Dicas e Curiosidades
Março Lilás: saiba como prevenir o câncer de colo de útero
29 de fevereiro de 2024
No mês da mulher, campanha conscientiza sobre a quarta maior causa de morte entre mulheres no Brasil.
O que significa o Março Lilás?
O mês de março é marcado pela luta das mulheres por direitos e mais espaço em diversos âmbitos sociais. E é claro que a saúde não fica de fora dessas pautas essenciais! Por isso, o mês conta com uma campanha importante: o Março Lilás.
O Março Lilás é composto por ações que têm como objetivo conscientizar a população sobre o câncer de colo de útero, responsável por ser a quarta causa de morte entre as mulheres brasileiras, além de também ser o terceiro tipo de câncer mais comum na população feminina.
Março foi escolhido como o mês de combate ao câncer de colo de útero por conta do Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8. E o lilás também está ligado a uma luta histórica das mulheres: o Movimento Sufragista, que buscava o direito ao voto feminino na Inglaterra, em 1908, utilizava as cores lilás, verde e branco.
O câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical, é causado por lesões provocadas pela infecção do papilomavírus humano (HPV), um tipo de infecção sexualmente transmissível (IST) bastante comum. Quando as feridas são diagnosticadas ainda em um estágio pré-canceroso, há 100% de chance de cura.
No entanto, esse câncer demora anos para se desenvolver e, no início, é silencioso, apresentando sintomas apenas quando o quadro já está avançado. Dessa forma, realizar o exame preventivo (popularmente chamado de papanicolau) é essencial, pois permite a detecção antecipada das lesões.
A seguir, vamos falar mais sobre outras maneiras de prevenir o câncer de colo de útero, os principais sintomas da doença, informações relevantes a respeito do HPV e outras campanhas celebradas no mês de março. Confira!
Sangramento vaginal e dor pélvica: quando é a hora de se preocupar?
Como comentamos acima, o câncer de colo de útero leva anos para se desenvolver e demonstrar sinais. Entretanto, mesmo quando os sintomas se tornam aparentes, eles podem ser confundidos com outras condições menos graves, como endometriose e candidíase.
Como muitas mulheres demoram para saber que estão com a doença, as taxas de morte se tornam elevadas. Segundo dados do Ministério da Saúde, todos os anos 6 mil pacientes morrem devido ao câncer de colo de útero. O diagnóstico tardio é a grande causa desses óbitos.
Além disso, 49 em 100 mil mulheres entre 25 e 64 anos têm a doença, de acordo também com o Ministério da Saúde. Desse modo, prestar atenção aos sintomas é muito importante para que a condição comece a ser tratada o mais breve possível.
Caso você perceba os seguintes sinais, é recomendado procurar um ginecologista o quanto antes para realizar os exames adequados:
- Sangramento vaginal anormal, que pode ocorrer entre os períodos menstruais, após a menopausa ou após relações sexuais
- Menstruação mais longa que o normal
- Dor após relações sexuais
- Dor pélvica
- Corrimento vaginal anormal, acompanhado ou não de sangue
- Dificuldade para urinar ou defecar
- Perda de peso sem motivo aparente (sem estar fazendo dieta, por exemplo)
- Fadiga
HPV: a IST mais comum do mundo muitas vezes é assintomática, mas pode gerar complicações graves
O HPV é considerado a IST mais comum do mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 54,6% dos jovens brasileiros entre 16 e 25 anos estão contaminados pelo vírus.
No entanto, nem sempre a infecção causa sintomas. Na verdade, na maioria das vezes, os portadores do vírus ficam completamente assintomáticos. Isso acontece porque existem mais de 150 tipos de HPV, e grande parte deles são considerados leves.
Entretanto, os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59 são chamados de agressivos e conseguem elevar as chances de câncer no futuro. Os tipos 16 e 18 são os mais preocupantes, pois causam cerca de 70% dos casos de cânceres de colo de útero.
O principal sintoma da contaminação são as verrugas, que costumam surgir na vulva, na vagina e no colo do útero em mulheres. Nos homens, elas aparecem especialmente no pênis e na bolsa escrotal.
Essas verrugas possuem alto índice de transmissão, que geralmente ocorre durante relações sexuais. O uso de preservativo é importante, porém, diferente de outras ISTs, a contaminação pode ocorrer pelo contato da pele com as regiões infectadas.
Quando a pessoa contrai um tipo grave, é possível que ela apresente lesões pré-cancerosas nos mesmos locais em que as verrugas surgem. Caso o diagnóstico precoce não aconteça, essas lesões conseguem evoluir para quadros de câncer.
Prevenção do colo de útero envolve educação sexual, cobertura vacinal e exames preventivos
Um dos grandes focos das campanhas de Março Lilás é ensinar maneiras de prevenir o câncer de colo de útero. A seguir, explicaremos as três principais formas de prevenção da doença:
Educação sexual e uso de preservativo
Nós já falamos acima, mas vale ressaltar que o HPV é uma infecção sexualmente transmissível. Dessa forma, a contaminação acontece por meio do contato sexual e é muito importante fazer o uso da camisinha para não contrair o vírus.
Porém, as verrugas são extremamente contagiosas e é possível ser infectado pelo contato da pele (das mãos, por exemplo) nas regiões que tenham lesões. Por isso, evitar ter relações sexuais com múltiplos parceiros, por exemplo, também é determinante para não contrair a infecção.
Vacinação
Como o preservativo não é suficiente para impedir a contaminação, a melhor maneira de prevenir o HPV é se vacinando. A vacina disponível no Brasil é quadrivalente, ou seja, imuniza contra quatro tipos do vírus, sendo dois de alto risco (tipos 16 e 18) e dois causadores de verrugas genitais benignas (tipos 6 e 11).
O principal público-alvo da vacinação pública são meninas de 9 a 14 anos e meninos de 9 a 13 anos. O objetivo é que a proteção contra o vírus aconteça antes do início da vida sexual dos jovens.
No entanto, meninas e mulheres de 9 a 45 anos, e meninos e homens de 9 a 26 anos conseguem se vacinar na rede particular. Com a Vale Saúde, você pode se vacinar por meio de uma rede ampla de clínicas disponíveis em todo o Brasil!
Exames preventivos
Manter os exames ginecológicos de rotina em dia é essencial para prevenir o câncer de colo de útero. O papanicolau, por exemplo, consegue detectar lesões percussoras da doença antes mesmo da paciente apresentar algum tipo de sintoma.
Também chamado de exame preventivo, o papanicolau é recomendado para mulheres que já tiveram relações sexuais, especialmente entre os 25 e os 59 anos, pois esse é o período em que há maior prevalência do câncer de colo de útero.
A indicação é que o teste seja coletado todos os anos, inicialmente. Se os resultados estiverem normais em dois exames seguidos (realizados em dois anos diferentes), a frequência pode diminuir para três anos, conforme orientação médica.
Outro exame muito importante é a colposcopia, que permite a visualização ampliada e completa do colo do útero, permitindo que o ginecologista identifique possíveis lesões na região.
Por que consultas com o ginecologista devem fazer parte da rotina anual das mulheres?
O câncer de colo de útero tem 100% de chance de cura se for diagnosticado de maneira precoce. E a única maneira de fazer isso é mantendo as consultas com o ginecologista em dia, de preferência pelo menos uma vez ao ano.
Dessa maneira, todos os testes preventivos, incluindo o papanicolau, serão coletados segundo a recomendação do especialista e a possibilidade de identificar lesões pré-cancerosas se torna maior.
Além disso, o médico também irá solicitar exames importantes para diagnosticar outras doenças que acometem mulheres, como o câncer de mama, que pode ser identificado previamente com a mamografia.
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Março Amarelo e Março Azul Marinho: conheça outras campanhas celebradas no mês
Ainda pensando no mês da mulher e na saúde feminina, o Março Amarelo é uma campanha que busca alertar sobre a endometriose, uma doença inflamatória que ocorre pelo crescimento do endométrio fora da parte interna do útero.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estima que cerca de 10% da população feminina brasileira possui endometriose. A condição causa, entre outros sintomas, cólica intensa, menstruação irregular e abundante, cansaço e inchaço na região abdominal.
A conscientização dos casos é fundamental, porque a enfermidade afeta profundamente a qualidade de vida das pacientes, diminuindo a produtividade em atividades cotidianas.
Outro movimento, dessa vez voltado para ambos os sexos, é o Março Azul-Marinho, que tem como objetivo chamar atenção para o câncer colorretal. Esse tipo de câncer afeta o intestino grosso (chamado de cólon), o reto (parte final do intestino grosso) e o ânus.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer colorretal é o terceiro mais comum entre os brasileiros. O instituto também indica que 41 mil novos casos surgem por ano no país. Se o quadro for diagnosticado precocemente, há grandes chances de cura.
Para isso, é necessário realizar uma colonoscopia, que permite a visualização total do intestino e possibilita a detecção de lesões na região. Outras maneiras de prevenir esse câncer é manter uma alimentação saudável, sem o consumo de comidas ultraprocessadas, não fumar e fazer exercícios físicos regulamente.
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Escrito por Vale Saúde
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