Fotofobia
Sensibilidade à luz pode ser sintoma de diversas doenças que variam em gravidade
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60%O que é fotofobia?
A fotofobia é uma condição relacionada à sensibilidade anormal à luz. Não é uma doença por si só, mas sim um sintoma associado a diversas enfermidades, que variam em gravidade (de leves a graves).
O problema ocorre quando as células fotossensíveis da retina não conseguem suportar o excesso de luz. Dessa forma, ocorre um incômodo nos olhos, em intensidade que muda de pessoa para pessoa e conforme a doença que está causando a fotofobia.
Trata-se de um sintoma bastante comum, mas que costuma ter maior incidência em pessoas com olhos claros (azul, verde ou castanho claro) ou albinas, já que a sensibilidade é maior devido à menor pigmentação.
Quem tem fotofobia enfrenta uma reação extrema à luminosidade e não consegue olhar diretamente para a claridade, seja ela natural ou artificial. Em casos mais graves, até a luz normal do ambiente é capaz de gerar dor na região ocular.
Quais são os principais sintomas?
Apesar de a fotofobia já ser considerada um sintoma, ela pode vir acompanhada de outras manifestações, como:
- Dor nos olhos
- Dor de cabeça
- Olhos lacrimejantes ou secos
- Dificuldade em manter os olhos abertos
- Dificuldade para ler
- Vermelhidão e ardor na região ocular
- Irritação ocular
- Vista embaçada
- Inchaço ocular
O que causa fotofobia?
A fotofobia pode ser causada por condições oculares ou por doenças que não afetam diretamente os olhos. Veja alguns exemplos:
Causas oculares:
- Doenças da córnea
- Uveíte (doença inflamatória que afeta o tecido o revestimento interior do olho)
- Conjuntivite
- Blefarite (inflamação das pálpebras)
- Irite (inflamação na íris do olho)
- Síndrome do olho seco
- Astenopia (fadiga ocular ou “vista cansada”)
- Ceratoconjuntivite (inflamação ocular que afeta a córnea e a conjuntiva ao mesmo tempo)
- Doenças da retina ou vítreo
- Neurite óptica (inflamação do nervo óptico)
- Papiledema (condição que causa inchaço no nervo óptico)
- Abrasão da córnea (corte ou arranhão na parte transparente do olho)
- Calázio
- Glaucoma
- Catarata
- Episclerite (inflamação do tecido que fica entre a esclera e a conjuntiva)
Causas não oculares:
- Enxaqueca
- Meningite
- Traumatismo craniano
- Hemorragia subaracnoide (sangramento no cérebro)
- Lesões na cabeça
- Infecções virais, como gripes e resfriados
- Herpes ocular
- Albinismo
- Depressão
- Botulismo
- Uso de alguns medicamentos, como antibióticos, antipsicóticos ou remédios que dilatam a pupila
- Uso de drogas, como anfetaminas e cocaína
- Contaminação por mercúrio
- Uso inadequado ou excessivo de lentes de contato
Como é feito o diagnóstico?
A fotofobia deve ser diagnosticada por um médico oftalmologista, com base na avaliação física dos olhos e na anamnese, de acordo com os detalhes dos sintomas e do histórico oferecido pelo paciente.
É comum que o especialista também solicite exames oftalmológicos, como:
- Teste de acuidade visual: para avaliar a qualidade da visão
- Exame com lâmpada de fenda: com objetivo de examinar as estruturas dos olhos (córnea, íris e conjuntiva) em busca de lesões ou inflamações
- Teste de reflexo pupilar: para verificar como a pupila reage à luz
- Exame de fundo de olho: a fim de avaliar a retina e o nervo óptico
Com base nos resultados, o oftalmologista prescreve o tratamento para a condição que está causando a fotofobia ou identifica que a doença em questão não é ocular.
Nesse segundo caso, ele encaminha o paciente para outro especialista, muitas vezes um neurologista, responsável por diagnosticar e tratar quadros de meningite, enxaqueca, traumatismo craniano, entre outros.
O neurologista também costuma solicitar exames, que incluem:
- Avaliação neurológica básica: para medir reflexos, coordenação e força
- Exames de imagem: ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC), para descartar ou detectar lesões cerebrais ou inflamações
- Punção lombar: indicada em casos de suspeita de meningite
Os dois especialistas ainda podem pedir um hemograma completo, com objetivo de verificar a existência de uma infecção bacteriana ou viral no organismo.
Fotofobia tem cura? Como é feito o tratamento?
Como a fotofobia em si não é uma doença, mas um sintoma relacionado a diversas condições, a cura ou o controle do problema depende do que está causando essa sensibilidade.
Na maioria das vezes, quando a enfermidade que está provocando a fotofobia é tratada (como uma infecção, enxaqueca ou lesão ocular), a sensibilidade à luz diminui ou desaparece.
No entanto, algumas condições crônicas, como albinismo ou certas doenças neurológicas, são capazes de causar fotofobia persistente, que consegue ser controlada, mas não completamente eliminada.
Além do albinismo, indivíduos com os olhos claros também têm tendência a sofrer com fotofobia crônica. Nessas situações, é necessário tomar alguns cuidados, como utilizar óculos de sol.
Existem maneiras de prevenir a fotofobia?
Sim, existem maneiras de prevenir a sensibilidade à luz, como:
- Use óculos de sol com proteção UV
- Utilize lentes fotossensíveis
- Evite luzes muito intensas ou brilhantes
- Ajuste o brilho de computadores e celulares e faça pausa regulares, principalmente se tiver que trabalhar com telas
- Hidrate os olhos com colírios
- Realize consultas oftalmológicas regulares
- Trate infecções oculares imediatamente
- Identifique e evite gatilhos de enxaquecas
- Use proteção ocular em atividades de risco (como trabalhar com produtos químicos, solda ou na prática de esportes radicais)
- Tenha uma alimentação rica em vitaminas A e C
- Mantenha-se hidratado para evitar olhos secos
- Faça o uso de medicamentos apenas com prescrição e orientação médica
- Não use drogas e tenha um estilo de vida saudável
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
National Library of Medicine - Expression of Recombinant Human Coagulation Factor VII by the Lizard Leishmania Expression System
Cleveland Clinic - Photophobia
Helathline - What Causes Light Sensitivity?
Medical News Today - What to know about photophobia
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