

Ao completar 1 ano de idade, é necessário tomar o reforço da vacina tríplice bacteriana, que imuniza contra difteria, coqueluche e tétano. O reforço, que é conhecido como DTP, precisa ser administrado aos 15 meses e depois aos 4 anos, completando este esquema vacinal.

Os imunizantes contra difteria são considerados seguras e causam poucos efeitos colaterais, que incluem febre, irritabilidade e dores no local da aplicação. No entanto, os sintomas desaparecem em poucos dias.

Além disso, é importante manter bons hábitos de higiene, lavar bem as mãos com água e sabão, utilizar álcool em gel, limpar superfícies e objetos que podem estar contaminados e procurar tossir apenas na dobra do braço, para evitar a propagação da bactéria. Outra medida essencial é a de manter distanciamento social de pessoas doentes.

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