Saúde Mental
Quais são os tipos de fobia
30 de abril de 2024
Medo intenso e irracional de objetos, animais ou situações pode atrapalhar o cotidiano .
Revisado por
Maria Clara de Oliveira Scacabarrozzi (CRP 06/158344)
O que são fobias?
Você sente um medo intenso, persistente e irracional em relação a um objeto, animal, atividade ou situação que representa pouco ou nenhum perigo? Só de pensar nisso, já sente ansiedade, pânico, terror e perturbação? Se sim, talvez você tenha uma fobia.
A fobia é o medo exagerado de algo ou de alguma situação, que gera as sensações citadas acima. Embora nem sempre seja uma doença, pode ser sintoma de outra causa, como um transtorno mental. Apesar do medo ser uma reação psicológica e fisiológica normal, a fobia não segue uma lógica e é incoerente com o perigo real que aquilo representa. Ela tem uma longa duração, provoca reações muito intensas e é debilitante, interferindo significativamente a vida cotidiana da pessoa.
Existem muitos tipos de fobias, desde as mais comuns e conhecidas, como a aracnofobia (medo de aranhas) e a acrofobia (medo de altura), até as mais incomuns, como a triscaidecafobia (medo do número 13) e a hipopotomonstrosesquipedaliofobia (medo de palavras longas).
Neste texto, exploraremos as causas, sintomas e tipos de fobia, e como tratá-los. Continue lendo!
Quais são as causas das fobias?
As causas das fobias ainda são desconhecidas; Porém, estudos indicam alguns fatores que aumentam a chance de uma pessoa desenvolvê-las. Entenda:
- Fatores genéticos, histórico familiar ou associação (se alguém na família tem uma fobia, outros membros também estão mais propensos a ter)
- Experiências traumáticas vivenciadas em situações especificas
- Experiencias negativas na infância, como bullying, abuso ou eventos assustadores
- Falta de habilidades sociais
Alguns médicos também acreditam que outros aspectos estão ligados ao desenvolvimento das fobias, como temperamento difícil, sensibilidade ou comportamento mais inibido e retraído que o normal.
Quais são os tipos de fobia?
Existem vários tipos de fobias classificadas em três tipos:
- Agorafobia: medo de lugares ou situações que podem causar pânico, impotência ou constrangimento, especialmente em locais públicos e cheios de pessoas, como ambientes fechados ou multidões, dos quais é difícil escapar ou receber ajuda
- Fobia social: medo de situações sociais do dia a dia, especialmente aquelas que envolvem interações com desconhecidos ou que colocam a pessoa em evidência
- Fobia simples: medo de animais, objetos ou situações específicas
Confira uma lista com diversos tipos de fobias, das mais comuns as mais estranhas e curiosas:
- Ablutofobia: medo de banho
- Acrofobia: medo de altura
- Afeobia: medo de ser tocado
- Agorafobia: medo de lugares cheios e multidões
- Aicmofobia: medo de agulhas de injeção ou objetos pontudos
- Alectorofobia: medo de galinhas
- Aracnofobia: medo de aranhas
- Batracofobia: medo de anfíbios
- Brontofobia: medo de trovões e relâmpagos
- Cacorrafiofobia: medo de fracasso
- Catsaridafobia: medo de baratas
- Cinofobia: medo de cachorros
- Claustrofobia: medo de lugares fechados, como elevadores ou aviões
- Coulrofobia: medo de palhaços
- Distiquifobia: medo de acidentes
- Escotofobia: medo de escuro que prevalece após a infância
- Entomofobia: fobia de insetos
- Ergasiofobia: medo de trabalhar
- Esciofobia: medo de sombras
- Espectrofobia: medo de fantasmas
- Estupofobia: medo de pessoas estúpidas
- Falacrofobia: medo de ficar careca
- Gamofobia: medo de casar
- Gerascofobia: medo de envelhecer
- Glossofobia: medo de falar em público
- Hematofobia: medo de sangue
- Hipopotomonstrosesquipedaliofobia: medo de palavras grandes
- Hidrofobia: medo de água
- Isolofobia: medo da solidão, de ficar sozinho
- Ligirofobia: medo de barulhos
- Malaxofobia: medo de amar
- Melissofobia: medo de abelhas
- Misofobia: medo de germes, contaminação ou sujeira
- Motefobia: medo de borboletas ou mariposas
- Necrofobia: medo da morte ou de pessoas mortas
- Odontofobia: medo de dentista
- Pirofobia: medo do fogo
- Talassofobia: medo do mar
- Testofobia: medo de fazer provas escolares
- Tripofobia: medo de furos
- Uranofobia: medo do céu
- Virginitifobia: medo de estupro
- Xantofobia: medo da cor amarela
- Zelofobia: medo irracional de ciúme
Afinal, por que os nomes dados as fobias são estranhos?
Os nomes das fobias podem parecer estranhos porque muitas vezes são derivados do grego ou do latim, que são línguas antigas e não são faladas no nosso dia a dia. Esses termos são usados para descrever o medo de maneira específica e científica, descrevendo precisamente o que a pessoa teme. A palavra “fobia” vem do grego “phóbos”, que significa medo ou horror.
Isso resulta em combinações de palavras que soam incomuns para quem não está familiarizado com as raízes das palavras. Por exemplo, “aracnofobia” vem de “arácnē”, que significa aranha em grego, e a combinação com “fobia”, assim forma-se o termo para o medo de aranhas.
Esses nomes também ajudam profissionais de saúde a identificar e tratar os medos específicos. Embora possam parecer estranhos à primeira vista, eles têm um propósito importante na psicologia e na medicina.
Quais são os sintomas da fobia?
Para saber se você tem alguma fobia, considere os seguintes aspectos:
- Avalie se você tem um medo desproporcional em relação a um objeto, situação ou atividade específica. Esse medo deve ser persistente e não condizente com o perigo real
- Observe se, diante do objeto ou situação fóbica, você apresenta sintomas como taquicardia, sudorese, náuseas, tremores, alterações de pressão arterial, comportamento de paralisia ou fuga
- Verifique se o medo está prejudicando sua vida cotidiana, fazendo com que você evite lugares, situações ou atividades
Se você suspeita que tenha fobia, é importante buscar ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, para avaliar e recomendar o melhor tratamento.
Qual a diferença entre o medo e a fobia?
A diferença entre medo e fobia está principalmente na intensidade e no impacto que cada um tem na vida de uma pessoa. O medo é uma emoção comum e natural que serve como um mecanismo de proteção, ajudando a evitar situações de risco e garantindo a sobrevivência. Ele é desencadeado por situações reais de perigo e, geralmente, é transitório e proporcional à ameaça percebida.
Por outro lado, a fobia é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por um medo irracional e desproporcional em relação a um objeto, situação ou atividade específica. As fobias levam a pessoa a evitar ativamente o objeto ou situação temida, causando um prejuízo significativo em várias áreas da vida, como social, profissional e pessoal.
Enquanto o medo é considerado uma resposta adaptativa e temporária a uma ameaça real, a fobia é uma resposta exagerada, que muitas vezes não tem base em uma situação concreta. Por exemplo, uma pessoa com aracnofobia tem um medo extremo de aranhas, a ponto de isso afetar sua capacidade de entrar em certos ambientes, mesmo sabendo racionalmente que a maioria das aranhas não é perigosa.
Como tratar a fobia?
O tratamento para as fobias envolve a psicoterapia e a terapia de exposição, que é considerada uma das formas mais eficazes. Nela, a pessoa é exposta gradualmente ao objeto ou situação que provoca o medo, em um ambiente controlado, para aprender a lidar com a ansiedade e reduzir a resposta de evitação.
Além disso, em alguns casos, são utilizados medicamentos para controlar os sintomas de ansiedade. Eles são particularmente úteis em situações em que estar próximo ou ver o objeto, ou situação fóbica não pode ser evitada, ou quando a terapia de exposição não é aceita ou não teve sucesso.
Outras abordagens incluem técnicas de relaxamento e treinamento da mente para resistir ao medo involuntário. É importante notar que raramente são conhecidos ou identificados os eventos traumáticos causadores das fobias específicas, e o foco do tratamento está em mudar a reação da pessoa ao medo.
Se você ou alguém que conhece está lidando com fobias, busque ajuda profissional!
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Maria Clara de Oliveira Scacabarrozzi (CRP 06/158344)
Psicóloga, pós-graduada em Psicologia Social pela Uniara e em Projetos Sociais e Políticas Públicas pelo SENAC-SP. Atua como Psicóloga Supervisora no time de Gestão em Saúde Mental na Conexa Saúde.
Escrito por Vale Saúde
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