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Qual exame detecta infecção nos rins

23 de outubro de 2024

qual exame detecta infecção nos rins

Testes laboratoriais de sangue e urina e exames de imagem confirmam o diagnóstico de pielonefrite

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Como saber se estou com infecção nos rins?

Você já deve ter ouvido que as dores nas costas, principalmente na região lombar da coluna, talvez sejam oriundas de problemas nos rins, correto? Então, as infecções urinárias ocorrem no trato urinário superior ou alto (rins) e inferior (bexiga e uretra). Os quadros que envolvem a bexiga são as conhecidas cistites, e os casos que envolvem os rins são chamados de pielonefrite.

As cistites são, na maioria das vezes, causadas por um tipo de bactéria do sistema gastrointestinal chamada Escherichia coli. As uretrites (infecções da uretra) também podem ser decorrentes de bactérias provenientes do trato gastrointestinal, mas pelo fato de a uretra nas mulheres estar mais próxima da vagina, algumas infecções sexualmente transmissíveis (IST) como herpes, gonorreia e clamídia conseguem levar à inflamação na uretra.

Para uma comparação da frequência comum das duas condições, a pielonefrite aguda ocorre cerca de 20 vezes menos que a cistite, segundo a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS Atenção Primária à Saúde), iniciativa do Ministério da Saúde, Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS). O quadro clínico da pielonefrite, em geral, é mais grave e, em muitos casos, leva o paciente à internação hospitalar.

A grande diferença entre as duas é uma dor muito forte nas costas, do lado direito ou esquerdo (vai depender do rim afetado), e a presença significativa de febre nas medições de temperatura. Se estiver com esses sintomas, procure atendimento médico com urgência, pois a pielonefrite tem a possibilidade de ser consequência de um cálculo renal.

A seguir, vamos falar mais sobre os sinais de inflamação, quais exames auxiliam no diagnóstico das infecções e como é feito o tratamento. Continue lendo!

Quais são os sintomas da pielonefrite?

A doença será considerada aguda ou crônica. No primeiro caso, a infecção bacteriana surge repentinamente e compromete o funcionamento dos rins. Se não tratada adequadamente, é capaz de evoluir para uma doença renal crônica, tornando-se potencialmente grave.

Na forma crônica, os rins perdem a capacidade de funcionamento aos poucos, o que pode estar relacionado a uma outra doença já existente no paciente, como hipertensão arterial ou diabetes, ou a infecções agudas repetidas.

Tanto na forma aguda quanto na forma crônica, os principais sinais do corpo para infecção renal são:

  • Dor tipo cólica no abdômen
  • Dor forte no fundo das costas (lombar)
  • Dificuldade para urinar
  • Vontade de urinar frequente e em pequenas quantidades
  • Disúria (dor ou ardência a urinar)
  • Urina com mau cheiro e escura
  • Febre
  • Calafrios
  • Sudorese
  • Náusea
  • Vômitos
  • Falta de apetite
  • Cansaço
  • Piúria (pus na urina)
  • Hematúria (presença de sangue na urina)

Os sintomas da infecção renal normalmente surgem de forma repentina e intensa, desaparecendo ao fim de alguns dias, quando o tratamento é feito adequadamente.

Quando a infecção não é tratada, a inflamação nos rins consegue causar danos permanentes, que acabam afetando o funcionamento renal e levando ao aparecimento de insuficiência renal.

Quais tipos de exames detectam problema nos rins?

Para confirmar a existência de uma infecção no rim, é importante consultar um nefrologista ou urologista, que fará o diagnóstico da doença por meio da anamnese e avaliação dos sintomas.

O médico deve fazer um exame físico, verificando a região lombar e a resposta de dor a estímulos de toque e movimentos. Para ajudar a confirmar o diagnóstico, o especialista ainda tem a opção de solicitar testes laboratoriais e exames de imagem.

As análises clínicas, como a dosagem de creatinina e um hemograma completo, são capazes de detectar a presença de uma infecção nos rins, por meio da análise de sangue, quantificando os leucócitos ou glóbulos brancos (células indicativas de infecção no organismo).

Já os testes de urina tipo I e urocultura com antibiograma são úteis para confirmar a presença da infecção, de sangue, nitritos e leucócitos na urina, identificar o agente infeccioso (pela cultura bacteriana) e orientar a conduta terapêutica (qual antibiótico deve ser prescrito para aquele tipo de bactéria).

Exames de imagem, como ultrassonografia do abdômen, tomografia computadorizada e ressonância magnética, também são úteis para visualizar cálculos renais, por exemplo. Eles servem para identificar anormalidades estruturais ou anatômicas no sistema urinário que representam risco aumentado de doença renal grave.

É sempre importante estabelecer o diagnóstico diferencial com doenças que podem apresentar sintomas semelhantes aos da pielonefrite. Entre elas, merecem destaque a doença inflamatória pélvica, a colecistite (inflamação da vesícula biliar), a apendicite (inflamação do apêndice vermiforme) e a pancreatite aguda (inflamação do pâncreas).

Qual o tratamento para infecção nos rins?

O tratamento da infecção renal depende da causa e se ela é aguda ou crônica. Nos casos em que a infecção é provocada por bactérias, o tratamento consiste na administração de antibióticos, via oral ou intravenosa (em caso de hospitalização), por um período que varia de 10 a 14 dias, dependendo da orientação médica. O objetivo é impedir que as bactérias se espalhem por todo o corpo (evitando uma infecção generalizada) ou que provoquem lesões permanentes nos órgãos infectados.

Alguns analgésicos e/ou anti-inflamatórios também são indicados para aliviar a dor, assim como medicações para deter o desconforto das náuseas e evitar vômitos.

Durante o tratamento da pielonefrite e outras infecções urinárias, a ingestão de grande quantidade de água e chás é importante para facilitar a cura da doença.

Depois de uma crise como esta, em que as dores são muito fortes, é importante ter um acompanhamento com especialista, para identificar possíveis causas e prevenir novos casos de infecção. E nunca esqueça: jamais se automedique, nem suspenda o uso de algum remédio sem orientação profissional.

Como buscar ajuda para a condição

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Escrito por Vale Saúde

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