Dicas e Curiosidades
Fevereiro Roxo: um alerta sobre doenças do sistema nervoso
06 de fevereiro de 2024
Campanha de conscientização informa sobre problemas de saúde crônicos e sem cura.
O que é o Fevereiro Roxo?
Fevereiro, apesar de ser um mês curto, é dedicado à conscientização sobre várias doenças raras e sem cura. A campanha do Fevereiro Roxo é promovida anualmente para chamar a atenção da população sobre condições médicas que afetam o sistema nervoso como a fibromialgia, lúpus, Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla, fibrose cística, entre outras.
Ainda há um outro movimento neste período, o “Fevereiro Laranja”, dedicado à informação sobre a leucemia (um tipo de câncer sanguíneo) e sobre a doação de medula óssea.
As organizações de saúde governamentais e não-governamentais se engajam a essas iniciativas para mobilizar a comunidade na atuação pela prevenção e disseminação da importância do diagnóstico precoce de enfermidades que podem se tornar menos graves se descobertas cedo.
As campanhas têm como objetivo esclarecer o público em geral sobre os sinais, sintomas, tratamentos e cuidados necessários das condições que abordam, além de sensibilizar sobre a relevância do papel da pesquisa e dos investimentos na área da saúde.
Continue a leitura para saber mais sobre as doenças do Fevereiro Roxo!
Qual o significado e importância da campanha?
Criada em 2014 por iniciativa da Federação Brasileira de Associações de Doenças Raras (Febrararas) em parceria com outras instituições e apoiada pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), a campanha Fevereiro Roxo é um movimento que busca conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de algumas enfermidades, como Alzheimer, fibromialgia, lúpus e outras condições raras.
Relacionada à iniciativa, a cor roxa foi escolhida por simbolizar a luta contra o preconceito e a discriminação sofrida pelas pessoas com doenças raras e crônicas. Essas condições, muitas vezes, são desconhecidas e negligenciadas pela sociedade e pelos sistemas de saúde, o que dificulta o diagnóstico e o acesso ao tratamento adequado.
Além de prezar pelo respeito aos pacientes que sofrem com esses problemas, a campanha oferece apoio e esperança para eles e seus familiares e cuidadores, buscando melhorar a qualidade de vida e ampliar a reflexão da sociedade sobre a importância do cuidado com a saúde. Outro objetivo da campanha também é incentivar a pesquisa científica e o desenvolvimento de novas terapias para o tratamento dessas enfermidades.
A seguir, apresentaremos as características das condições do Fevereiro Roxo. E não esqueça: consulte sempre seu médico de confiança!
Lúpus
O lúpus é uma doença autoimune (quando o sistema imunológico do corpo ataca seus próprios tecidos) crônica que é capaz de afetar vários órgãos do corpo. É uma enfermidade rara, mas pode ser grave e até mesmo fatal.
Realizada anualmente em fevereiro para informar a população sobre a condição, seus sintomas e tratamentos, a campanha mundial Fevereiro Roxo é importante para ajudar a diagnosticar e tratar a doença precocemente, auxiliando na melhora do prognóstico.
Segundo o Ministério da Saúde, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é o tipo mais sério e também o mais comum, atingindo aproximadamente 70% dos pacientes com a enfermidade. Ele afeta principalmente mulheres, sendo 9 em 10 pacientes com o risco mais elevado durante a idade fértil.
No caso do lúpus, o sistema imunológico ataca o tecido conjuntivo (que sustenta e conecta os outros tecidos do corpo). Isso causa inflamação e danos a vários órgãos e tecidos, incluindo articulações, pele, rins, pulmões, coração e cérebro.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e conseguem aparecer e desaparecer ao longo do tempo. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
- Fadiga
- Febre
- Dor, inchaço e rigidez nas articulações
- Perda de peso
- Erupção cutânea
- Sensibilidade ao sol
- Problemas renais
- Problemas pulmonares
- Problemas cardíacos
- Problemas neurológicos
- Queda de cabelo
A doença normalmente é difícil de diagnosticar, pois os sintomas são semelhantes aos de outras condições. O especialista indicado é o reumatologista, que solicita uma série de exames, incluindo testes de sangue, de urina, raio-X e biópsias.
Não existe cura para o lúpus, mas existem tratamentos para ajudar a controlar os sintomas e prevenir complicações, incluindo fisioterapia, terapia ocupacional e mudanças no estilo de vida.
Não há uma maneira segura de prevenção, mas existem algumas ações para reduzir o risco de desenvolver a condição, incluindo:
- Evitar a exposição ao sol
- Não fumar
- Manter uma dieta saudável
- Praticar exercícios regularmente
- Controlar o estresse
Fibromialgia
Crônica e sem cura, a fibromialgia é uma síndrome pouco conhecida que afeta, em sua maioria, mulheres entre 30 e 60 anos. Além de dor generalizada e constante, a doença causa fadiga, dificuldades cognitivas como problema de concentração e perda de memória, dores nas mãos e pés, insônia e até mesmo quadros de depressão.
Uma das principais dificuldades apresentadas no momento de diagnosticar essa enfermidade, também representada pelo Fevereiro Roxo, é que muitas vezes seus sintomas são confundidos com situações de estresse ou mal-estar da rotina. Como todos os sinais são relativamente comuns, acredita-se que a fibromialgia é uma doença subnotificada.
A condição pode aparecer depois de eventos graves como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção. No entanto, sua causa ainda é desconhecida, ainda que alguns fatores estejam envolvidos, como a hereditariedade.
No país, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) calcula que a fibromialgia afeta cerca de 3% da população. De cada 10 pacientes com a síndrome, sete a nove são mulheres.
O cérebro de uma pessoa com fibromialgia interpreta os estímulos de forma mais intensa, o que aumenta a sensação de dor.
Confira a lista de sintomas:
- Dores generalizadas, espalhadas pelo corpo e articulações, durando até meses
- Problemas de memória e concentração
- Fadiga e cansaço durante o dia
- Sono de má qualidade
- Distúrbios do sono
- Alterações intestinais
- Dormência e formigamento nas mãos e nos pés
- Depressão
- Ansiedade
- Tontura
Alzheimer
Também incurável, Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. A condição recebeu o nome do médico que a descreveu primeiro, em 1906, o psiquiatra Alois Alzheimer.
Também parte da campanha Fevereiro Roxo, a enfermidade apresenta como principais sintomas a falta de coerência na fala e perda de memória. Com o passar do tempo, ela também interfere no comportamento e personalidade da pessoa.
Assim, o paciente recorda de histórias antigas e passa a repeti-las, sem se lembrar de fatos recentes, ocorridos no mesmo dia. Ainda que seja relacionada a idosos, a condição pode aparecer precocemente em indivíduos que tenham casos na família.
Alzheimer é a causa mais comum de demência (grupo de distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais). No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
Ao ser diagnosticada ainda no início, é possível introduzir um tratamento terapêutico e medicamentoso que ajuda no retardo dos efeitos mais graves. A doença de Alzheimer costuma evoluir de forma lenta. A partir do diagnóstico, a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos.
Saiba os sintomas que a enfermidade apresenta:
- Problemas de linguagem
- Confusão com horários e dias da semana
- Desorientação em relação a lugares que são conhecidos
- Esquecimento de fatos recentes
- Repetição da mesma pergunta várias vezes
- Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos
- Incapacidade de resolver problemas
- Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos
- Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais
- Irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos
- Tendência ao isolamento
Foco no diagnóstico precoce
Com a visibilidade que o Fevereiro Roxo leva para essas doenças raras e sem cura, é possível que a população tenha mais conhecimento sobre seus sintomas, aumentando as chances do diagnóstico precoce realizado por um especialista, seja ele o reumatologista, o neurologista ou o geriatra. Ao perceber os sinais, é fundamental buscar ajuda médica.
Com as condições identificadas o mais breve possível, o portador da enfermidade consegue ter um tratamento adequado, com qualidade de vida.
Terapias medicamentosas e tratamentos complementares como fisioterapia, acupuntura, exercícios e psicoterapia são importantes para que a pessoa volte a ter condicionamento físico, melhorando seu humor, mobilidade e capacidade cognitiva.
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Escrito por Vale Saúde
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