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Dor crônica: entenda como diagnosticar a fibromialgia
10 de agosto de 2023
Não há um exame específico para detectar a doença reumatológica, que é uma síndrome dolorosa crônica
Como descobrir se uma pessoa está com fibromialgia?
Quase todos nós já sentimos uma dor forte de cabeça ou dor nas costas alguma vez durante a vida. No entanto, quem tem fibromialgia sofre com uma série de dores, intensas e generalizadas, também nas pernas, nos ombros e em outras partes do corpo, ao mesmo tempo, por mais de três meses.
O quadro dessa síndrome dolorosa, geralmente, vem junto com fadiga crônica e distúrbios do sono. Em função dessas características, a condição é definida como uma doença reumatológica, sem causa orgânica, inflamatória ou mecânica.
A fibromialgia afeta cerca de 6% da população adulta. Como as dores parecem se espalhar pelo corpo e os sintomas são variados, o paciente costuma ficar apavorado e tem dificuldades de relatar ao médico o que sente, procurando ajuda em diversas especialidades, sem ter solução para seu problema.
O diagnóstico costuma ser demorado, pois não há um exame específico para esta doença crônica que não tem cura. Porém, com um tratamento multidisciplinar, é possível aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
O uso de medicação (analgésicos, anti-inflamatórios e antidepressivos) deve ser aliado a exercícios físicos, massagens, acupuntura e Pilates, entre outras terapias alternativas. A prática de atividades físicas é a única maneira de aumentar a serotonina naturalmente. Porém, é preciso iniciar o tratamento com remédios para controlar a dor e dar condições para que o paciente consiga começar a se exercitar.
A seguir, vamos explicar melhor as curiosidades sobre a doença. Fique atento se sofrer com esses sintomas, porque quanto melhor detalhado for seu histórico para o médico, mais informações ele vai ter para fechar um diagnóstico correto brevemente.
Quais são os sintomas da fibromialgia?
Os sintomas de fibromialgia são:
- Dor intensa e difusa, no corpo todo
- Cansaço excessivo
- Maior sensibilidade em alguns pontos do corpo
- Rigidez muscular
- Dor de cabeça recorrente
- Dificuldade para dormir, insônia e outros distúrbios do sono
- Problemas de memória e concentração
- Formigamento nas mãos e/ou pés
- Dor na mandíbula
- Problemas digestivos, especialmente Síndrome do Intestino Irritável
- Falta de disposição e energia
- Aparecimento de uma “névoa mental” (dificuldade de pensamento, o que leva a um risco maior de desenvolver depressão, ansiedade ou outros transtornos psicológicos)
Qual exame de sangue detecta fibromialgia?
O diagnóstico da fibromialgia é apenas clínico (avaliação das queixas e histórico do paciente), pois não existe nenhum exame capaz de detectar a doença reumatológica.
Porém, é normal que o médico solicite testes laboratoriais de sangue para descartar outras condições que causam sintomas semelhantes e, então, diagnostique a síndrome dolorosa sem dúvidas.
Como é feito o diagnóstico da fibromialgia?
Para confirmar a existência da doença, é importante consultar um reumatologista, que fará o diagnóstico da síndrome por meio do exame físico e da avaliação dos sintomas relatados pelo paciente.
O principal indício da condição é a dor crônica generalizada, que atinge as partes acima e abaixo da cintura, os lados direito e esquerdo do corpo e pelo menos uma parte da coluna. Na maioria dos casos, a fibromialgia se instala de forma progressiva, e o paciente vai percebendo os sintomas aos poucos. Geralmente, a pessoa não consegue apontar pontos específicos de dor, e a queixa mais comum no consultório médico é de que “tudo dói”.
Como não existem exames específicos, todo o histórico do paciente deve ser considerado, e o médico também precisa identificar se existem condições atenuantes, como uma tendinite ou outra doença reumática, por exemplo.
Até pouco tempo, o diagnóstico era feito com base em um teste de 18 pontos na musculatura. Para ser diagnosticado, o paciente tinha que apresentar dor em pelo menos 11 desses 18 pontos. Hoje, leva-se mais em conta a dor crônica em si do que o número de pontos com dor, além dos outros sintomas.
Qual é a parte do corpo que a fibromialgia ataca mais?
A fibromialgia é conhecida por provocar aumento da sensibilidade em alguns “pontos-gatilho” do corpo, como:
- Parte superior dos ombros
- Região da nuca e pescoço
- Coluna
- Laterais do quadril
- Joelhos
- Cotovelos
Antigamente, esses pontos eram muito utilizados como forma de diagnosticar a síndrome, sendo que o médico realizava pressão sobre eles para identificar se o paciente apresentava mais dor que o esperado.
A doença pode atingir pacientes de qualquer sexo e idade, mas é mais comum em mulheres entre os 30 e 50 anos de idade.
Como é o tratamento para amenizar as crises?
Além de medicamentos para alívio da dor (que atuam estimulando os inibidores de dor no sistema nervoso central) e das atividades físicas regulares, o tratamento ainda envolve medidas para melhorar o sono e gestão do estresse. Para tal, pode ser indicada a psicoterapia, já que a doença pode causar um grande impacto na qualidade de vida e também problemas emocionais.
É importante manter um acompanhamento clínico com especialista, inclusive se for optar por terapias complementares como acupuntura, RPG, osteopatia e fisioterapia. E nunca esqueça: jamais se automedique, nem suspenda o uso de algum remédio sem orientação profissional.
Quais podem ser as causas da fibromialgia?
Ainda não há certezas sobre a causa específica que leva ao aparecimento da fibromialgia. Porém, já se sabe que paciente que sofre com a síndrome possui maior sensibilidade à dor, o que pode estar relacionado ao sistema nervoso central. Desta forma, nervos, medula e cérebro fazem com que qualquer estímulo doloroso tenha sua intensidade aumentada.
Também existem alguns fatores que parecem aumentar o risco de desenvolver a doença:
- Histórico familiar de fibromialgia
- Ter lúpus ou artrite reumatoide
- Viver situações muito estressantes
- Ter tido alguma infecção viral
- Sofrer pancadas repetidas em alguma parte do corpo
- Além de trauma físico, traumas emocionais também podem desencadear a condição
- Distúrbios do sono, sedentarismo, ansiedade, depressão e outros transtornos mentais ainda podem ser gatilhos para a síndrome
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Escrito por Vale Saúde
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