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Saúde Mental

Como lidar com o estresse pós-traumático?

20 de agosto de 2024

Transtorno é ainda mais desafiador em um país tão violento como o Brasil.

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O que é PTSD – Transtorno de Estresse Pós-Traumático?

Com cerca de 2 milhões de pessoas sofrendo deste mal no Brasil atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) afeta aproximadamente 9% das pessoas em algum momento da vida e 4% dos adultos. Pouco conhecido, apesar de prejudicar tantos indivíduos, a síndrome era pouco diagnosticada antigamente, mas o número de casos tem crescido nas últimas décadas.

Além dos grandes acontecimentos históricos como guerras, pandemias ou catástrofes climáticas, o estresse pós-trauma é capaz de ocorrer ainda devido a acontecimentos do nosso dia a dia, como passar por um episódio violento, bullying na escola ou algum acidente grave.

O TEPT é a ansiedade que surge após ser exposto a alguma situação que gerou um trauma psicológico, como um assalto, uma ameaça de morte ou perda de um ente querido, por exemplo. De forma geral, a pessoa portadora do distúrbio emocional tem uma reação aguda ao estresse e revive persistentemente o fato ocorrido com recordações ou sonhos, apresentando intensa angústia, sofrimento e sérios impactos a sua saúde mental.

PTSD é a sigla em inglês para a condição, que abrevia a expressão Post-traumatic stress disorder, designando a doença crônica (que dura meses, anos ou a vida inteira) e não tem cura definitiva. Algumas terapias e medicamentos são utilizados para amenizar os sintomas e ajudar a lidar com esse tipo de problema.

Neste artigo, vamos entender melhor os efeitos deste transtorno mental, como se manifesta, quais as causas e tratamentos possíveis, lembrando que somente um psiquiatra ou psicólogo é habilitado a avaliar cada caso e orientar as ações para as necessidades individuais dos pacientes.

Sintomas do estado de choque emocional

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o primeiro critério diagnóstico do Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) envolve a vivência de um evento traumático, o testemunho presencial de outra pessoa vivendo o trauma ou o conhecimento de que a situação traumática ocorreu com um ente querido.

O segundo requisito é a presença de um ou mais destes sintomas intrusivos relacionados ao impacto vivido:

  • Lembranças
  • Sonhos
  • Revivências
  • Sofrimento psicológico intenso
  • Reações fisiológicas acentuadas frente a sinais que se assemelham ao ocorrido (gatilhos)

O terceiro critério diagnóstico é o ato persistente de evitar estímulos associados ao trauma, como lembranças, pessoas, objetos, lugares e atividades.

O próximo critério diz respeito a alterações negativas no humor e na cognição, como:

  • Incapacidade de recordar detalhes importantes da circunstância traumática
  • Crenças negativas em relação a si e aos outros
  • Estado emocional negativo persistente
  • Cognição distorcida de culpa
  • Incapacidade persistente de sentir emoções positivas
  • Diminuição do interesse em atividades significativas
  • Sentimentos de distanciamento ou alienação em relação aos outros

A quinta classificação envolve alterações como:

  • Hipervigilância (estado de alerta constante)
  • Distúrbios do sono
  • Problemas de concentração
  • Resposta de sobressalto exagerada
  • Irritabilidade
  • Comportamento autodestrutivo ou imprudente

Os sintomas listados acima precisam ter duração superior a um mês e causar prejuízos em áreas importantes da vida para serem determinantes para o diagnóstico diferencial entre outros transtornos.

Conforme a gravidade e duração do trauma, mudanças cerebrais podem ocorrer, tais como:

  • Perda de atenção e memória
  • Diminuição da velocidade de processamento
  • Alterações na aprendizagem
  • Flexibilidade cognitiva
  • Funções executivas
  • Inteligência afetada
  • Capacidade de tomada de decisão prejudicada
  • Controle inibitório
  • Incapacidade de planejamento futuro
  • Déficit na resolução de problemas

Quais são as causas? O que é um trauma psicológico?

Os episódios potencialmente traumáticos são divididos em três grupos de eventos:

  • Intencionais provocados pelo humano, como: assalto, guerra e violência
  • Não-intencionais provocados pelo humano, como: incêndios, acidentes de trânsito e acidentes aéreos
  • Provocados pela natureza/ambiente, como: enchentes, epidemias e ataques de animais

Os traumas são diretos (originados de vivências devastadoras ocorridas com a própria pessoa) ou indiretos (em que se testemunhe algo impactante ocorrendo com outra pessoa, como presenciar um crime).

Podem também resultar de experiências negativas duradouras, como em relacionamentos abusivos, negligência, bullying e doenças graves. Ainda derivam de fatalidades de elevada intensidade em um tempo limitado, como emergências em um incêndio ou acidente.

Muitos traumas ocorrem em questão de instantes, mas suas consequências têm uma duração indeterminada.

Hipervigilância

Característica dos pacientes com TEPT, a hipervigilância é um estado de atenção, sensibilidade e alerta constante ao ambiente em que o indivíduo se encontra. Isso é capaz de fazer com que ele sinta perigos ocultos, que, muitas vezes, não são reais.

Esse sintoma desagradável do transtorno apresenta alguns sinais:

  • Inquietação e paranoia
  • Distração de tarefas importantes, conversas com outras pessoas e entretenimento
  • Taquicardia
  • Insônia e dificuldade para dormir
  • Medo e raiva
  • Tendência a brigar ou discutir com as pessoas
  • Isolamento
  • Sensação de desamparo
  • Dependência
  • Exaustão e alteração no apetite

Como superar o estresse pós-traumático?

O TEPT é uma psicopatologia de difícil prevenção porque não é possível evitar certas situações trágicas que podem acontecer durante a vida. Também não há uma fórmula para desenvolver uma receita prévia de um manual para determinados acontecimentos terríveis, ainda mais em um país violento como o Brasil, com altos índices de crimes.

O transtorno é subdiagnosticado e nem sempre é diagnosticado como a origem dos problemas dos pacientes. Em função disso, muitas vezes, o foco dos tratamentos se concentra apenas em seus efeitos secundários, como ansiedade e depressão.

Em psicoterapia, nem sempre os sobreviventes de traumas expõem o fato impactante nas primeiras sessões por não reconhecerem que suas dificuldades psicológicas estejam associadas ao acontecimento traumático. Atendimentos regulares com um psicólogo auxiliam na busca pela compreensão das razões do estresse emocional.

Ferramenta para ajudar a lidar com a ansiedade, a terapia cognitivo-comportamental consegue auxiliar as pessoas a desenvolverem habilidades de enfrentamento e gerenciamento do estresse. O apoio psicológico ainda é capaz de fornecer um espaço seguro para discutir os desafios emocionais associados aos traumas.

É importante manter uma rotina que promova a saúde mental do paciente. Um médico psiquiatra também deve ser consultado para avaliar a necessidade de administração de remédios como antidepressivos e ansiolíticos, que somente são comercializados sob prescrição médica.

Essas medidas procuram minimizar os sintomas, prevenir complicações como dependência química, melhorar o desempenho na escola ou no trabalho, restabelecer relacionamentos sociais e familiares e tratar transtornos associados (depressão e alcoolismo).

Alguns hábitos saudáveis também podem contribuir para o combate ao distúrbio:

Tratamentos alternativos ainda conseguem compor o quadro de cuidado do paciente, como a prática de yoga, meditação, religião ou artesanato.

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Escrito por Vale Saúde

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