Saúde e Bem-estar
A importância da vitamina D e o cuidado com o seu excesso
15 de janeiro de 2023
Benefícios da vitamina D3 ou colecalciferol, riscos da deficiência e quais problemas a superdose pode trazer
Muito já se falava sobre a vitamina D e sua importância para a saúde. Depois da pandemia de Covid-19, essa atenção só se intensificou, por uma das maiores preocupações ser o sistema imunológico, responsável pela defesa do nosso organismo.
A vitamina D é importante para a regulação da concentração de cálcio e fósforo no organismo, ajudando a fortalecer os ossos e dentes, além de melhorar a nossa imunidade e auxiliar na prevenção de algumas doenças, como diabetes e pressão alta.
Na forma da vitamina D3 ou colecalciferol, ela é produzida no organismo pela exposição da pele à luz solar, ou pode ser obtida por meio do consumo de alguns alimentos de origem animal, como peixes e leite. Já na forma da vitamina D2, ou ergocalciferol, essa vitamina está presente em suplementos, alimentos fortificados e alguns vegetais e fungos.
Outro dos seus principais benefícios é manter o cérebro funcionando e fortificar músculos. Para as mulheres, ela é fundamental na prevenção da osteoporose.
Já a deficiência de vitamina D pode causar diversos problemas: está relacionada a várias doenças, como infecções virais e bacterianas, doenças inflamatórias intestinais, doenças autoimunes, cardiovasculares e neurodegenerativas.
Saiba quais são as fontes de vitamina D
A vitamina D é um hormônio esteroide que se desenvolve em nosso organismo somente com a exposição ao sol, ou seja, ela não é produzida naturalmente. Dez a 15 minutos diários de exposição, antes das 10h ou após às 16h, já é suficiente para quem tem a pele clara.
No caso da pele morena ou negra, esse tempo deve ser de 30 minutos a 1 hora por dia. Quanto mais escura a pele, mais difícil é a produção de vitamina D, segundo especialistas.
Para que o organismo absorva melhor a vitamina D, esse curto banho de sol pode ser feito sem o uso do protetor solar (desde que seja realizado no horário indicado acima). Também não é necessário ficar exposto na piscina ou na praia. Atividades simples, como caminhadas e prática de exercícios ao ar livre, já fornecem a quantidade diária necessária que o organismo precisa.
Se a exposição ao sol for no período entre 10h e 16h, aquele em que há maiores níveis de raios (Raios Ultravioleta B) UVB, é recomendado o uso do protetor com FPS 50, pois são as horas mais quentes do dia.
A alimentação também pode ser uma aliada para ajudar a manter os níveis da vitamina D equilibrados. Ela pode ser encontrada nos peixes de água salgada, como sardinha e salmão; na carne; no leite; nos ovos (gema); na manteiga; nas castanhas e nozes; nos cogumelos; no feijão; na couve e no espinafre.
Nos últimos anos, vem crescendo o número de pessoas com deficiência de vitamina D no organismo, muito provavelmente pela pouca exposição solar associada ou não a uma dieta inadequada.
O uso de suplementos orais deve ser feito apenas com recomendação médica, pois, em excesso, a vitamina D aumenta a concentração de cálcio no sangue, o que favorece a formação de cálculos renais. Os sintomas mais comuns de intoxicação pela vitamina D são as náuseas, a sede, a fraqueza, o nervosismo, o aumento da pressão arterial e a vontade de urinar.
Em adultos saudáveis, a recomendação diária de colecalciferol é de 15 microgramas (mcg) de vitamina D. Para pessoas com mais de 70 anos, a recomendação é consumir 20 mcg por dia.
Benefícios da vitamina D
As principais funções da vitamina D incluem:
- Fortalecimento de ossos e dentes: aumenta a absorção de cálcio e fósforo no intestino e facilita a entrada desses minerais nos ossos, que são essenciais para a sua formação
- Prevenção da diabetes: atua na manutenção da saúde do pâncreas, que é o órgão responsável pela produção de insulina, o hormônio que regula os níveis de glicose no sangue
- Melhora do sistema imunológico: previne o surgimento de gripes e resfriados
- Redução da inflamação do organismo: ajuda na prevenção e combate de doenças autoimunes, como psoríase, artrite reumatoide, doença inflamatória intestinal e lúpus
- Melhora da saúde cardiovascular: previne o surgimento da pressão alta, infarto, derrame e aterosclerose
- Fortalecimento muscular: participa do processo de formação dos músculos e promove a força muscular, prevenindo as quedas entre os idosos.
Além disso, a vitamina D é integrante da produção de queratinócitos (células responsáveis por manter a hidratação e maciez da pele).
Deficiência de vitamina D
A deficiência de vitamina D pode causar alterações ósseas, como a osteomalácia (doença em que o osso fica mais mole e suscetível a deformidades e fraturas) ou a osteoporose nos adultos, e raquitismo nas crianças (doença que afeta o desenvolvimento dos ossos, deixando-os frágeis, moles e com deformações). Além disso, acredita-se que a deficiência dessa vitamina também pode aumentar o risco de desenvolver diabetes, pressão alta, gripes e resfriados.
A falta de vitamina D pode levar à fadiga, cansaço, fraqueza muscular e maior risco de quedas.
Excesso de vitamina D
A deficiência de vitamina D apareceu em mais de 67 mil registros dos atendimentos de Atenção Primária à Saúde, entre janeiro e maio de 2022, segundo o Ministério da Saúde. No entanto, o excesso dos níveis no organismo também pode fazer mal.
O excesso de vitamina D no organismo geralmente acontece com o uso de suplementos e pode causar o enfraquecimento dos ossos, a elevação dos níveis de cálcio na corrente sanguínea, levando ao desenvolvimento de pedras nos rins e arritmia cardíaca.
Os principais sintomas do excesso de vitamina D são falta de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, aumento da frequência urinária, fraqueza, pressão alta, sede em demasia, coceira na pele, urina em excesso, agitação e eventual desidratação. Ingerir esse suplemento sem acompanhamento ainda pode causar dor abdominal, câimbras nas pernas e zumbido nos ouvidos.
Ao contrário das vitaminas solúveis em água, que o corpo pode eliminar facilmente, a vitamina D e outras como A, E e K são armazenadas no fígado e nas células de gordura do corpo até que sejam necessárias. Porém, consumi-las muito acima da dose diária recomendada pode se tornar perigoso.
Cuidados e recomendações
- Pacientes com arteriosclerose, insuficiência cardíaca, hiperfosfatemia (excesso de fosfato no sangue) e insuficiência renal devem procurar orientação médica para avaliar o risco/benefício da administração da vitamina D
- Em caso de hipervitaminose D, recomenda-se administrar dieta com baixa quantidade de cálcio, grandes quantidades de líquidos e, se necessário, glicocorticoides (como a hidrocortisona, prednisolona e betametasona)
- Informe seu médico caso você utilize antiácidos que contenham magnésio, pois o uso concomitante com vitamina D pode resultar em hipermagnesemia (excesso de magnésio no sangue)
- Não se recomenda o uso simultâneo de vitamina D e calcifediol, devido ao efeito aditivo e aumento do potencial tóxico
- Preparações que contenham cálcio em doses elevadas ou diuréticos tiazídicos (hidroclorotiazida, clortalidona), quando usados concomitantemente com vitamina D, aumentam o risco de hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue) e as que contêm fósforo, também em doses elevadas, aumentam o potencial de risco de hiperfosfatemia
- O uso concomitante à fosfenitoína, fenobarbital ou fenitoína pode ocasionar redução da atividade da vitamina D
- As substâncias colestiramina e colestipol podem reduzir a absorção de vitaminas lipossolúveis.
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Escrito por Vale Saúde
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