Saúde e Bem-estar
Doenças causadas pelo sedentarismo
21 de março de 2024
Estima-se que até 2030, quase 500 milhões de pessoas no mundo adoeçam pela falta de exercício físico.
O que é o sedentarismo e como ele afeta a saúde?
Enquanto a tecnologia avança e as comodidades modernas tornam a vida cotidiana mais fácil, muitas pessoas estão cada vez mais propensas a desenvolver um estilo de vida sedentário. Por trás desse bem-estar aparente, esconde-se um impacto silencioso e perigoso para a saúde.
O sedentarismo é um estilo de vida que favorece o estar sentado ou deitado a maior parte do tempo. Esse comportamento rouba espaço das atividades e dos exercícios físicos, altera o funcionamento dos sistemas do organismo, e aumenta as chances do surgimento de doenças crônicas e morte prematura.
Alguns fatores, também influenciados por aspectos sociais e culturais, favorecem o desenvolvimento do hábito sedentário, por exemplo:
- Passar várias horas utilizando o computador, em frente à TV ou jogando videogame
- Ficar muito tempo trabalhando ou estudando sentado
- Uso excessivo de carro, ônibus, metrô e congestionamento
- Calçadas impróprias para caminhadas
- Não ter interesse em atividades que mantenham o físico ativo, como esportes ou atividades ao ar livre
- Redução de áreas destinadas a parques e à prática de atividades físicas ou de lazer
É importante ressaltar que mesmo que uma pessoa pratique atividades físicas, ela ainda pode ser considerada sedentária caso a prática não seja regular ou realizada de maneira insuficiente. Se seu dia possui grandes períodos voltados ao comportamento sedentário, o risco de surgirem problemas de saúde relacionados é aumentado.
Siga lendo para saber mais sobre como o sedentarismo afeta o corpo e quais doenças estão diretamente ligadas a ele!
Quais são as doenças causadas pelo sedentarismo?
Apesar de ser encarado com naturalidade por boa parte da população, o sedentarismo está associado a doenças que levam várias pessoas a morte todos os anos, e por isso é considerado um problema grave de saúde. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2020, até cinco milhões de mortes poderiam ser evitadas se a população fosse mais ativa fisicamente. A seguir, conheça mais sobre doenças que podem surgir por conta de hábitos sedentários:
Obesidade
A obesidade é uma condição médica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo. A medicina entende que há um peso considerado ideal e saudável para cada indivíduo, e quando consumimos mais calorias do que queimamos, ocorre o surgimento da doença. Essa condição está diretamente relacionada ao desenvolvimento de outras doenças como câncer, diabetes tipo 2, hipertensão, além da perda de mobilidade, qualidade de vida e baixa autoestima.
A relação entre sedentarismo e obesidade é conhecida justamente pelo fato de a atividade física desempenhar um papel fundamental na queima de calorias e no uso da energia obtida através da ingestão de alimentos ricos em gorduras e pobres em valor nutricional.
Hipertensão e doenças cardiovasculares
Os hábitos sedentários estão estreitamente relacionados à hipertensão. O sedentarismo frequentemente leva ao sobrepeso, que pode progredir para um quadro de obesidade, que por sua vez eleva os níveis de triglicerídeos, diminui o HDL (“colesterol bom”) e resulta no aumento da circunferência abdominal.
Nesse contexto, é comum o desenvolvimento da síndrome metabólica e da resistência à insulina, que leva ao aumento da pressão arterial sistêmica. Assim, as mudanças nos vasos sanguíneos, no coração e no metabolismo causadas pelo sedentarismo ampliam o risco de problemas cardiovasculares, como angina, infarto agudo do miocárdio e tromboses.
Diabetes tipo 2
Pessoas com estilo de vida sedentário têm duas vezes mais chances de desenvolver diabetes tipo 2. Essa condição está ligada a problemas na produção de insulina e ao acúmulo de glicose no sangue.
O sedentarismo agrava essa situação ao tornar mais difícil para o organismo manter um equilíbrio adequado entre a produção e o consumo insulina, muitas vezes sendo necessário o controle da doença por meio de medicamentos.
Além disso, é importante destacar que o sedentarismo costuma estar associado a maus hábitos alimentares, como o consumo excessivo de doces, o que também aumenta o risco de desenvolvimento da doença.
Estresse a ansiedade
Hábitos sedentários desregulam a produção de alguns hormônios, como o cortisol, que está ligado ao estresse. Quanto mais sedentária uma pessoa é, mais chances de se sentir estressada ou ansiosa ela tem, com possibilidade de evoluir para um quadro depressivo ao longo do tempo.
A prática de atividades física ajuda na regulação e na diminuição da produção de cortisol, além de estimular o organismo a produzir hormônios como endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina, ligados à sensação de prazer e bem-estar.
Osteoporose
Pessoas que levam uma vida sedentária tendem a sofrer uma perda maior de massa óssea ao longo do tempo, aumentando o risco de desenvolver osteoporose em idades avançadas.
Quando os músculos não são exercitados regularmente, a falta de estímulo nos ossos torna o corpo mais propenso à doença, já que a tração muscular sobre os ossos é o que determina a taxa de remodelação e reabsorção óssea.
Com a prática regular de atividades e exercícios físicos, os músculos conectados aos ossos geram uma força de tração que os fortalece. Assim, o exercício ajuda a aumentar a produção de tecido ósseo, manter as articulações saudáveis e a facilitar a fixação do cálcio.
Câncer de mama, cólon (intestino), de endométrio e esôfago
A obesidade causada pelo sedentarismo está diretamente associada ao surgimento de certos tipos de câncer. Essa relação se deve ao aumento da produção de radicais livres pelo organismo da pessoa com excesso de peso, o que pode desencadear processos inflamatórios que favorecem a formação de tumores.
Estima-se que 50% da incidência de câncer de endométrio esteja relacionada ao sedentarismo, 37% dos casos de câncer de esôfago, 25% dos tumores malignos do cólon e 20% das ocorrências de câncer de mama.
O que fazer para sair do sedentarismo?
Mudar hábitos é difícil e desafiador, entretanto, rever nossa relação com eles compensa e é preciso dar o primeiro passo. Fazer exercícios físicos melhora a capacidade cardiorrespiratória, ajuda a controlar o peso do corpo, têm impacto positivo no desenvolvimento cognitivo e comportamento social, melhora a imunidade e ajuda na manutenção dos músculos e dos ossos.
A orientação da OMS é de que adultos façam cerca de 300 minutos de atividade física por semana. Não importa como esse tempo é divido durante os dias, o importante é colocar o corpo em movimento, pois assim, além da prevenção e do controle de possíveis enfermidades, avançamos em direção a um estado de bem-estar geral.
Algumas maneiras de começar a mudar os hábitos sedentários são:
- Fazer exercícios leves a moderados, como uma caminhada pelo bairro
- Incluir mais movimentos na rotina, como subir escadas ou passear com animais de estimação
- Criar metas, com prazos e números realistas para manter o foco
- Manter a hidratação e adotar uma dieta equilibrada
O ideal, é que antes de começar a se movimentar, você faça um check-up com médicos especialistas, como clínico geral e cardiologista. Também é fundamental que os exercícios sejam supervisionados por profissionais da área, e que os limites de cada pessoa sejam respeitados.
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Escrito por Vale Saúde
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