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Saúde Mental

Hormônios da felicidade: entenda o que são e como estimulá-los

14 de maio de 2024

Serotonina, dopamina, ocitocina e endorfina formam o quarteto do prazer e bem-estar.

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O que são os hormônios da felicidade?

Sabe aquela energia contagiante e disposição inabalável que sentimos após realizar alguma atividade física? Ou quando estamos apaixonados, que até falta apetite por não vermos a hora de estar com a pessoa amada? Essas e outras sensações parecidas são geradas pelos chamados hormônios da felicidade: serotonina, dopamina, ocitocina e endorfina.

Esses hormônios, são, na verdade, neurotransmissores, produzidos pelo corpo, que regulam o humor, prazer, bem-estar e alegria. Eles são liberados em resposta a diversas atividades e situações, como exercícios físicos, meditação e até mesmo durante momentos de dor intensa.

Neste texto, exploraremos o que são essas substâncias, como elas influenciam nosso organismo e como estimular a produção delas. Continue a leitura para saber mais!

O que são hormônios e neurotransmissores?

Hormônios e neurotransmissores são mensageiros químicos que possuem funções e mecanismos fundamentais para o funcionamento do corpo.

Os hormônios são produzidos pelas glândulas endócrinas, tecidos especializados e neurônios. Eles garantem o equilíbrio das funções biológicas do organismo, atuando na transmissão de informações entre diferentes células e tecidos do corpo.

Cada hormônio tem uma função específica, que é regular processos vitais como metabolismo, crescimento, desenvolvimento sexual e muito mais. Também ajudam a manter níveis adequados de substâncias como glicose e cálcio no sangue.

Alguns exemplos de hormônios são:

neurotransmissores são substâncias que transmitem sinais entre os neurônios no cérebro ou entre neurônios e músculos ou glândulas. Eles são responsáveis pela comunicação rápida e específica no sistema nervoso, afetando uma ampla variedade de funções físicas e psicológicas, como frequência cardíaca, sono, apetite, humor e medo.

Exemplos de neurotransmissores são:

  • Acetilcolina: atua no controle dos movimentos musculares, aprendizado e memória
  • Noradrenalina: relacionada ao estresse, sono e atenção
  • Adrenalina: resposta a estímulos como medo, excitação, ansiedade ou raiva

Os hormônios atuam em todo o corpo e têm efeitos mais prolongados, enquanto os neurotransmissores atuam em áreas específicas do sistema nervoso e têm ações rápidas e de curta duração.

Conheça o quarteto da felicidade

Serotonina: hormônio da satisfação e bem-estar

A serotonina atua no cérebro estabelecendo comunicação entre as células nervosas. Ela também é encontrada no sistema digestivo e nas plaquetas de sangue. Sua produção ocorre a partir do aminoácido triptofano (fundamental para a formação e manutenção dos músculos e pela produção de serotonina e melatonina), obtido com alguns alimentos, como bananas, soja, grão-de-bico, leite, carne, peixe, e outros que sejam ricos em proteínas.

Dentre as principais funções que ela desempenha no nosso organismo, estão:

  • Regular o humor, diminuindo a ansiedade e aumentando a felicidade
  • Regular o sono e o despertar
  • Ajudar no controle da função e dos movimentos intestinais
  • Auxiliar na eliminação de substâncias tóxicas do intestino, como em casos de diarreia, e estimular uma região do cérebro que controla a náusea
  • Promover a vasoconstrição (redução do diâmetro dos vasos sanguíneos), facilitando a coagulação sanguínea
  • Ajudar na regulação da densidade óssea (níveis significativamente altos de serotonina nos ossos podem enfraquecê-los, aumentando o risco de osteoporose)
  • Está relacionada à libido, portanto, alterações nos seus níveis afetam o desejo sexual

Quando a serotonina está baixa, é possível notar alguns sintomas, como:

  • Mau humor pela manhã
  • Sono e cansaço excessivo durante o dia
  • Alterações no desejo sexual
  • Vontade de comer a todo momento, especialmente doces
  • Dificuldades de aprendizado, memória e de concentração
  • Irritabilidade e falta de paciência
  • Depressão e ansiedade excessiva, em casos mais graves

Dopamina: hormônio da recompensa e motivação

A dopamina é responsável por levar informações para várias partes do corpo. Quando liberada, provoca uma sensação de prazer e aumenta a motivação. Sua produção ocorre no sistema nervoso central e nas glândulas suprarrenais (localizadas próximo aos rins).

As suas principais funções são:

  • Aumentar a motivação, proporcionando sensações intensas de prazer, recompensa e satisfação
  • Potencializar a libido e o prazer sexual
  • Ajudar no ganho de massa muscular
  • Contribuir para a coordenação dos movimentos corporais
  • Promover a saúde intestinal
  • Influenciar a aprendizagem, memória, atenção e o humor

É importante manter os níveis de dopamina em concentrações saudáveis para o bom funcionamento do corpo e da mente. Alterações nos seus níveis podem estar relacionadas a distúrbios neurológicos e psiquiátricos.

Pessoas com baixos níveis de dopamina ficam com pouco entusiasmo pela vida, sentindo falta de motivação e de prazer. Normalmente, isso faz com que recorram a substâncias estimulantes, como cafeína e açúcar, para lidar com as atividades diárias. Além disso, também é frequente a perda da libido, sensação de cansaço ou alteração dos movimentos.

Apesar de aparentarem ser parecidas, a dopamina e a serotonina se diferenciam principalmente no tempo de resposta. Enquanto a dopamina está mais relacionada com a experiência imediata de prazer e recompensa, a serotonina está mais envolvida na regulação do humor e na promoção de uma sensação de contentamento a longo prazo.

Ocitocina: hormônio do amor

A ocitocina ou oxitocina é um hormônio sintetizado no hipotálamo cerebral. Conhecida popularmente como o hormônio do amor, sua secreção é intensificada durante o parto, o orgasmo e a amamentação. Ela está associada a momentos de expressão emocional, gerando sentimentos de afeto e carinho, como quando acariciamos um animal de estimação ou abraçamos pessoas queridas.

Ela exerce influência positiva no corpo, favorecendo a confiança, a empatia, a formação de memórias afetivas, a estabilidade emocional, o bem-estar geral, o relaxamento, a comunicação pacífica e o estímulo à produção de leite pelas glândulas mamárias durante a lactação.

A baixa quantidade de ocitocina resulta em diversos sintomas, como:

  • Tristeza
  • Tensão
  • Estresse
  • Diminuição da libido
  • Apatia e antipatia
  • Dores musculares
  • Ansiedade e depressão
  • Menor habilidade social

Esses sintomas também estão associados a distúrbios mentais e psicológicos. Se você apresenta esses efeitos, é indicado consultar um médico para avaliação e orientação adequada.

Endorfina: hormônio do prazer e analgésico natural do organismo

A endorfina é produzida pela glândula hipófise no cérebro e interage com os receptores do sistema nervoso. Sua principal função é aliviar o estresse e a irritação. Quando é liberada na circulação sanguínea, estimula a sensação de prazer, bem-estar, bom humor, motivação e felicidade. Além disso, minimiza a tensão muscular e o cansaço, contribuindo para o alívio da dor e o combate à depressão e à ansiedade. É conhecida como analgésico natural, sendo liberada, principalmente, a partir do movimento do corpo.

Outras funções da endorfina são:

Baixos níveis desse hormônio no corpo levam a várias consequências, como:

É importante notar que essas associações não significam que a baixa endorfina seja a única causa dessas condições, mas pode ser um dos fatores contribuintes.

Como estimular a produção desses hormônios?

Confira algumas dicas para estimular a produção natural do quarteto da felicidade:

  • Pratique atividades físicas
  • Mantenha uma alimentação equilibrada, rica em ovos, peixes, aves, carnes bovinas, frutas, laticínios, oleaginosas (nozes, sementes, castanhas), legumes e verduras e ainda evitando gorduras saturadas
  • Tome sol diariamente, para promover a produção de vitamina D. Não esqueça de usar protetor solar
  • Mantenha uma boa rotina de sono
  • Faça atividades relaxantes como massagens, meditação, ioga
  • Ouça música
  • Dance
  • Pratique boas ações
  • Abrace, beije, faça e receba carinho, tenha relações sexuais
  • Sorria e dê gargalhadas
  • Consuma alimentos probióticos, como iogurte, kefir (bebida fermentada) e picles
  • Estabeleça metas de vida alcançáveis
  • Adote um animal
  • Amamente, para fortalecer o vínculo entre mãe e filho

É importante consultar um endocrinologista, neurologista, psiquiatra ou nutricionista para avaliar e investigar possíveis desequilíbrios de hormônios ou neurotransmissores.

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Escrito por Vale Saúde

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