Falta de Ar

O que é a falta de ar?

Também chamada de dispneia, a falta de ar é uma sensação de dificuldade para respirar. É como se a quantidade de ar que entra nos pulmões fosse insuficiente ou se houvesse algum obstáculo para expirar o ar já respirado.

É descrita pelas pessoas como uma sensação de “respiração curta”, “aperto no peito”, “não ter ar suficiente”. Pode ter diversas causas, desde situações simples como estresse, ansiedade, excesso de atividade física ou gravidez, até problemas mais graves como doenças cardíacas, pulmonares, alérgicas ou infecciosas.

Algumas dicas para aliviar a falta de ar são: sentar-se em uma posição confortável, respirar profundamente pelo nariz e soltar o ar pela boca, beber água e evitar ambientes poluídos ou com fumaça.

Não hesite em procurar ajuda médica se for uma condição persistente, intensa ou acompanhada de outros sintomas como dor no peito, tosse, febre ou cianose (coloração azulada da pele ou das mucosas).

Quais são os tipos de falta de ar?

Alguns tipos de falta de ar são:

• Aguda: surge de forma súbita e intensa, indicando uma emergência. Possíveis causas são: crise de asma, ansiedade, reação alérgica severa, pneumonia, embolia pulmonar, bloqueio das vias respiratórias ou ataque cardíaco.
• Crônica: persiste por semanas, meses ou anos, interferindo na qualidade de vida. Possíveis causas são: obesidade, falta de condicionamento físico, consequências de tabagismo, infecção pulmonar, doenças cardíacas ou anemia.
• Gravidez: ocorre devido às mudanças no corpo da mulher, principalmente no terceiro trimestre, quando o útero comprime o diafragma e reduz o espaço para os pulmões. Geralmente não é grave, mas deve ser avaliada pelo médico.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas de falta de ar são:

• Dificuldade para respirar ou sensação de sufocamento
• Respiração ofegante, rápida ou superficial
• Esforço no pescoço ou no tórax para conseguir inspirar ou expirar
• Interrupção do sono durante a noite por falta de ar
• Cansaço ao realizar tarefas do dia a dia que exigem esforço físico
• Lábios, unhas ou pele com coloração azulada, ou arroxeada (cianose)
• Tosse, chiado ou dor no peito

Quais são as causas e fatores de risco?

As causas da falta de ar são divididas em quatro grupos principais e estão relacionadas:

• Ao ar: quando o nível de oxigênio no ar está baixo, como em altas altitudes, ou quando há poeira, fumaça ou poluição no ambiente, dificultando a respiração.
• As vias aéreas: quando há algum obstáculo ou inflamação que impede a passagem do ar, como engasgo, asma, bronquite, enfisema, pneumonia, tuberculose, Covid-19, embolia pulmonar ou derrame pleural.
• Ao sangue: quando há uma diminuição da quantidade ou da qualidade das hemácias (glóbulos vermelhos) ou da hemoglobina, responsáveis por transportar o oxigênio no sangue, como na anemia, na hemorragia ou na intoxicação por monóxido de carbono.
• Ao coração: quando há algum problema na função ou na circulação cardíaca que compromete o bombeamento do sangue oxigenado para os tecidos, como na insuficiência cardíaca, no infarto do miocárdio, na arritmia, na hipertensão ou na cardiopatia congênita.

Alguns fatores de risco que aumenta a chance de desenvolver falta de ar são: tabagismo, obesidade, sedentarismo, idade avançada, histórico familiar de doenças cardíacas ou pulmonares, alergias respiratórias, exposição a agentes químicos ou infecciosos, estresse ou ansiedade.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por especialistas como clínico geral, pneumologista ou cardiologista, dependendo da origem da dispneia. O médico irá avaliar o histórico, os sintomas e o exame físico do paciente. Além disso, pode solicitar alguns testes complementares para identificar a causa e a gravidade da falta de ar, como:

• Exames de sangue
• Raio-x
• Eletrocardiograma
• Espirometria
• Ecocardiograma
• Teste de esforço
• Ressonância magnética

Riscos associados à falta de ar

A falta de ar pode ser um sintoma de várias doenças que afetam o sistema respiratório, o sistema circulatório, o sangue ou o sistema nervoso. Alguns dos riscos associados a condição são:

• Hipóxia (diminuição da quantidade de oxigênio no sangue e nos tecidos, que causa danos cerebrais, cardíacos, renais ou hepáticos, e pode até mesmo levar à morte)
• Insuficiência respiratória (incapacidade dos pulmões de realizar as trocas gasosas adequadamente, o que provoca acúmulo de gás carbônico no sangue e acidose metabólica, comprometendo o funcionamento de vários órgãos)
• Insuficiência cardíaca
• Anemia
• Anafilaxia (reação alérgica grave e potencialmente fatal, que causa inchaço das vias aéreas, urticária, queda da pressão arterial, perda de consciência ou parada cardiorrespiratória)
• Ansiedade ou crise de pânico

Falta de ar tem cura? Qual o tratamento?

Sim, a falta de ar tem cura, dependendo da causa e da gravidade do quadro. Seu tratamento varia conforme o diagnóstico. Algumas medidas importantes que ajudam a tratar a condição são:

• Sentar-se em uma posição confortável, respirar profundamente pelo nariz e soltar o ar pela boca
• Beber água, para hidratar as vias aéreas e facilitar a expectoração
• Evitar ambientes poluídos ou com fumaça, que podem irritar as mucosas respiratórias
• Usar os medicamentos prescritos pelo médico corretamente
• Fazer inalação com soro fisiológico ou vapor de eucalipto, para umidificar e desobstruir as vias aéreas
• Tomar chás ou xaropes naturais, que tenham propriedades expectorantes, anti-inflamatórias ou calmantes

Em casos mais graves, é necessário o uso de oxigênio, respiradores, corticoides ou imunoglobulina, que devem ser administrados em ambiente hospitalar, sob supervisão médica.

É possível prevenir a falta de ar?

Sim, é possível prevenir a falta de ar adotando algumas medidas que visam melhorar a saúde respiratória e cardíaca. Confira:

• Evite o tabagismo
• Mantenha um peso adequado
• Pratique atividade física regularmente
• Tenha uma alimentação saudável
• Evite a exposição a poluentes ambientais e agentes irritantes, como poeira, fumaça, pólen, mofo, pelos de animais, produtos químicos ou perfumes
• Use a medicação conforme a prescrição médica, principalmente se tiver alguma doença crônica
• Controle o estresse e a ansiedade, buscando ajuda psicológica se necessário e praticando técnicas de relaxamento como meditação, respiração profunda ou ioga

Seguindo essas recomendações, é possível prevenir a falta de ar e melhorar a sua qualidade de vida.