Alimentação
Alimentos ricos em cálcio: beba destas fontes
15 de março de 2024
Saiba como turbinar sua dieta com o mineral fundamental à saúde dos ossos.
O que é cálcio?
Mineral mais abundante no corpo humano e essencial para o organismo, o cálcio é fundamental para a formação e manutenção dos nossos ossos e dentes, prevenindo condições como osteopenia, osteoporose, fraturas e desgastes dentários. Ele também desempenha diversas funções no organismo, como contração muscular, transmissão de impulsos nervosos, coagulação sanguínea, ajuda a melhorar a saúde do coração e a evitar a formação de cálculos renais (pedras nos rins).
A deficiência de cálcio (hipocalcemia) pode levar ainda a outros problemas de saúde, diminuição da densidade óssea e osteomalácia (tipo de doença óssea).
Em nossa dieta regular, o mineral é encontrado em alimentos de origem animal (laticínios, frutos do mar, como mexilhão e ostras, e peixes, como sardinha e salmão) ou vegetal, folhas verdes escuras (brócolis, espinafre e agrião), amêndoas, nozes, castanhas, sementes (linhaça, gergelim), grão-de-bico e soja e seus derivados.
Além disso, o cálcio também é comercializado em farmácias e lojas de produtos naturais, na forma de suplementos. No entanto, eles só devem ser utilizados com a recomendação de um médico ou nutricionista, pois o uso desses produtos não é indicado em algumas situações e é capaz de causar efeitos colaterais.
Se você se interessou pela importância desse mineral para a nossa saúde, continue a leitura sobre os seus benefícios, como ingeri-lo (principais fontes e quantidades necessárias) e os riscos da sua deficiência no corpo.
Quais são os benefícios do cálcio para o organismo?
O cálcio mantém os ossos e os dentes fortes e ajuda os músculos a funcionarem. O mineral não apenas auxilia quem precisa de uma regeneração rápida dos ossos, mas também fomenta o nosso organismo a recompor suas células, com indicação de consumo diária, para que o corpo não fique fragilizado e ocorram acidentes domésticos.
Os principais benefícios do cálcio para a saúde são:
- Fortalecer ossos e dentes
- Prevenir osteopenia, osteoporose, obesidade, perdas dentárias e fraturas
- Favorecer a contração e o relaxamento muscular
- Promover liberação de hormônios e neurotransmissores
- Auxiliar na permeabilidade da membrana celular
- Melhorar a saúde cardiovascular (evitando situações como pressão alta, pré-eclâmpsia, infarto e AVCs)
- Evitar a hemorragia (promove a liberação de tromboplastina, uma proteína que é essencial para a formação de coágulos de sangue)
- Prevenir a formação de pedras nos rins (diminui a absorção de oxalatos, substância que forma cristais)
- Equilibrar o pH sanguíneo
- Prevenir o câncer colorretal (cálcio pode se ligar a substâncias tóxicas no intestino e impedir o crescimento de células cancerígenas)
- Ativar as enzimas responsáveis pela digestão de gorduras e pelo metabolismo de proteínas
Nas atividades físicas, previne contra acidentes e contusões, ajuda na contração muscular e na transmissão dos impulsos nervosos. Por isso, são procurados suplementos alimentares com cálcio, em shakes e cápsulas, para manter a resistência física, a saúde dos ossos e aumentar a performance muscular.
Quais são os sintomas e riscos da falta de cálcio?
A deficiência de cálcio no organismo é um dos grandes males atuais e prejudica diretamente a estrutura óssea do corpo, pela menor troca de minerais de cálcio e fósforo. A sua ausência pode desenvolver problemas na saúde dos ossos (osteoporose, osteopenia, hipocalcemia, raquitismo nas crianças, osteomalácia, cáries e problemas frequentes nos dentes) e doenças crônicas não transmissíveis.
Os sintomas da falta do mineral são:
- Unhas fracas
- Queda de cabelo
- Escamação da pele
- Formigamentos
- Câimbras e contrações musculares
- Aumento de peso
- Alterações gastrointestinais
- Taquicardia
- Convulsões
- Aumento da pressão arterial
- Diminuição da memória
- Irritabilidade
- Nervosismo
- Ansiedade
- Insônia
- Insuficiência renal
- Hiperparatireoidismo (doença que faz as glândulas paratireoides liberarem hormônios em excesso)
A carência mais grave desse mineral apresenta um processo de descalcificação, resultando em osteoporose, sobretudo para as mulheres, que são muito mais propensas a ter a condição. A menopausa (com a diminuição do hormônio estrogênio) também ajuda a perder cálcio do organismo, provocando, inclusive, em alterações de humor e depressão.
Quais são as melhores fontes de cálcio?
Produtos lácteos como leite (desnatado, em pó, integral ou de cabra), queijos e iogurtes são as primeiras fontes de cálcio a se pensar quando o assunto é alimentação. Entre outras fontes de origem animal, ainda estão alguns peixes (sardinha, corvina, manjuba, salmão) e frutos do mar (ostras e mexilhões).
Além disso, vegetais de folhas verde-escuras, como manjericão, brócolis, couve, espinafre, rúcula, mostarda, acelga e agrião, possuem boas concentrações do mineral. As sementes (gergelim, linhaça, chia), grãos (soja, grão-de-bico, lentilha e feijão), cereais (aveia, levedo de cerveja) e amêndoas, castanhas e nozes são outras ótimas opções para ingerir cálcio na dieta. Entre as frutas, as dicas são laranja, abacaxi, mamão, melancia e melão.
No entanto, existem alguns alimentos que interferem na absorção de cálcio: beterraba, refrigerante, café, chá preto, comida industrializada com alto teor de sódio e outros ricos em ferro, como carne vermelha e feijão. A sugestão é evitar consumi-los junto com as fontes do mineral importante à dimensão óssea, para que a ingestão de certos nutrientes não atrapalhe no metabolismo de outros.
Uma preocupação constante dos profissionais de saúde é sobre a manutenção dos níveis mínimos de vitamina D, porque ela auxilia na fixação do cálcio nos ossos. São dois temas que sempre andam juntos.
A fonte natural desta vitamina é a exposição solar diária. Há possibilidade de suplementação, assim como a de cálcio, mas deve ser feita sob orientação médica, porque tanto a deficiência quanto o excesso de ambos geram efeitos prejudiciais ao organismo. Lembre-se: a automedicação é perigosa!
20 alimentos mais ricos em cálcio
Os alimentos ricos em cálcio devem ser consumidos diariamente para que todos os processos metabólicos possam acontecer da forma correta.
Confira a lista das 20 maiores fontes do mineral (com sua quantidade em 100g do ingrediente), seja de origem animal ou vegetal:
- Alecrim (1280 mg de cálcio)
- Leite integral em pó (890 mg de cálcio)
- Queijo muçarela (875 mg de cálcio)
- Gergelim (825 mg de cálcio)
- Manjericão (600 mg de cálcio)
- Sardinha (438 mg de cálcio)
- Farinha ou leite de soja (280 mg de cálcio)
- Amêndoa (270 mg de cálcio)
- Queijo ricota (253 mg de cálcio)
- Linhaça (250 mg de cálcio)
- Grão de soja cru (250 mg de cálcio)
- Levedo de cerveja (213 mg de cálcio)
- Couve refogada (177 mg de cálcio)
- Tofu (160 mg de cálcio)
- Iogurte desnatado (157 mg de cálcio)
- Castanha do Pará (146 mg de cálcio)
- Leite desnatado (134 mg de cálcio)
- Agrião (133 mg de cálcio)
- Grão-de-bico (120 mg de cálcio)
- Leite de cabra (112 mg de cálcio)
Qual a recomendação diária da ingestão de cálcio?
A recomendação diária de ingestão de cálcio depende da idade e sexo do paciente. Segue abaixo a tabela com as quantidades médias recomendadas pelo Ministério da Saúde:
- Crianças de 1 a 3 anos: 500 mg/dia
- Crianças de 4 a 8 anos: 800 mg/dia
- Crianças de 9 a 13 anos: 1.300 mg/dia
- Adolescentes de 14 a 18 anos: 1.300 mg/dia
- Adultos de 19 a 50 anos: 1.000 mg/dia
- Homens de 51 a 70 anos: 1.000 mg/dia
- Mulheres a partir de 51 anos: 1.200 mg/dia
- Homens a partir de 71 anos: 1.200 mg/dia
Esses números variam de acordo com fatores como gestação, lactação, menopausa, prática de atividades físicas e outras condições médicas que afetam a absorção do cálcio. Sempre é importante consultar um profissional de saúde para avaliar sua necessidade individual de cada nutriente, para ter a orientação precisa sobre suplementação ou dieta balanceada.
O cálcio é uma das melhores vitaminas para as mulheres, porque seu corpo precisa desse elemento para uma saúde óssea ideal. Elas já começam a perder densidade óssea na casa dos 20 anos.
E, durante a menopausa, há um declínio do hormônio estrogênio, que faz com que os ossos fiquem mais finos rapidamente, exigindo que elas tomem uma dose diária de cálcio adequada à meia-idade. Por isso, nessa fase da vida, ginecologistas solicitam o exame de densitometria óssea para planejar o melhor acompanhamento médico às pacientes.
Quando é preciso tomar suplemento? Existem riscos?
As fontes alimentares sempre são a melhor opção para a ingestão de cálcio, porém, em alguns casos específicos, como em pacientes intolerantes à lactose, com outras restrições na dieta e demais condições que resultam na carência do mineral (predisposição genética), pode ser recomendada a suplementação por um profissional de saúde capacitado. Quando a hipocalcemia for severa e já houver osteoporose significativa, o uso de suplementos do mineral e de vitamina D é uma alternativa de tratamento médico.
Para ter esse monitoramento com segurança, é preciso frequentar o consultório de clínicos, ginecologistas (para as mulheres) e de nutricionistas para solicitação e avaliação de exames. Assim, será feita a prescrição das dosagens adequadas e nutrientes que auxiliam nesta absorção e reposição.
Deve-se sempre evitar a automedicação. Essa prática só deve ser realizada sob orientação médica, uma vez que o excesso de cálcio (hipercalcemia) no organismo é igualmente prejudicial, podendo, inclusive, trazer riscos para a saúde: cálculo renal, constipação intestinal (prisão de ventre) e alterações na absorção de ferro, zinco e manganês.
O problema ainda surge por conta de outras condições, como hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, insuficiência renal, câncer, doenças inflamatórias, excesso de vitamina D e do uso de medicamentos como lítio e diuréticos.
Por isso, antes de iniciar o uso desses produtos, procure um médico para saber se você apresenta a real necessidade de suplementar o mineral.
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Escrito por Vale Saúde
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