IMC: qual é o peso ideal para a minha altura?

O IMC (Índice de Massa Corporal) é um índice que determina o peso ideal de uma pessoa de acordo com a sua altura. Foi criado em meados de 1830 por um estatístico belga que queria quantificar o “homem médio”.

Entretanto, o IMC foi popularizado apenas em 1970 pelo fisiologista norte-americano Ancel Keys. Nessa época, nos Estados Unidos, as empresas de seguro de vida estimavam a obesidade e a gordura corporal das pessoas (pela lógica utilizada, quanto mais gordura a pessoa tivesse, mais chances ela teria de morrer) comparando o peso de cada uma delas com a de outras que tivessem a mesma altura, idade e sexo de terceiros.

Os cálculos, portanto, não eram nada exatos e passaram a desagradar algumas pessoas. Entre elas, estava Ancel Keys e outros colegas fisiologistas, que realizaram um estudo com mais de 7 mil homens e comprovaram que o método IMC era muito mais simples e certeiro.

Desde então, o IMC é muito utilizado não apenas pelas empresas de seguro de vida, mas também para várias outras pesquisas de saúde coletiva, sendo essencial para classificar grupos de riscos para determinas doenças, por exemplo. Mas, pensando individualmente, esse cálculo é realmente eficaz? Realmente existe um peso ideal para certa altura?

É sobre isso que iremos falar nesse artigo. Boa leitura!

Como calcular o IMC e o que o resultado significa?

O cálculo do IMC em adultos é simples: basta dividir o seu peso (em kg) pela sua altura (em metros) multiplicada por ela mesma. Esse cálculo resultará em um número que, de acordo com o Ministério da Saúde, pode significar:

• Inferior a 18,5: abaixo do peso
• 18,5 a 24,9: peso normal
• 25,0 a 29,9: excesso de peso
• 30 ou mais: obesidade

A obesidade é classificada da seguinte forma:

• 30,0 a 34,9: obesidade grau I
• 35 a 39,9: obesidade grau II
• Maior que 40: obesidade grau III

Os resultados do IMC ajudam pesquisadores a classificar o risco de algumas doenças. Por exemplo, quanto maior o índice, maiores são as chances de desenvolver doenças cardíacas e diabetes tipo 2, ao mesmo tempo que pessoas com IMCs baixos estão associadas a um risco maior de mortalidade precoce.

De um modo geral, pensando no coletivo, o IMC pode ser realmente útil. Mas, individualmente, ele apresenta algumas falhas e várias limitações.

IMC em crianças

Em crianças, o cálculo do IMC é um pouco diferente e muda de acordo com a idade do pequeno.

Até os 2 anos, o peso é avaliado de acordo com o percentual de crescimento. Entre os 2 e os 18 anos, é utilizado o IMC infantil, que considera idade, altura e peso.

Para calcular o IMC corretamente, é recomendado consultar um pediatra, principalmente no caso de crianças menores, em que é importante analisar e acompanhar de perto possíveis perdas ou ganhos de peso que podem indicar problemas mais graves.

Um IMC muito baixo pode apontar desnutrição, enquanto um IMC muito elevado pode sugerir comportamentos alimentares ricos em gorduras. Para ter certeza, o pediatra irá consultar o responsável legal para entender melhor o dia a dia da criança e passar uma dieta adequada para a idade e para a realidade da família.

Por que o IMC não é exato?

Um cálculo geral feito exatamente do mesmo jeito para todas as pessoas do mundo não pode ser uma verdade absoluta. Isso porque cada pessoa tem um biotipo, estado de saúde e estilo de vida. Ou seja, somos diferentes um do outro.

E o IMC não considera pontos cruciais para a saúde humana, como:

• Quantidade de gordura, músculo e água no peso total da pessoa (músculos pesam mais que gordura e inchaço tende a aumentar o peso final na balança)
• Onde a gordura está localizada (a gordura abdominal é a mais grave e aumenta os riscos de várias doenças)
• Diferenças de sexo (homens têm mais massa magra e menor percentual de tecido adiposo)
• Doenças (algumas pessoas possuem retenção de líquido e outras doenças que aumentam o peso na balança)

Dessa forma, é crítico considerar o IMC como um dado concreto e que deve ser seguido à risca.

Então como devo calcular o meu peso ideal?

O seu peso ideal deve ser calculado e acompanhado de perto por um profissional no assunto. Nesse caso, os nutricionistas e nutrólogos são os especialistas mais recomendados.

Em uma consulta com um nutricionista, ele irá medir o percentual de gordura,  músculo e água do corpo, avaliar o comportamento alimentar, o nível de atividade física realizada, os antecedentes pessoais, o histórico familiar e a rotina da pessoa.

Tudo isso é fundamental para que se tenha noção do peso real, do peso que pode ser alcançado e dos melhores caminhos para chegar em um corpo saudável, sem fazer exageros e dietas loucas e perigosas.

O acompanhamento com um nutricionista também é interessante para que você veja de perto e entenda o que está acontecendo com o seu corpo ao entrar em uma dieta personalizada e em uma rotina de exercícios.

Isso porque, ao fazer musculação, por exemplo, você irá ganhar peso na balança, o que pode parecer desanimador. Mas, na verdade, é um ótimo sinal, porque representa a perda de massa gorda e o ganho de massa magra e músculos.

Consultas com nutrólogos também são importantes e proveitosas, em especial se houver alguma alteração metabólica e doenças relacionadas à falta ou excesso de nutrientes. Nesses casos, o médico irá solicitar exames e prescrever medicamentos de acordo com a necessidade do paciente.

Tenha um profissional de confiança quando o assunto é saúde

Embora o IMC seja um dado realmente importante para quantificar e classificar certas questões, você não deve basear reações em cálculos feitos em sua casa.

Afinal, como já falamos, muitos fatores podem influenciar no seu IMC e você deve ser aconselhado por um profissional que realmente tenha competência para diagnosticar desnutrição, sobrepeso, obesidade ou peso ideal.

Na Vale Saúde, você encontra nutricionistas e nutrólogos competentes, que estão preparados para te acompanhar e encontrar as melhores soluções para que você mantenha a sua saúde em dia.

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