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O que é o Transtorno de Personalidade Narcisista?

07 de

março

de 2024

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Condição psiquiátrica provoca comportamentos de superioridade e falta de empatia.

Como é uma pessoa narcisista?

Nos últimos anos, quando personalidades tóxicas e relacionamentos abusivos tomaram mais espaço na pauta das discussões sobre saúde mental e qualidade de vida, a questão do narcisismo também começou a aparecer mais, com uma visão bastante negativa.

Porém, ao contrário do que é disseminado com generalizações e sem critérios, esse traço pessoal nem sempre é ruim e todos nós deveríamos ter um pouco dele, para alimentar o nosso ego e cuidar da autoestima. Na infância, essa etapa é fundamental e acontece de forma natural quando nos percebemos amados por quem somos cuidados. Nos sentimos importantes e começamos a amar a nós mesmos.

Durante o desenvolvimento da personalidade, o problema se instala no momento em que amar a si mesmo se torna uma característica excessiva, acima de todas as outras. Quando o narcisismo é patológico, o quadro é chamado de Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN), causando sofrimento em quem o manifesta e nas pessoas com quem o paciente se relaciona, podendo gerar situações de violência.

O diagnóstico deve ser feito por um médico psiquiatra a partir de parâmetros clínicos, e o tratamento é psicológico.

O Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN) é uma condição de saúde mental caracterizada pela sensação de superioridade (grandiosidade), necessidade de ser admirado e falta de empatia. Esse distúrbio compromete vários campos da vida do paciente (pessoal, profissional, acadêmico, familiar), principalmente nos relacionamentos. Frequentemente, ele só é percebido quando começa a trazer prejuízos significativos como depressão e ansiedade.

A ocorrência de TPN é maior nos homens (50 a 75% dos indivíduos com o diagnóstico). A pessoa afetada ainda tende a desenvolver anorexia nervosa, alcoolismo, dependência química e outros transtornos de personalidade. Siga lendo para conhecer mais sobre os tipos e categorias desses distúrbios e como identificar e lidar com o narcisismo.

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10 Tipos de transtorno de personalidade

A personalidade é a forma única como pensamos, compreendemos, reagimos a situações e nos relacionamos com os outros na vida familiar, afetiva, acadêmica ou profissional. Ter um transtorno de personalidade não é somente manifestar emoções incomuns, mas possuir traços e características que ocasionem problemas significativos na rotina ou impeçam relações necessárias ao cotidiano.

Os transtornos de personalidade são um grupo de doenças psiquiátricas que apresentam um padrão persistente de comportamentos, pensamentos e sentimentos que são diferentes daquilo que é esperado na sociedade. Geralmente, essas síndromes com modos de funcionamento problemáticos levam a uma dificuldade de percepção e interação com situações e pessoas, podendo causar desordens ou limitações nos relacionamentos.

De acordo com suas características, conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5) da Associação Americana de Psiquiatria (APA), eles são agrupados em 3 categorias:

  • Grupo A – Suspeita: transtornos Paranoide, Esquizoide e Esquizotípico
  • Grupo B – Emoções e impulsividade: transtornos Antissocial (Sociopatia), Borderline, Histriônico e Narcisista
  • Grupo B – Ansiedade e Medo: transtornos Evitativo (Esquivo), Dependente e Obsessivo-compulsivo (TOC)

Os principais transtornos de personalidade são:

  1. Personalidade Narcisista: supervalorização e sentimento grandioso acerca de si próprio, além de uma grande necessidade de reconhecimento e desvalorização de outras pessoas. Os narcisistas são egocêntricos e acreditam que são especiais, únicos e superiores, tiram vantagem dos outros para atingir os seus próprios objetivos, têm falta de empatia, são invejosos ou acreditam ser alvo da inveja alheia.
  2. Personalidade Borderline ou Limítrofe: síndrome caracterizada por uma instabilidade nos relacionamentos interpessoais e por sentimentos constantes de vazio e tédio, alterações repentinas de humor e acentuada impulsividade, irritabilidade e agressividade. A pessoa com esse tipo de transtorno faz um grande esforço no sentido de evitar o abandono e tem um padrão de relacionamentos intensos. Em alguns casos, provoca comportamentos de automutilação e pensamentos suicidas.
  3. Personalidade Antissocial (sociopatia): pode surgir cedo, ainda na infância, e caracteriza-se por atitudes impulsivas e agressivas, de desrespeito e violação dos direitos das outras pessoas, descaso e desconsideração pelo certo e errado, comportamentos perigosos ou criminosos e incapacidade de se adequar às normas sociais. Geralmente, a pessoa com o distúrbio apresenta grande aptidão para enganar, mentir ou iludir, para obter vantagens pessoais ou prazer, sem sentir remorso e mostrando-se indiferente por ter ferido ou maltratado alguém.
  4. Personalidade Histriônica: a pessoa que sofre deste transtorno busca sempre ser foco do interesse dos outros, muitas vezes utilizando a aparência física para se destacar, e sente desconforto quando não é o centro das atenções. A interação social é marcada pela teatralidade e exibicionismo, com um comportamento dramatizado, inadequado, sexualmente provocante e com mudanças rápidas na expressão das emoções. É mais comum entre as mulheres.
  5. Personalidade Paranoide: caracteriza-se por uma desconfiança excessiva em relação aos outros. Este transtorno geralmente surge no início da idade adulta, como consequência de fatores hereditários e vivências da infância. Com frequência, a pessoa suspeita de amigos e colegas, sentindo que está sendo enganado ou explorado, mesmo que não existam motivos. Esse ceticismo exagerado acarreta comportamentos de cautela extrema, sentimentos hostis e agressividade, além de isolamento social.
  6. Personalidade Esquizoide: é um tipo mais raro, ocorre com mais frequência em homens e é caracterizado por uma tendência de distanciamento dos outros, evitando relações sociais ou relacionamentos íntimos. É comum que pessoas com esse transtorno sejam descritas como solitárias, frias e indiferentes. Elas têm uma tendência a serem mais introspectivas e a fantasiar as coisas, porém sem a gravidade dos sintomas psicóticos como as alucinações e delírios da esquizofrenia.
  7. Personalidade Esquizotípica: o tipo esquizotípico tem um comportamento mais excêntrico, na fala, aparência e maneira de se vestir. São indivíduos supersticiosos, com um pé no misticismo e que fogem aos padrões e normas sociais. Os esquizotípicos isolam-se mais por falta de compreensão da sociedade do que por vontade própria, podendo ainda desenvolver ideias paranoides.
  8. Personalidade Obsessivo-compulsiva: popularmente conhecido como TOC e também chamado de “anancástica”, é caracterizado por obsessões (pensamentos impróprios ou desagradáveis, recorrentes e persistentes) e compulsões (comportamentos ou atos mentais repetitivos). A pessoa com TOC é perfeccionista, inflexível, controladora, teimosa e tem preocupação excessiva com horários, organização, finanças, limpeza e higiene.
  9. Personalidade Evitativa ou Esquiva: timidez excessiva e esquiva de situações e interações sociais, com sentimentos de inadequação e grande sensibilidade à avaliação negativa feita pelos outros. A pessoa com esse distúrbio geralmente evita realizar atividades interpessoais, devido ao medo da crítica e rejeição ou desaprovação, tem receio de se envolver em relacionamentos íntimos ou conhecer pessoas novas e sente-se inferior em relação ao outro.
  10. Personalidade Dependente: caracteriza-se por uma falta de autoconfiança, visão limitada de si e pela necessidade excessiva de ser cuidado, levando a um comportamento submisso e ao medo da separação e do abandono. Geralmente, a pessoa com esse transtorno tem uma maior dificuldade em tomar decisões sozinha, necessidade de que outros assumam responsabilidade pelas principais áreas da sua vida e dificuldade para discordar das pessoas, com medo de perder apoio ou aprovação, o que a torna mais vulnerável à exploração e a relacionamentos afetivos tóxicos ou abusivos.

O psiquiatra deve consultado quando for constatada a presença de sinais de transtorno de personalidade, para que seja realizada uma investigação detalhada e a categoria e tipo possam ser diagnosticados corretamente.

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Quais são os 9 sintomas de Transtorno de Personalidade Narcisista?

A origem da expressão que designa a característica e o transtorno é o mito de Narciso, personagem grego de rara beleza que representa a vaidade e a insensibilidade, pois acabou se apaixonando pelo próprio reflexo. O termo foi utilizado pela primeira vez na Psiquiatria no final do século XIX, por Havelock Ellis. Atualmente, o narcisismo é um conceito da Psicologia Analítica, abordado por Sigmund Freud na obra “Sobre o narcisismo: uma introdução” (1914).

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5) da Associação Americana de Psiquiatria (APA), os 9 sintomas do Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN) são:

  1. Falta de empatia: não conseguem entender os sentimentos alheios e não tentam reconhecer as necessidades dos outros
  2. Grandiosidade: exageram realizações e talentos, buscam reconhecimentos mesmo sem merecerem e diminuem o outro constantemente
  3. Superioridade: se acham especiais e acreditam que só devem se relacionar com pessoas iguais a si
  4. Necessidade de admiração, adulação e 100% da atenção: buscam reconhecimento constante e excessivamente, querem sempre aplausos e elogios e não sabem lidar com críticas, ficando depressivos ou com raiva
  5. Arrogância: monopolizam as conversas, ignoram e menosprezam quem consideram “inferiores”, são vaidosos e pretensiosos, não admitem culpa ou assumem a responsabilidade, sem se desculpar por falhas
  6. Exigência de privilégios: como têm uma imagem de auto importância exagerada, querem tratamento VIP em todos os lugares que frequentam
  7. Inveja: são invejosos e acreditam que todos sentem o mesmo das conquistas deles
  8. Falta de limite: sonham com possibilidades ilimitadas e irreais de poder, sucesso, beleza e conquistas (bens, títulos e companhias perfeitas)
  9. Manipulação e exploração: exploram os outros e manipulam para ter dedicação sem reciprocidade e relacionamentos que aumentam a sua autoestima

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Quais são as causas do TPN?

O Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN) não tem uma única causa estabelecida na Medicina. Ele é, provavelmente, provocado por uma combinação de fatores que moldam as características do indivíduo até a idade adulta:

  • Genética: predisposição para o problema herdada dos pais
  • Ambiental: pesquisas mostram que o ambiente (família, escola, trabalho, mídia, cotidiano) onde a pessoa vive contribui para que se formem os desvios narcisistas
  • Experiencial: acarretado por vivências (traumas) do indivíduo

A combinação de fatores é a hipótese mais assertiva sobre as causas do distúrbio. Os cientistas explicam que uma pessoa geneticamente propensa a apresentar esse desvio tem risco reduzido quando cresce em um ambiente saudável. A mesma lógica vale para os outros fatores.

Sabe-se que é mais frequente em homens e em pessoas que sofreram abusos na infância ou tiveram relacionamentos problemáticos com pais e familiares.

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Transtorno de Personalidade Narcisista tem cura?

Quando a condição em foco é um transtorno de personalidade, não se fala em cura, mas em controle, em formas de lidar e como melhorar a qualidade de vida e o bem-estar nas situações cotidianas. A principal abordagem para o tratamento do distúrbio de personalidade narcisista é a psicoterapia (psicodinâmica, com foco na transferência ou terapia cognitivo-comportamental).

A prática conduzida por psicólogos ajuda a estimular o desenvolvimento de funções interpessoais, a assimilar as emoções e compreender melhor a si mesmo. O objetivo é fazer o paciente entender as responsabilidades de suas ações, aprender a interagir socialmente de forma saudável e provocar mudanças de comportamento.

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Possíveis complicações do TPN

Pacientes com Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN) tendem a apresentar outras condições:

  • Dificuldades nos relacionamentos
  • Problemas no trabalho ou escola
  • Depressão maior ou transtorno depressivo persistente
  • Ansiedade
  • Presença de outro transtorno de personalidade
  • Problemas de saúde física
  • Anorexia nervosa
  • Uso abusivo de álcool e outras drogas
  • Isolamento social
  • Comportamento de automutilação
  • Pensamentos sobre suicídio

Embora não existam remédios específicos para o tratamento exclusivo do TPN, na ocorrência de outros problemas associados ao distúrbio, pode ser envolvida a intervenção medicamentosa, exigindo o acompanhamento de psiquiatra, neste caso. Esse trabalho deve ser feito em conjunto com a psicoterapia.

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Escrito por Vale Saúde

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