Saúde e Bem-estar
Ataque de pânico: saiba como é e o que fazer
21 de novembro de 2024
Com fortes sintomas físicos e psicológicos, crises repentinas recorrentes caracterizam síndrome ou transtorno
Quais os sintomas de um ataque de pânico?
Para quem sofre com a Síndrome ou Transtorno do Pânico, os ataques ocorrem de forma inesperada e repentina. A condição faz com que o paciente se sinta muito assustado e ansioso por curtos períodos de tempo (alguns minutos).
Facilmente confundidos com infartos, os ataques de pânico também são capazes de causar dor no peito e problemas respiratórios que levam as pessoas a consultarem médicos de urgência ou buscarem serviços de emergência. Segundo a Fiocruz, cerca de 10% da população brasileira já sofreu um episódio desse tipo.
Mesmo que a crise de pânico em si não represente risco de morte, ela consegue ser assustadora e impactar de forma significativa o indivíduo e sua qualidade de vida.
De forma geral, os ataques de pânico começam sem aviso prévio. Costumam acontecer a qualquer momento, quando a pessoa está no shopping, dormindo, dirigindo ou durante uma reunião do trabalho. As crises podem ser eventuais ou ocorrerem com mais frequência, uma ou várias vezes ao dia, causando real impacto social.
As crises de pânico têm diversas variações, mas, em geral, os sintomas atingem um pico em minutos. Após o final de um ataque, a pessoa, às vezes, se sente cansada e esgotada.
Os ataques costumam incluir um ou mais destes sintomas ou sinais:
- Náusea
- Arrepios
- Dores no peito
- Ondas de calor
- Dores de cabeça
- Cólica abdominal
- Sudorese
- Tremores no corpo
- Taquicardia
- Tonturas, vertigens ou desmaio
- Vômito
- Aperto na garganta ou falta de ar
- Dormência ou sensação de formigamento
- Sensação de irrealidade
- Sensação de perigo iminente
- Medo de morte ou de perder o controle
Um dos maiores desafios nos ataques de pânico é o intenso medo de ter outro. A pessoa cria tanto pavor de ter o problema que passa a evitar determinadas circunstâncias em que eles podem ocorrer.
Como agir em uma crise de pânico?
Se alguém estiver tendo um ataque, você deve fazer o seguinte:
- Fique com a pessoa e mantenha a calma
- Fale com ela em frases curtas e simples
- Pergunte o que ela precisa
- Ajude-a a se concentrar no presente
- Ajude-a a praticar a respiração profunda, contando lentamente até cinco para cada inspiração e expiração (exercícios de respiração são excelentes alternativas durante crises)
- Com confiança e de forma gentil, garanta que ela está segura e que o ataque é temporário
Além do controle da respiração, outros métodos para superar um ataque de pânico passam pela busca do relaxamento, como meditação ou fazer preces. A pessoa deve se sentar em um local tranquilo onde se sente segura, fechar os olhos e tentar manter a calma e o pensamento positivo, acreditando que os desconfortos vão passar rapidamente.
Diferença entre crise de ansiedade e ataque de pânico
As crises de ansiedade surgem abruptamente e fazem com que o indivíduo sinta um mal-estar generalizado e muita vulnerabilidade.
O ataque de pânico na maioria dos casos é um fenômeno físico derivado de crises de ansiedade: aparece quando você menos espera, por exemplo, quando o indivíduo está dormindo, dura poucos minutos e pode até ser confundido com um infarto ou AVC.
O pânico se assemelha ao medo, é a resposta do corpo a um perigo iminente, mesmo que não exista ameaça óbvia ao bem-estar físico da pessoa. Dessa forma, é difícil o ataque ocorrer apenas uma vez, e é a repetição que caracteriza o transtorno do pânico.
Alguns dos sintomas diferenciais são o medo de morrer ou de perder o controle e enlouquecer. O transtorno é tratado com remédios e terapia. Por isso, é importante ter o acompanhamento de um psiquiatra, pois limita a qualidade de vida e é capaz de levar à depressão.
Já a ansiedade generalizada é um transtorno em que a preocupação é mais constante, com picos eventuais. É uma resposta natural diante de situações que a mente encara como perigosas.
Assim, nesses momentos de preocupação intensa, entra em ação um mecanismo de defesa que prepara o corpo para fugir ou enfrentar a ameaça.
O Brasil é um dos países com mais pessoas ansiosas, segundo relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). Pouco mais de 9% da população é afetada pela ansiedade, o triplo da média mundial.
Na crise de ansiedade, os sintomas não duram pouco, e são físicos e emocionais. Dessa maneira, eles vão crescendo com o tempo, intercalando em picos de melhora ou piora.
Os sinais que se diferenciam do ataque de pânico são inquietação, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e insônia.
Tem cura? Como é o tratamento?
Transtorno do Pânico tem cura? Sim, o tratamento é satisfatório em muitos casos, controlando os ataques e prevenindo-os.
Com a melhoria gradual da qualidade de vida, a frequência e a intensidade das crises de pânico vão diminuindo. As alternativas principais para o manejo da síndrome são psicoterapia e medicamentos.
Uma ou ambas as possibilidades de tratamento podem ser recomendadas, dependendo da preferência, histórico, gravidade do transtorno e se a pessoa tem acesso a terapeutas especializados em tratar o problema.
A medicação consegue ajudar a reduzir os sintomas associados aos ataques de pânico. Diversas categorias de fármacos mostraram ser eficazes no controle dos sintomas de crises de pânico:
- Inibidores da recaptação de norepinefrina e serotonina: remédios da classe de antidepressivos
- Inibidores seletivos da recaptação da serotonina: em geral, seguros com risco baixo de graves reações adversas, os antidepressivos costumam ser indicados como a primeira opção de medicação no tratamento de ataques de pânico
- Benzodiazepínicos: depressores do sistema nervoso central, no geral, esses sedativos são utilizados somente por um prazo curto como sintomáticos nos ataques, já que há a possibilidade de criar dependência, tanto física como mental. Esses remédios não são uma boa alternativa se o paciente teve problemas com álcool ou uso de drogas. Eles também podem interagir com outras drogas, causando perigosos efeitos colaterais.
Caso um medicamento não funcione bem para o paciente, o psiquiatra tende a recomendar a mudança para outro ou a combinação de certos remédios para aumentar a eficácia contra a Síndrome do Pânico. É capaz que leve diversas semanas após o começo de uso de uma substância para que o paciente note uma melhora nos desconfortos.
Todos os remédios oferecem risco de reações adversas, e alguns deles não são indicados em situações específicas, como na gravidez. Converse com seu médico sobre possíveis efeitos colaterais e riscos.
A terapia com psicólogo é tida como um tratamento eficiente para a Síndrome do Pânico. A técnica pode ajudar a pessoa a compreender os ataques de pânico e o transtorno e aprender a lidar com eles.
Uma forma chamada terapia cognitivo-comportamental consegue ajudar o paciente a aprender, por meio de suas experiências, que os sintomas da síndrome do pânico não são perigosos.
O terapeuta ajudará o paciente a recriar gradualmente os sintomas de um ataque de pânico de maneira segura e repetitiva. Quando as sensações físicas do transtorno deixarem de parecer ameaçadoras, os ataques começam a se resolver.
O tratamento bem-sucedido também é capaz de auxiliar a pessoa a superar o receio de situações que evitou em razão dos ataques de pânico. Ver os resultados demanda tempo e dedicação. É possível que os sintomas reduzam em semanas e, muitas vezes, desapareçam em meses.
Como procurar ajuda?
Psicólogos e psiquiatras conseguem ajudar em casos de ansiedade e síndrome do pânico. Não deixe a sua saúde mental em segundo plano! Com a assinatura da Vale Saúde, você terá direito a consultas com psiquiatras e sessões com psicólogos.
Escrito por Vale Saúde
A Vale Saúde é uma marca Vivo e oferece serviço de assinaturas com descontos e preços acessíveis para você cuidar melhor da sua saúde.