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Saúde e Bem-estar

O que é o útero? Saiba a função do órgão reprodutor feminino

06 de agosto de 2024

Órgão é responsável pela menstruação, gravidez e parto.

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O que é o útero e qual é a sua função?

O útero é um dos principais órgãos do sistema reprodutor feminino. Possui um formato de pera invertido e uma extensa musculatura lisa, além de ser oco. O seu principal objetivo é abrigar e nutrir o embrião após a fecundação e, posteriormente, nutrir o feto até o nascimento.

Além de ser essencial para a gravidez e a reprodução humana no geral, o útero também tem como função a menstruação. Nesse caso, o endométrio (uma das camadas do órgão) se torna mais espessa com intuito de preparar o útero para uma possível gestação. Se a fecundação não ocorre, o organismo dispensa essa camada por meio do fluxo menstrual.

Outro fator importante que envolve o útero acontece durante o parto. Por ser um órgão musculoso, ele é capaz de fornecer contrações que ajudam a empurrar o bebê pelo canal vaginal na hora do nascimento, facilitando o parto natural.

Onde fica o útero?

O útero está localizado na cavidade pélvica da mulher, atrás da bexiga. Trata-se da região baixa do abdômen, na parte inferior do tronco. Conectados a ele, estão o restante dos órgãos que integram o sistema reprodutor feminino, como tubas uterinas, ovários, vagina e vulva.

Quais são as partes e camadas do útero?

De maneira anatômica, o útero é dividido em três partes: corpo, istmo e colo. Entenda mais sobre a função de cada uma delas:

  • Corpo do útero: é a porção principal e mais larga do órgão, onde ocorre a maior parte das movimentações durante a gravidez e o parto. A região superior, caracterizada por uma parte mais arredondada e localizada acima das Trompas de Falópio, é chamada de fundo do útero.
  • Istmo: é uma área estreita que se situa entre o colo e o corpo do útero, conectando as duas partes.
  • Colo do útero (ou cérvix): é a porção inferior do órgão, uma estrutura estreita que se estende para a vagina. O colo do útero possui um canal que permite a passagem de esperma para o interior do órgão e a saída do sangue menstrual quando não há fecundação.

Além disso, também podemos citar a cavidade uterina, que é um espaço na parte interna do colo do útero, responsável por abrigar o embrião e possibilitar o desenvolvimento do feto ao longo da gestação.

Existem, ainda, três camadas uterinas, definidas da seguinte forma:

  • Endométrio: é a camada interna que cobre toda a cavidade uterina. Durante o ciclo menstrual, ela se torna mais espessa, com objetivo de preparar o útero para a implantação do embrião. Se a fecundação não ocorre, as camadas do endométrio são dispensadas no sangue menstrual.
  • Miométrio: é a camada média e muscular, responsável pelas contrações do útero durante o parto e pelas dores (cólicas) menstruais.
  • Perimétrio: é camada externa, constituída por tecido conjuntivo que cobre e protege o útero.

Qual o tamanho do útero normal?

O tamanho do útero depende de uma série de fatores, como idade, histórico reprodutivo e estado hormonal da mulher. No entanto, em uma mulher adulta que não está grávida, o órgão costuma seguir essas especificações:

  • Comprimento: aproximadamente 7 a 8 centímetros
  • Largura: cerca de 4 a 5 centímetros na parte mais larga
  • Espessura: aproximadamente 2 a 3 centímetros

O volume uterino total tende a se manter em 50 e 90 cm³. Para ter ideia do tamanho do útero, é necessário realizar exames ginecológicos de imagem, como o ultrassom transvaginal ou abdominal.

A densidade do órgão pode ser alterada conforme algumas situações, que incluem gravidez, idade da mulher (o útero aumenta de acordo com o crescimento físico da paciente) e estimulação hormonal (que ocorre, principalmente, em mulheres com dificuldade para engravidar).

Ao mesmo tempo, o volume do útero é capaz de diminuir em alguns casos. Um exemplo é a menopausa, um processo natural do corpo feminino que implica na diminuição do órgão. Há ainda outras alterações, como miomas, endometriose e fibromas, que conseguem impactar o tamanho uterino.

Como o útero fica durante a menstruação?

Durante o ciclo menstrual, o útero passa por algumas fases, sendo que a menstruação, por si só, é apenas uma delas. Entenda melhor o funcionamento uterino durante esses períodos:

  • Desprendimento do endométrio: como já falamos acima, o endométrio se torna mais espesso ao se preparar para receber um embrião. Quando isso não ocorre, a camada se desprende e é dispensada juntamente com sangue e muco por meio da vagina, em um processo que dura, em média, de 3 a 7 dias.
  • Fluxo sanguíneo: o fluxo de sangue em direção ao útero aumenta quando não há fecundação do óvulo, com intuito de auxiliar na eliminação das camadas de endométrio. O aumento de sangue na região colabora, também, com desconfortos abdominais e com as cólicas menstruais.
  • Contrações uterinas (cólica menstrual): durante a menstruação, o útero se contrai para expulsar as camadas de endométrio dispensadas. Essas contrações causam incômodos, conhecidos como cólicas menstruais.
  • Redução da espessura do endométrio: conforme o endométrio é eliminado, sua espessura diminui significativamente. Após a menstruação, a camada volta à sua espessura natural, mas apenas por um período, pois na fase proliferativa do ciclo menstrual, ele volta a “crescer”, preparando o corpo para uma gestação.

Doenças uterinas: saiba o que pode machucar o útero

Algumas condições são capazes de afetar o útero e causar prejuízos tanto na saúde geral da mulher, quanto em questões reprodutivas. Alguns exemplos são:

  • Miomas uterinos
  • Endometriose
  • Adenomiose (quando o tecido do endométrio cresce dentro da parede uterina)
  • Câncer no endométrio
  • Câncer de colo de útero
  • Prolapso uterino (quando o útero desce em direção à vagina devido ao enfraquecimento dos músculos pélvicos)
  • Pólipos uterinos
  • Síndrome de Asherman (formação de aderências ou cicatrizes dentro do útero, geralmente após cirurgias no órgão)
  • Infecções uterinas (também chamadas de endometrite, são infecções bacterianas que atingem o revestimento interno do útero)

Além de doenças, outras questões podem machucar o útero:

  • Traumas físicos, como acidentes, quedas, ou golpes na região pélvica
  • Procedimentos médicos, como curetagem, inserção de dispositivo intrauterino (DIU) e cirurgias pélvicas
  • Partos complicados
  • Exposição a substâncias tóxicas, como medicamentos e substâncias químicas
  • Relações sexuais violentas
  • Abortos espontâneos ou induzidos
  • Condições congênitas, como anomalias uterinas

Ao sentir sintomas como dores abdominais fortes, corrimentos diferentes do habitual, odores fortes e sangramento anormal, é recomendado buscar o atendimento médico com um ginecologista para obter o diagnóstico certo.

Sabia dessas? Confira algumas curiosidades sobre o útero

Você sabia que o útero possui várias curiosidades e peculiaridades? Separamos 8 delas para te manter informada:

  1. Ao fim da gestação, algumas células musculares uterinas morrem e outras diminuem de tamanho, o que assegura o retorno do órgão ao seu tamanho normal
  2. Quando há fecundação do óvulo, o ciclo menstrual é interrompido
  3. Durante a gravidez, o útero consegue expandir seu tamanho original (aproximadamente do tamanho de uma pera), chegando a ocupar a maior parte da cavidade abdominal
  4. As contrações uterinas não são particulares ao parto. Elas também acontecem durante a menstruação para ajudar a expulsar o endométrio
  5. Estima-se que o útero é sensível ao estresse e às mudanças emocionais, o que pode influenciar o ciclo menstrual, causando irregularidades e até mesmo ausência de fluxo menstrual
  6. O câncer do colo do útero possui ligação direta com a infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano) e é o terceiro tipo de tumor maligno mais frequente nas mulheres
  7. O útero é o único órgão no corpo humano projetado para sustentar, nutrir e gerar uma nova vida desde a concepção até o nascimento
  8. Embora seja raro, existem transplantes de útero que permitem que mulheres sem o órgão (por condição congênita ou retirada cirúrgica) tenham a chance de engravidar

Cuide do seu útero com a Vale Saúde!

Manter a saúde uterina é importante para todas as mulheres, inclusive as que não desejam engravidar. Isso acontece porque doenças e infecções que afetam o útero são capazes de colocar a vida em risco, especialmente em quadros mais graves, como o de câncer.

Por isso, a assinatura da Vale Saúde pode te ajudar! Ao tornar-se assinante, você tem acesso a consultas online e presenciais com mais de 60 especialidades médicas, incluindo ginecologistas e obstetras.

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Escrito por Vale Saúde

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