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Paralisia do Sono

Distúrbio do sono causa sensação de falta de ar, angústia, medo e alucinações

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O que é a paralisia do sono?

A paralisia do sono é um distúrbio que se caracteriza pela impossibilidade temporária de se mexer ou falar no momento da transição entre estar dormindo e acordado.

As explicações para os motivos que desencadeiam a paralisia do sono chegaram a vir de lendas folclóricas, além de fenômenos paranormais, como bruxaria, possessão demoníaca, abdução por alienígenas, entre outros. No Brasil, por exemplo, existe a lenda da “Pisadeira”, uma idosa de aparência medonha que se esconde nos telhados e pisa no peito de quem dorme de barriga virada para cima.

Cientificamente, a paralisia é um estado de desconexão temporária das funções motoras, perceptivas, emocionais ou cognitivas. Essa descontinuidade acontece na mudança do estado de sono para vigília, ou vice-versa. Nesse momento, os movimentos musculares conscientes são inibidos, a respiração e a visão permanecem inalterados e é possível perceber o ambiente de imediato.

Essa experiência é capaz de causar a impressão de estar desperto e sonhando ao mesmo tempo e, por isso, desencadeia sensações de aperto no peito, desespero, pânico e até mesmo alucinações. Por sua vez, as alucinações são associadas a um entrar e sair abrupto da fase REM do sono, aquela em que ocorrem os sonhos. Nesse momento, o corpo fica paralisado, com exceções de órgãos vitais, como coração e pulmão, e genitais.

Dessa forma, a paralisia do sono pode ser traumática. Pessoas com episódios frequentes, além de vivenciarem consequências durante o dia, como fadiga, sonolência e dificuldades de concentração, também entram em um estado persistente de ansiedade e medo de adormecer. Nem sempre a paralisia do sono estará associada a essas consequências ou a outros transtornos, mas a experiência tende a ser assustadora.

Quais são as causas da paralisia do sono?

A paralisia do sono ainda é pouco estudada, apesar de ser relativamente comum. Atualmente, não é determinado com exatidão o que é capaz de desencadear os episódios, porém, existem fatores que aumentam as chances de uma pessoa experienciar um episódio durante seu sono. Por exemplo:

Quais são os sintomas de paralisia do sono?

Os sinais da paralisia do sono costumam passar após um período que varia de segundos a alguns minutos, ou caso a pessoa seja tocada ou estimulada por algum barulho.

Os principais indicativos de um episódio são:

  • Alucinações visuais e auditivas, como ver terceiros que não estão no ambiente e ouvir vozes e sons
  • Não conseguir falar e movimentar o corpo, apesar de se sentir acordado
  • Medo, angústia e ansiedade
  • Palpitações
  • Sensação de sufocamento ou pressão sobre o peito
  • Dificuldades para respirar e falta de ar
  • Se sentir flutuando, fora do corpo ou caindo

O que fazer durante um episódio de paralisia?

Apesar da paralisia do sono causar desespero por fazer com que o indivíduo não consiga reagir diante da ameaça sentida, é preciso tentar manter a calma nesse momento. Ao saber que essa condição não é desencadeada por fatores sobrenaturais e que ela é temporária, durando no máximo 4 minutos, conseguimos ter consciência de que não é necessário entrar em pânico.

Algumas estratégias podem ajudar a passar por esse momento da maneira mais rápida e menos traumática possível, como:

  • Se concentrar em fazer exercícios de respiração
  • Repetir mantras positivos e se lembrar de que aquele estado irá passar
  • Focar no ambiente que o cerca e manter a calma
  • Fazer movimentos discretos para retomar a sensação de controle do corpo, como mexer os dedos, a língua, ou imaginar que está se movimentando

Como a paralisia do sono é diagnosticada?

Ao vivenciar episódios de paralisia do sono ou sentir os sintomas descritos anteriormente, é importante consultar um especialista como um médico do sono, psiquiatra ou clínico geral para conseguir um diagnóstico adequado e seguir com um tratamento.

Geralmente, o diagnóstico é baseado nos relatos do paciente, levando em consideração seu histórico de saúde, medicamentos utilizados e os sintomas presentes. Além disso, o especialista também pode indicar exames para confirmar o quadro e descartar outras condições, como a epilepsia e a narcolepsia, capazes de causar sintomas similares em algumas pessoas.

Os exames solicitados costumam ser o eletroencefalograma ou a polissonografia, que é não invasiva e realizada enquanto o paciente está dormindo, permitindo verificar o que acontece com seu corpo durante o sono.

Qual o tratamento? Como evitar que a paralisia do sono aconteça?

Grande parte das pessoas experimenta a paralisia do sono raramente e não tem necessidade de se preocupar com episódios eventuais. Entretanto, quando essa condição começa a ser recorrente (considera-se preocupante dois episódios num período de seis meses) ela precisa ser tratada, pois também é possível que estejam relacionados a questões emocionais ou outros transtornos.

Comumente, o tratamento realizado é por meio de psicoterapia para trabalhar em medidas comportamentais, exercer hábitos de higiene do sono e com medicamentos que ajudem o paciente a dormir melhor.

Algumas estratégias que ajudam a melhorar a qualidade do sono e reduzir ao máximo a possibilidade de ter um episódio de paralisia incluem:

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