Baixa libido: por que não sinto vontade de ter relação?
30 de janeiro de 2025
Entenda o que é a libido e por que ela é importante para a saúde e o bem-estar geral.
O que é libido?
Você já deve ter ouvido algum profissional da saúde mencionar a palavra libido, mesmo que não entenda exatamente o que ela quer dizer. Sabe por quê? Porque ela tem papel muito importante para o bem-estar do nosso corpo e da nossa mente!
A libido, ou seja, o desejo sexual, tem a possibilidade de variar com o passar do tempo, estando alta ou baixa nos indivíduos em determinadas fases da vida.
A diminuição dessa parte significativa do instinto do ser humano está relacionada a uma diversidade de motivos, como oscilações hormonais, problemas emocionais e até falta de atividade física.
As alterações na área do desejo para homens são geralmente determinadas pelo hormônio testosterona, mas também há a relação com fatores psicológicos, como ansiedade, estresse e depressão, que conseguem influenciar demasiadamente na falta do desejo sexual.
Já para as mulheres, o cenário deve ser associado ao ciclo menstrual, gravidez e menopausa, além de outras causas comuns aos dois sexos.
A falta de libido começa a ser um problema quando afeta a qualidade de vida e o bem-estar do casal, gerando dificuldades no dia a dia de ambos. Ela pode ser a causa de uma relação amorosa problemática, mas também a consequência dela.
O importante é estar atento aos sinais do corpo e procurar ajuda profissional para examinar os quadros dos pacientes mais a fundo e identificar as origens bioquímicas, anatômicas ou psicológicas e tratá-las.
Neste artigo, vamos conhecer as causas da libido baixa e formas de aumentá-la, inclusive pela alimentação. Fique ligado!
Possíveis causas de falta de desejo sexual
Confira as possíveis causas da falta de libido:
- Fatores psicológicos: estresse, depressão, ansiedade, traumas emocionais (síndrome de estresse pós-traumático) e fadiga são alguns dos motivos que provocam a falta de libido
- Uso contínuo de certos medicamentos: como antidepressivos, ansiolíticos (calmantes), anti-hipertensivos, diuréticos, anticoncepcionais e outros remédios que diminuem os níveis de testosterona no sangue (tratamento hormonal para câncer de mama, tratamento de câncer de próstata, para queda de cabelo)
- Alterações hormonais: baixo nível de testosterona e estradiol podem influenciar em homens e mulheres, mas seus resultados são impactantes nas queixas masculinas
- Alterações anatômicas na região urogenital resultante de doenças ou más-formações
- Disfunção erétil e ejaculação precoce
- Problemas no relacionamento afetivo
- Puerpério (período pós-parto) e amamentação
- Menopausa
- Falta de orgasmo (prazer nas relações íntimas)
- Dor na relação sexual
- Falta de estimulação para produzir lubrificação vaginal
- Doenças crônicas (cardíacas, neurológicas, renais, hepáticas, câncer, diabetes, artrite)
Nesses casos, é aconselhado consultar um médico para identificar a causa e indicar o melhor tratamento.
Libido baixa feminina
Nas mulheres, a maior parte das queixas está relacionada à predominância estrogênica, isto é, uma fase do climatério onde o estrogênio está desproporcional em relação à progesterona, o que geralmente ocorre a partir dos 35 anos. Nesse caso, a testosterona pode ser uma das soluções, porém lembrando que ela tem efeitos limitados.
O diagnóstico é feito pelas queixas e não somente pelo valor de testosterona no sangue. Os estudos demonstram que o hormônio conhecido como “masculino” nesses casos tem efeito moderado.
Outra causa comum de queda de libido em mulheres é a menopausa e, para isso, o mais indicado é a reposição hormonal.
Segundo um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo por meio do Cresex (Centro de Referência e Especialização em Sexologia), a falta ou diminuição do desejo sexual afeta 48,5% das mulheres que procuram auxílio médico por conta de disfunções sexuais.
Outro levantamento feito pelo Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) mostrou que a falta de libido representa o maior número de queixas registradas no Ambulatório de Sexualidade da Ginecologia, somando 65% das reclamações.
A pesquisa do Cresex entrevistou 455 pacientes do Ambulatório de Sexologia. O HC levou em conta o público que gira em torno de 150 a 200 pacientes por mês. Os dois estudos mostraram que a falta de desejo sexual é uma queixa predominante entre as mulheres nos consultórios médicos.
Além disso, a estimativa geral é que a anorgasmia (falta de orgasmo) atinja 80% das pacientes do sexo feminino, devido, principalmente, à falta de conhecimento do próprio corpo e como funcionaria a estimulação para estar excitada devidamente e pronta para ter relações íntimas.
O que fazer para sentir mais vontade de ter relação
Para aumentar a libido é importante, primeiramente, consultar um médico. Assim, ele irá identificar a causa e, então, iniciar o tratamento mais adequado.
Nos casos em que a falta de desejo sexual é ocorre pelo uso de algum medicamento, o médico deve alterar a dosagem, efetuar a troca do medicamento, ou até mesmo a suspensão.
Quando a questão estiver relacionada a alterações hormonais, pode ser recomendada a realização da correção dos hormônios.
Porém, se a libido baixa estiver relacionada a fatores emocionais, é importante procurar um psiquiatra ou psicólogo que seja capacitado em tratar as causas.
Para casos específicos na esfera sexual, a melhor solução é buscar um tratamento com profissional especializado. As mulheres, por exemplo, precisam conhecer melhor o próprio corpo, tendo as opções de realizar ainda exercícios de Kegel e pompoarismo (aprender a contrair e relaxar os músculos pélvicos), que aumentam a disposição e o bem-estar, além de estimular a circulação da região genital e melhorar a lubrificação.
As dicas gerais incluem a manutenção de uma rotina de atividades físicas, de uma alimentação saudável, dormir bem, evitar álcool e cigarro, monitorar os níveis de vitamina D e, claro, investir atenção no relacionamento e na intimidade do casal.
O tema das refeições balanceadas também é importante porque existem ingredientes afrodisíacos e outros ricos em testosterona. É fundamental fazer uma dieta rica em nutrientes como o zinco, vitamina B3, ômega 6, arginina, tirosina, vitamina E, selênio, vitaminas do complexo B, boro, vitamina C e cálcio.
Confira uma lista de boas opções alimentares para o dia a dia:
- Banana
- Chá verde
- Cúrcuma
- Melancia
- Abacate
- Castanhas e amendoim
- Gengibre
- Pimenta
- Salmão
- Chá de ginseng
- Soja
- Bebidas com cafeína
- Chocolate meio amargo
- Tomate
Lembrando que para qualquer mudança de hábitos alimentares e alteração de dieta com vistas a melhorar a saúde e o bem-estar devem ser orientadas e acompanhadas por um nutricionista, profissional da área que conduzirá o tratamento mais adequado.
Qual especialidade médica devo procurar?
O diagnóstico de testosterona baixa ou alta é feito por meio de exames laboratoriais de análises clínicas que avaliam os níveis do hormônio no sangue. Caso você desconfie de que está com deficiência da substância, o primeiro passo é procurar orientação médica para uma avaliação adequada.
O clínico geral ou o endocrinologista são profissionais que normalmente solicitam testes de análises clínicas para checar os níveis de hormônios, vitaminas e minerais no organismo.
Em casos específicos, a partir dos resultados, é recomendada ainda uma consulta com o urologista (homens) e ginecologista (mulheres), para avaliação das questões do sistema reprodutor masculino e feminino, respectivamente.
Se as causas comprovadas forem emocionais e de relacionamento romântico, o indicado é procurar profissionais de saúde mental: psiquiatras e psicólogos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Manual MSD – Transtorno de desejo/interesse sexual
Science Direct – Testosterone influences libido and well being in women
Cleveland Clinic – Low Libido (Low Sex Drive)
NHS – Low sex drive (loss of libido)
Mayo Clinic – Low sex drive in women
Escrito por Vale Saúde
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