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Gordura no fígado: Qual exame detecta esteatose hepática

16 de maio de 2023

gordura no fígado

Confira quais testes diagnosticam condição causada por sobrepeso e consumo de álcool

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Como saber se a pessoa está com gordura no fígado?

Conhecida popularmente como gordura no fígado, doença hepática gordurosa ou fígado gorduroso, a esteatose hepática é um problema bastante comum, mas que é preocupante apenas em quadros graves.

Condição cada dia mais presente nos pacientes, a esteatose pode ocorrer também na infância e atinge mais as mulheres (tendo em vista que o hormônio estrógeno, produzido naturalmente pelo corpo feminino, propicia o acúmulo dessa gordura). A estimativa é que 30% da população tenha o problema.

Outra previsão para ficar no radar é que aproximadamente metade dos portadores da condição possa evoluir para formas mais graves da doença. Em casos bem leves, ela é assintomática, e só se desconfia de sua presença quando fazemos testes de laboratório ou exames de imagem para investigar outras enfermidades.

Atualmente, o excesso de peso é uma das maiores causas do problema, sendo que 60% das pessoas que sofrem com gordura no fígado possuem um diagnóstico de obesidade. Pessoas sedentárias e que fazem consumo de álcool, regular ou não, têm mais tendências para desenvolvimento da condição.

A seguir, vamos falar mais sobre os sinais de alerta da doença, como ter certeza do seu diagnóstico, como é feito o tratamento e as formas de prevenção. Continue lendo!

O que é a esteatose hepática?

Esta alteração no fígado é caracterizada pelo acúmulo de gordura no interior das células do órgão. Glândula de coloração marrom-avermelhada, localizada do lado direito do abdômen, por onde circula grande quantidade de sangue, o fígado exerce mais de 500 funções fundamentais para o organismo.

É normal ter um pouco de gordura neste órgão. Porém, quando 5% a 10% do fígado for formado por gordura, o quadro deve ser tratado.

O aumento da infiltração dos triglicérides (células gordurosas) na glândula, constante e por tempo prolongado, pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer. Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como adquire um aspecto amarelado.

A esteatose hepática pode ser classificada em 3 níveis, conforme a gravidade:

  • Grau 1 (leve): há um leve acúmulo de gordura no fígado, o que, de forma geral, corresponde ao acometimento de cerca de 30% das células do órgão
  • Grau 2 (moderada): há acúmulo moderado de gordura, de forma que até 60% das células do fígado estão afetadas
  • Grau 3: é o mais grave, compatível com um quadro de obesidade. Há um grande acúmulo de gordura no fígado

Quais são os sintomas da gordura no fígado?

Nos quadros leves de esteatose hepática, a condição é assintomática. Os sintomas aparecem quando surgem as complicações da doença.

Conforme o quadro de gordura no fígado evolui, é possível que uma pessoa com esteatose apresente:

  • Dor no lado superior direito do abdômen
  • Inchaço na barriga
  • Aumento do fígado
  • Cansaço
  • Fraqueza
  • Perda de apetite
  • Dor de cabeça constante
  • Náuseas, vômitos e diarreia
  • Perda de peso sem explicação
  • Mal-estar geral
  • Fezes mais claras
  • Coceira na pele

É normal que durante os primeiros estágios da doença não seja manifestado qualquer tipo de sintoma, pois a quantidade de gordura acumulada ainda não é prejudicial ao funcionamento do organismo. Por isso, a esteatose hepática é muitas vezes descoberta acidentalmente por meio de exames para investigar outras doenças.

Como a gordura no fígado é diagnosticada?

Para confirmar a existência de esteatose hepática (gordura no fígado), é importante consultar um hepatologista (especialista em fígado) ou gastroenterologista (que se dedica ao sistema digestivo), responsáveis por solicitar os exames de imagem e laboratoriais que confirmam o diagnóstico de gordura no fígado: ecografia abdominal e a dosagem das enzimas hepáticas TGO e TGP no sangue.

As enzimas TGO e TGP estarem muito elevadas também é um indicador de que o fígado apresenta lesões. Outro nível que pode ser examinado é o de gama-GT, enzima também produzida na glândula e que pode ter sua concentração aumentada em caso de problemas hepáticos.

A condição pode ser detectada ainda em exames de ultrassonografia do abdômen, nos quais será possível notar um fígado aumentado, por isso ela pode ser detectada em check-ups que, inclusive, acompanham outras doenças. As imagens mostram uma certa presença de gordura, mas não são satisfatórias quanto à quantidade de células gordurosas no órgão, impossibilitando a classificação do seu grau.

Assim que for detectada a alteração, é preciso estabelecer o diagnóstico diferencial com hepatites, doenças autoimunes e genéticas ou consequência do uso de drogas, uma vez que a doença não apresenta um quadro clínico característico.

Depois da avaliação física e da análise do histórico clínico do paciente, o médico especialista deve requisitar um exame de imagem mais detalhado como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou endoscopia, para identificar regiões lesionadas no órgão, o nível de gravidade e concluir sobre a necessidade de biópsia (por ser invasiva, é recomendada apenas para pacientes com indicação de cirurgia).

Outro exame importante para o diagnóstico da esteatose é a elastografia transitória, um método não invasivo e indolor que mede a elasticidade do tecido hepático e a quantidade de gordura acumulada no fígado.

Qual o tratamento para a gordura no fígado?

Os casos de gordura no fígado são divididos em dois tipos, de acordo com suas causas. A primeira é a esteatose hepática alcoólica (derivada do consumo abusivo de álcool); e a segunda, não alcoólica (decorrente principalmente de excesso de peso, síndrome metabólica e outras doenças).

Para a condição de origem alcoólica, a melhor possibilidade de enfrentamento, com possível reversão da doença, é o tratamento do alcoolismo.

Para o segundo tipo, esteatose não alcoólica, não existe um tratamento medicamentoso específico até os dias atuais. As tomadas de medidas com mais resultados são a tentativa de reversão e controle dos fatores de risco, como diabetes, colesterol, sedentarismo, obesidade e tabagismo.

A vitamina E possui ação antioxidante potente e pode ajudar a reduzir ou neutralizar os danos causados pela inflamação no fígado e, por isso, pode ser indicada, sendo útil para pacientes com lesões hepáticas causadas por acúmulo de gordura no órgão. No entanto, é importante consultar um médico antes de começar a ingerir o suplemento, pois esta vitamina é contraindicada para diabéticos e tem sido associada ao aumento do risco de câncer de próstata.

As atividades físicas têm um papel fundamental no tratamento da condição, pois, além de ajudar na perda de peso, também diminuem a gordura intra-abdominal que está diretamente relacionada à esteatose. Quando o paciente faz exercício, a ação da insulina (um hormônio que regula o metabolismo de absorção da glicose após a ingestão de alimentos) aumenta e reduz o nível de gordura no corpo.

Os treinos físicos melhoram a capacidade funcional do nosso organismo e aumentam a sensibilidade da ação de insulina, evitando os picos de glicemia. Essa ação é importante para evitar que o metabolismo transforme o excesso de glicose em uma forma de gordura que, entre outros lugares, passa a ser depositada no fígado, piorando a gravidade da doença.

A mudança de hábitos na alimentação também é primordial. Regimes radicais não são recomendados, porque a perda abrupta de peso também pode ser prejudicial ao fígado.

Leia no tópico a seguir como manter uma dieta adequada para controlar ou tentar evitar a ocorrência dessas alterações no órgão do sistema digestivo. Em caso de dúvidas, procure uma nutricionista.

Como prevenir a esteatose hepática?

Algumas mudanças de hábitos são indispensáveis para evitar o acúmulo de gordura no fígado ou para reverter o quadro já instalado. Geralmente, a medida mais eficaz para controlar e prevenir a esteatose hepática é perder peso.

Parar de fumar, controlar o consumo de álcool e introduzir atividades físicas regulares na rotina também são passos obrigatórios. Também é preciso caprichar na hidratação, bebendo muita água.

As principais dicas são:

  • Ter uma dieta hipocalórica, evitando frituras, gorduras e doces
  • Aumentar a ingestão de vegetais e carnes magras como o salmão
  • Os nutrientes colina e betaína ajudam o fígado a exportar os triglicérides para a corrente sanguínea, evitando o acúmulo de gordura. Eles são encontrados nos seguintes alimentos: quinoa, beterraba, espinafre, farelo e gérmen de trigo, ovo e soja
  • Ingerir pequena quantidade de carboidratos e privilegiar os integrais
  • Priorizar a gordura vegetal (azeite de oliva) e não exagerar nas quantidades

Incluir boas fontes de fibras na alimentação é fundamental, pois controlam a velocidade de absorção da glicose. As fibras estão presentes em:

  • Cereais, desde que integrais (trigo, aveia, arroz, quinoa, amaranto)
  • Legumes e verduras (rabanete, pepino japonês, escarola, alface, rúcula)
  • Frutas como maçã, abacaxi e as vermelhas (morango, amora, framboesa)
  • Leguminosas (feijão, ervilha, grão de bico, lentilha, soja)
  • Casca das frutas e sementes como linhaça e chia

Própolis e gengibre são outras fontes de substâncias que ajudam a proteger o fígado, auxiliando na manutenção das suas funções. Chás de cúrcuma, alcachofra, cardo mariano, verde, vermelho e mate também podem ser aliados nesta luta contra os fatores de risco da doença.

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Escrito por Vale Saúde

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