Saúde e Bem-estar
Dia Mundial de Combate à Asma: entenda melhor a doença
02 de maio de 2023
Saiba quais são os sintomas característicos da condição respiratória
Por que é importante ter uma data de conscientização sobre esta doença respiratória?
Desde 1998, é realizada anualmente uma campanha de conscientização e prevenção na primeira terça-feira do mês de maio chamada Dia Mundial de Combate à Asma. Em 2023, esta data é lembrada em 2 de maio.
A ação organizada pela Global Initiative for Asthma (GINA), entidade colaboradora da Organização Mundial da Saúde (OMS), é de extrema relevância pois a doença respiratória crônica é reconhecida como um problema de grande importância para a saúde pública.
A campanha tem crescido a cada ano, tornando-se um dos eventos de maior destaque sobre a condição, com a realização de centenas de atividades de conscientização em países de todo o mundo. Atualmente, mais de 235 milhões de pessoas sofrem com a asma no planeta, conforme dados da OMS.
A doença, também conhecida como “bronquite asmática” ou como “bronquite alérgica”, está presente em todos os países, independentemente do nível de desenvolvimento. Porém, mais de 80% das mortes relacionadas a ela acontecem em países em desenvolvimento.
Para a OMS, a asma é uma questão de saúde pública e deve receber especial atenção entre as populações pobres e desfavorecidas. A taxa de mortalidade da enfermidade é relativamente baixa, se comparada a outras doenças crônicas, mas leva centenas de milhares de pacientes a óbito por ano, a maioria com idade avançada.
Mundialmente, os custos econômicos associados à asma excedem aqueles da tuberculose e Aids combinados. No Brasil, estima-se que sejam 20 milhões de pacientes com a doença (sendo os adolescentes a parcela da população nacional mais afetada), que é a 4ª maior causa de hospitalização no país, com cerca de 300 mil internações anuais.
A seguir, vamos falar mais sobre os tipos de doenças respiratórias, as diferenças entre os sintomas, qual o tratamento da asma e como preveni-la. Continue lendo!
O que é a asma?
Também chamada de “bronquite asmática” ou “bronquite alérgica”, a asma é uma doença que ataca os pulmões, sendo acompanhada de uma inflamação crônica dos brônquios.
Caracteriza-se por um processo que afeta todo o organismo e não somente as vias aéreas inferiores, que aumentam a produção de secreções, prejudicando a passagem de ar.
O asmático tem tosse frequente, prolongada, geralmente durante a noite, nem sempre com catarro; chiado, cansaço e opressão no peito com dificuldade para respirar. Esses sintomas podem aparecer juntos ou ocorrer isoladamente. A existência de tosse crônica e a falta de ar ao praticar exercícios físicos também podem ser sintomas da doença.
Além do esforço físico, a condição pode ser causada por vários fatores, como alergias, infecções (Covid-19, viroses, gripes, sinusites), distúrbios hormonais, alguns tipos de medicamentos e alimentos, refluxo gastro-esofágico, mudanças de clima, gases e cheiros fortes e até aspectos emocionais.
Quais são os sintomas da asma?
A doença respiratória crônica é caracterizada pela frequência e intensidade dos ataques e pelo quadro de capacidade de respiração do paciente entre uma crise e outra.
Os sintomas da asma podem ser bem diferentes de uma pessoa para outra. Enquanto um indivíduo apresenta reações o tempo todo, outro pode ter ataques pouco frequentes, com sintomas somente em algumas situações, como durante os exercícios físicos.
Os sinais incluem:
- Chiado ao expirar (característico na asma infantil)
- Falta de ar
- Dor ou aperto no peito
- Dificuldade para dormir em razão de tosse, falta de ar ou respiração ofegante
- Respiração ofegante e ataques de tosse que são agravados por um quadro viral, como um resfriado ou gripe
Fique alerta nesses casos, que indicam a provável piora da condição:
- Sintomas e sinais mais incômodos e frequentes
- Respiração com dificuldade crescente
- Necessidade mais frequente de usar a bombinha (inalador de alívio rápido)
Em alguns pacientes, os sinais e sintomas surgem em momentos específicos, classificando os quadros da doença:
- Asma relacionada ao exercício, que pode piorar se o ar estiver frio e seco
- Asma ocupacional (representa 15% do total de todos os casos da doença), causada por agentes alérgenos no ambiente profissional (ar-condicionado, ácaros, poeira, gases ou outras substâncias químicas)
- Asma ligada à alergia, provocada por elementos transportados pelo ar (esporos de mofo, pólen, partículas de pele, pelos de animais ou resíduos de baratas)
Quais são as diferenças para bronquite, rinite, sinusite, gripe e Covid-19?
Muitas pessoas podem achar que asma e bronquite são a mesma coisa, até pela primeira ter como outras definições “bronquite alérgica” ou “bronquite asmática”. Alguns dos seus fatores de risco e causas (tabagismo, alergias, gases e infecções por vírus) se confundem. Realmente, uma crise de bronquite aguda e um ataque de asma podem ter sintomas parecidos, como a tosse, falta de ar e desconforto no peito, mas são doenças diversas.
Mas então, qual a diferença entre asma e bronquite? A asma é uma doença que acomete os pulmões e abrange a inflamação dos brônquios. Mas trata-se de outro problema de saúde, com sinais diferentes da bronquite. Ela pode ser mais grave e até levar a crises fatais.
A bronquite geralmente está associada à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), o que não acontece com a asma. Outra grande diferença é a produção de muco e até sangue, o que não ocorre na asma, que também é mais difícil de apresentar febre.
Cerca de 70% dos pacientes com asma têm alergias. Os sintomas de alergia respiratória normalmente afetam mucosas de nariz, garganta, olhos e até a pele, resultando em:
- Secreção nasal, deixando o nariz entupido
- Coceira no nariz
- Espirros constantes
- Nariz vermelho
- Tosse seca e dificuldade para respirar
- Vermelhidão nos olhos e lacrimejamento
- Dores de cabeça
A rinite alérgica costuma provocar corrimento nasal cristalino, acompanhado de espirros em salva, irritação ocular e sensação de prurido no palato e no nariz. Substâncias com cheiro forte, poluentes ambientais e irritantes como a fumaça do cigarro podem provocar respostas não alérgicas semelhantes à das rinites alérgicas (por isso a confusão com asma e bronquite, mas essas não trazem os espirros e coriza).
Se a secreção for amarela ou esverdeada, acompanhada de mau hálito, com dor de cabeça ou não, aí caracteriza um quadro de sinusite, outra doença do sistema respiratório. Nesse caso, também pode haver tosse e febre.
Já na gripe, os pacientes podem sentir e apresentar:
- Febre e calafrios
- Coriza e nariz congestionado
- Tosse
- Dor de garganta
- Cansaço
- Dor de cabeça
- Sensibilidade nos olhos
E, em alguns casos, o doente infectado ainda pode ter náuseas, vômito e diarreia. São os mesmos sintomas de diversas variantes do vírus da Covid-19 e costumam durar o mesmo tempo: de uma semana a 10 dias, em média.
Segundo as descobertas atuais, pessoas com asma não apresentam maior risco de adquirir Covid-19. Os estudos não evidenciaram um risco aumentado nesses pacientes. No entanto, o risco da gravidade da infecção e até de morte aumenta em asmáticos que necessitem de corticoide oral para se tratar.
Para ter certeza do diagnóstico de qual quadro respiratório está lhe afetando, é preciso sempre passar pela avaliação clínica de um médico e fazer os testes para tirar as dúvidas.
Qual é o tratamento para a asma?
Apesar de a asma não ter cura, ela pode ser monitorada com um tratamento medicamentoso aliado a ações de combate dos agentes que causam os ataques. Essas medidas podem oferecer maior qualidade de vida ao paciente, com minimização dos sintomas e melhora da função pulmonar.
O tratamento é definido a partir dos sintomas, da avaliação clínica e do histórico médico do paciente. A medicação utilizada visa dar alívio rápido aos sintomas e fazer a manutenção do controle da crise.
No caso de asma persistente, a recomendação clínica é o uso contínuo de anti-inflamatórios, chamados controladores. Corticosteroides inalatórios (bombinha de asma) são os mais receitados.
Remédios para alívio da falta de ar, com efeito broncodilatador, podem ser prescritos pelo pneumologista. De qualquer maneira, é preciso evitar a exposição aos fatores que provocam a doença respiratória crônica.
Uma outra alternativa pode ser tomar vacinas para alergia, quando a causa comprovada da doença for essa. Para tal, é sempre bom ter uma orientação profissional de um médico especializado em Alergia e Imunologia.
Muitos pacientes também têm bons resultados na prevenção de novos ataques e controle dos sintomas com tratamentos contínuos de homeopatia e acupuntura.
O que fazer para prevenir a asma?
As melhores medidas de cautela para tentar evitar novas crises são a limpeza regular da casa e do local de trabalho e também as vacinas para problemas respiratórios.
O primeiro passo elementar é a rotina rigorosa de higiene pessoal e dos ambientes doméstico e profissional: aspirar os locais com frequência, lavar cortinas e tapetes, manter lençóis sempre trocados, lavar forros de colchões e travesseiros e evitar animais de estimação dentro de casa (principalmente dos quartos de dormir).
Embora não seja possível prevenir totalmente a asma, o paciente e o médico podem elaborar um plano para conviver com a condição e diminuir a ocorrência de ataques. Aqui estão algumas alternativas para sua saúde:
- Plano terapêutico: o paciente deve seguir o tratamento prescrito, tanto a medicação do dia a dia que mantém a asma compensada, quanto aquela que deve ser utilizada nos momentos de crise
- Vacinas: manter-se atualizado com os imunizantes de Influenza, Covid-19 e até de alergias pode evitar que essas condições provoquem novos surtos
- Respiração monitorada: o paciente deve aprender a reconhecer sinais de um ataque iminente, como falta de ar, respiração ofegante e tosse leve
- Gatilhos da asma: vários irritantes externos e alérgenos podem causar ataques; o asmático deve mapear o que provoca ou piora seu caso e buscar evitar esses gatilhos
- Identificação de ataques: se o paciente agir rapidamente, é menos provável que tenha um ataque grave; também não precisará de tanta medicação para amenizar os sintomas
- Atenção ao uso da bombinha: se a pessoa está contando com seu inalador de alívio rápido (bombinha), a asma não está sob controle; um médico deve ajustar o tratamento
- Medicamento conforme prescrito: o asmático não deve mudar seus hábitos de medicação sem ter acompanhamento médico, mesmo que a condição pareça estar melhorando
- Estudar a possibilidade de terapias alternativas coadjuvantes como homeopatia e acupuntura
- O vício em cigarro deve ser combatido em qualquer situação, mas no caso do asmático pode piorar demais o prognóstico da doença
- Exercício físico regular e monitorado: é parte de apoio importante no controle adequado da asma
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Escrito por Vale Saúde
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