Saúde e Bem-estar
Julho Amarelo: Mês contra as hepatites virais
01 de julho de 2024
Cerca de 1 milhão de pessoas têm algum tipo de hepatite viral no Brasil
Você já deve ter reparado que a cada novo mês temos uma cor, às vezes até duas, para falar mos sobre algum assunto de saúde importante, certo? Pois em julho não será diferente.
O Julho Amarelo é uma iniciativa do Ministério da Saúde que tem como objetivo principal conscientizar a população sobre o que são e como se prevenir das hepatites virais, que estão entre as principais causas de cirrose, câncer de fígado e até de transplantes no país.
Segundo dados do IBRAFIG (Instituto Brasileiro do Fígado), cerca de 1 milhão de pessoas têm algum tipo de hepatite viral no Brasil, mas nem sempre elas sabem que são portadoras da doença. Leia o texto até o final e conheça todos os tipos, sintomas e saiba como é possível se prevenir da doença que ataca o fígado.
O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo humano, pois realiza uma série de funções que nos mantém ativos e saudáveis, como:
- Limpeza do nosso sangue, por meio da remoção de impurezas que são eliminadas pelas fezes e pela urina
- Produção da bile, um líquido que auxilia o nosso processo de digestão
- Armazenamento de energia de tudo o que comemos
Mas afinal, o que são hepatites virais?
Hepatites virais são caracterizadas por infecções no fígado e que podem comprometer o seu pleno funcionamento.
Essas infecções são causadas por vírus nomeados de acordo com as letras do nosso alfabeto: A, B, C, D e E. No Brasil, a maior quantidade de casos é de hepatites dos tipos A, B e C, mas também há alguns casos de hepatite tipo D.
Os pacientes portadores dos tipos B e C geralmente não apresentam qualquer sintoma, o que prejudica o rápido diagnóstico e tratamento da doença.
Ainda assim, há casos de pacientes que relatam sintomas, como cansaço, febre, mal-estar, enjoo, vômitos, dor abdominal, urina escura, fezes claras, além da pele e olhos amarelados, todos diretamente ligados às funções que o fígado tem no nosso corpo.
Inclusive, a cor amarela foi escolhida para simbolizar o mês que trata sobre as Hepatites Virais, pois faz referência à icterícia, sintoma comum entre os pacientes com doenças no fígado e que proporciona um aspecto amarelado nos olhos e na pele.
Conheça os tipos de Hepatite Viral
Como você acabou de ler, temos alguns tipos de hepatite viral e para que possamos nos prevenir da contaminação é importante conhecer a fundo como cada uma se manifesta. Continue lendo:
Hepatite A
A hepatite A é uma infecção no fígado causada pelo vírus HAV e a transmissão ocorre quando há o contato das fezes com a boca. Por isso, em locais onde o saneamento básico é precário ou quando não temos bons hábitos de higiene pessoal aumentamos as chances de adquirirmos a doença.
Geralmente, as pessoas com hepatite A apresentam sintomas como cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, urina escura e fezes claras, além da icterícia (pele e olhos amarelados). Mas, mesmo que o portador de hepatite A não apresente sintomas, ele pode transmitir a doença.
Evitarmos a transmissão é bastante simples:
- Sempre lave as mãos após utilizar o banheiro, trocar fraldas dos bebês ou antes de fazer as refeições
- Utilize água tratada, clorada ou até fervida para preparar as refeições e atenção máxima na limpeza de alimentos que serão consumidos crus, como carnes, por exemplo
- Lave com água e sabão os pratos, copos, talheres e mamadeiras dos bebês
- Não deixe as crianças brincarem perto de valas ou até em locais próximos ao esgoto. Isso também vale para as enchentes
- Sempre utilize camisinha nas relações sexuais e lave bem as mãos ao tocar os órgãos sexuais e a região anal
- Limpe bem os acessórios eróticos como vibradores, por exemplo
Hepatite B
A hepatite B é causada pelo vírus HVB e a transmissão ocorre quando há o contato com o sangue, o sêmen ou com outros fluídos corporais de uma pessoa contaminada, seja durante as relações sexuais sem camisinha, por meio do compartilhamento de objetos como agulhas, lâminas de barbear e alicates de unha (atenção, mulherada!) e escovas de dente. As grávidas e lactantes (mulheres que amamentam) contaminadas também podem transmitir a hepatite B ao bebê durante a gestação, no momento do parto ou na amamentação.
Como já foi dito anteriormente, quase sempre as pessoas portadoras de hepatite B não apresentam sintomas, mas as que apresentam relatam: cansaço, falta de apetite, dores no estômago, além de náuseas e icterícia (quando a pele e os olhos ficam amarelados).
Vamos detalhar a seguir os tipos de hepatite viral que contam com vacinas como aliadas na prevenção, mas vale relembrar os cuidados simples que também colaboram para nos mantermos livres da hepatite B:
- Sempre use camisinha nas relações sexuais
- Não compartilhe itens de higiene, como escovas de dente, e objetos cortantes, como lâminas de barbear e alicates de unha
- Curte tatuagens e piercings? Então, é fundamental garantir que agulhas, seringas e todos os materiais utilizados nesses procedimentos não foram utilizados por outras pessoas
Hepatite C
A hepatite C é causada pelo vírus HVC e é a mais perigosa dentre todos os tipos de Hepatite Viral. A transmissão ocorre da mesma forma que na hepatite B: contato com o sangue de uma pessoa infectada.
O Ministério da Saúde aponta que pessoas com mais de 40 anos, quem recebeu transfusões de sangue ou fez transplante de órgãos antes de 1993 têm as maiores chances de ter hepatite C, pois até este período as doações de sangue e as cirurgias de transplante não passavam por testes prévios de hepatite.
Juntam-se a elas, pessoas que façam uso de drogas injetáveis ou que fizeram tatuagens e colocaram piercings em locais onde os cuidados de higiene não eram respeitados, pessoas que têm vários parceiros sexuais e aquelas que consomem muita bebida alcóolica.
O vírus da hepatite C age de maneira silenciosa e a pessoa contaminada geralmente só manifesta sintomas quando a doença está bastante avançada. Os sintomas mais comuns são: inchaço nas pernas, aumento do abdome e olhos bem amarelados.
Por isso, é fundamental que pessoas acima dos 40 anos ou que se encaixem nas descrições acima, procurem um médico e solicitem exames de sangue pelo menos 1 vez ao ano para avaliar como está o funcionamento das enzimas do fígado.
Também existe a opção de realizar os testes rápidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBs) de todo o país. Basta um furo no dedo para coletar um pouco de sangue. O rápido é praticamente imediato, não precisa pagar nada e você ainda fica tranquilo, pois mesmo que o resultado for positivo para hepatite C, essa é uma doença que tem cura.
Hepatites D e E
Já as hepatites D e E são as menos comuns em nosso país. A hepatite D é causada pelo vírus HDV e a transmissão ocorre pelo contato direto com sangue e outros fluídos de pessoas contaminadas.
Somente tem hepatite D quem está ou já teve hepatite B, por isso é válido voltar às dicas para a prevenção da hepatite B e já se prevenir contra a hepatite D também.
A hepatite E é mais comum em países da África e Ásia, nos quais muitas vezes não há saneamento básico adequado. O vírus responsável pela transmissão é o HEV e a infecção acontece quando há o consumo de água contaminada pelas fezes de pessoas com hepatite E ou por alimentos contaminados, principalmente carnes de porco e frutos do mar.
Os sintomas são semelhantes aos já citados nos outros tipos de hepatite e neste caso adotar bons hábitos de higiene pode fazer toda a diferença.
Existe algum tipo de hepatite não viral?
Sim. As hepatites não virais são aquelas em que não há a influência de um vírus sobre o corpo, mas que podem ser adquiridas devido ao uso contínuo de medicamentos, drogas e até do consumo excessivo de bebida alcoólica.
Elas são responsáveis pelo surgimento de doenças graves, como cirrose e câncer de fígado, por exemplo.
Por isso, é tão importante realizar exames de sangue anuais, pois quanto antes o tipo de hepatite é descoberto, maiores são as chances de cura, considerando as não virais.
Como é o tratamento para as hepatites virais?
De modo geral, os médicos recomendam que o paciente com hepatite viral faça repouso, beba muita água e mantenha uma alimentação balanceada, que envolve o consumo de carnes, frutas, legumes e verduras. Também fica contraindicado o consumo de bebida alcoólica por pelo menos 6 meses para garantir a recuperação do fígado.
Existem situações em que os médicos podem suspender o uso de algum tipo de medicação e, em casos mais graves, a pessoa contaminada pode ficar internada para acompanhamento mais próximo por parte dos médicos.
A vacina da hepatite protege contra todos os tipos da doença?
Infelizmente não. Atualmente, estão à disposição da população as vacinas para prevenção das hepatites virais tipo A e B.
A vacina do tipo A é aplicada em crianças até os 12 anos de idade e em adultos que tenham algum tipo de doença crônica no fígado.
Já a vacina da hepatite B é aplicada em 3 etapas: a primeira dose logo após o nascimento do bebê, uma dose de reforço aos 2 meses de vida e a última dose aos 6 meses.
A vacina para a hepatite B também é recomendada aos profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros e dentistas, por conta do contato frequente com sangue e fluídos de pacientes.
Consulte a sua carteirinha de vacinação para verificar se já constam as informações sobre as aplicações das vacinas para as hepatites A e B. Caso você não tenha recebido as doses da vacina quando criança, é importante consultar um médico e avaliar a recomendação para tomar as doses.
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A prevenção é sempre a melhor opção!
Escrito por Vale Saúde
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