Alimentação
Para que serve a vitamina K: conheça os benefícios para sua saúde
29 de outubro de 2024
Descubra a importância do nutriente e seus papéis no funcionamento do organismo
Qual a função da vitamina K?
Quando começamos a conhecer melhor os diferentes tipos de vitaminas, é fácil perceber a importância desses nutrientes para o pleno funcionamento do nosso organismo.
Uma das mais essenciais para a saúde do corpo, a vitamina K tem o papel fundamental de ajudar na coagulação do sangue, nos processos de cicatrização e no fortalecimento dos ossos, pois estimula a fixação de cálcio. O seu nome deriva da palavra alemã “koagulation”.
Hidrossolúvel (dissolve na água), ela é absorvida no intestino delgado e transportada através das vias linfáticas. A vitamina é metabolizada rapidamente e excretada principalmente pela bile, produzida e armazenada na vesícula biliar.
Continue lendo este artigo para saber mais sobre as propriedades do nutriente encontrado em folhas verdes e alimentos de origem animal, seus tipos, propriedades, perigos da carência da vitamina e quando é necessário tomar suplementos.
Quais são os tipos de vitamina K?
Há diversos alimentos ricos em vitamina K, e a fonte do nutriente é determinante para a sua classificação em 4 tipos:
- K1: encontrada nos alimentos (hortaliças e óleos vegetais) e responsável por ativar a coagulação
- K2 (menaquinona): sintetizada por bactérias gram-positivas presentes na flora intestinal e presente em alimentos fermentados e produtos animais, auxilia na formação dos ossos e na saúde dos vasos sanguíneos
- K3 (menadiona): composto sintético produzido em laboratório e utilizado para fazer suplementos
- dk (dihidrofiloquinona): formada durante a hidrogenação comercial de óleos vegetais
As vitaminas K1 e K2 têm suas absorções dependentes de sais biliares e suco pancreático, diferentemente da K3.
Quais são as fontes desta vitamina?
A vitamina K é encontrada em alimentos de origem vegetal e animal. São considerados alimentos ricos em vitamina K as hortaliças folhosas, especialmente as de cor verde escuro, como:
- Espinafre
- Rúcula
- Couve
- Acelga
- Brócolis
- Agrião
- Mostarda
- Repolho verde
- Pepino
- Alface americana
- Nabo
- Temperos como salsa, coentro e manjericão
Além disso, outra fonte importante de vitamina K são óleos, estando presente, por exemplo, no óleo de soja, oliva e canola. Frutas como abacate, uva, ameixa, figo e kiwi também apresentam quantidades consideráveis do nutriente.
De maneira geral, as carnes apresentam pouca vitamina K, sendo que o fígado de boi traz concentrações maiores. Outras fontes animais ricas são queijos duros e gema de ovo.
Os alimentos mencionados acima devem integrar qualquer dieta balanceada. Para ter amparo profissional ao montar um plano alimentar personalizado, é interessante procurar a ajuda de um nutricionista e/ou médico nutrólogo.
Benefícios da vitamina K
A vitamina K entra em ação em uma série de processos do nosso corpo. Entre os benefícios atribuídos a ela, estão:
- Saúde óssea
- Agente anti-inflamatório
- Alívio das dores menstruais
- Controle do açúcar no sangue
- Ajuda a aumentar o fluxo de urina
- Auxílio no funcionamento do fígado
- Inibição da calcificação arterial
Quais doenças a vitamina K previne?
Por representar as propriedades enumeradas acima, a substância é relevante para a Medicina Preventiva, a fim de evitar o desenvolvimento de enfermidades. Por exemplo, grávidas que sofrem de náuseas e vômitos são muitas vezes diagnosticadas com deficiência de vitamina K. Além disso, uma ingestão adequada do nutriente ajuda a controlar os desconfortos citados anteriormente e ainda futuros sintomas.
Atuando na manutenção da integridade dos vasos sanguíneos e combatendo a calcificação das artérias, ela protege o coração. A saúde cardiovascular ainda ganha na prevenção de aterosclerose, infartos, AVCs e na regulação da pressão arterial, evitando a hipertensão ou hipotensão.
Por controlar os níveis de açúcar no sangue, afasta o risco de diabetes. Ainda atua no bom funcionamento das funções hepáticas e renais, diminuindo as chances de doenças nesses órgãos.
Logicamente, ao facilitar o processo de cicatrização de feridas, a vitamina K atua na defesa do organismo contra infecções.
E, sendo determinante para a saúde e fortalecimento dos ossos, previne condições que afetam o esqueleto, como osteoporose, osteopenia e ocorrência de fraturas.
O que a falta de vitamina K pode causar? O excesso também é perigoso?
É difícil ocorrer a deficiência de qualquer vitamina do completo K em adultos saudáveis, porque ela está presente em diversas fontes vegetais e ainda é produzida no próprio organismo. A condição será identificada por meio de um exame laboratorial de sangue (análises clínicas).
As principais complicações são problemas de coagulação sanguínea (que dificulta a cicatrização e a contenção de hemorragias) e a perda da qualidade óssea. O sintoma geral da falta da substância é o sangramento sem motivo aparente, como melena (sangue nas fezes em decorrência de sangramento no estômago), hematúria (sangue na urina), sangramento nasal, fluxo menstrual intenso
Além disso, a deficiência de vitamina K2 é relacionada ao surgimento de anemias, enfraquecimento dos ossos e aumento da incidência de fraturas e calcificação vascular.
O médico mais indicado para procurar nesses casos, para a avaliação correta, é o hematologista.
Pacientes que mais correm riscos de desenvolver carência de vitamina K são aquelas que passaram por uma cirurgia bariátrica e que tomam medicamentos que dificultam a absorção de gordura.
A vitamina K via alimentação não apresenta efeitos tóxicos. No entanto, o seu excesso na forma de suplementos é capaz de causar icterícia (pele e olhos amarelados), anemia hemolítica, aumento da bilirrubina no sangue e kernicterus (um tipo de dano cerebral que gera paralisia cerebral e/ou perda da audição) em bebês.
A ingestão superior ao necessário, sem orientação profissional, pode aumentar o risco de coágulos e trombose, além da perda de função hepática.
Quando tomar vitamina K?
Além do período pós-bariátrica, a suplementação poderá ser necessária ainda nos seguintes casos:
- Bebês em geral
- Recém-nascidos, em especial aqueles que não receberam leite materno
- Dietas restritas e pobres em gorduras já que a vitamina K necessita de gordura para ser absorvida
- Alimentação pobre em vitamina K
- Pacientes com dificuldade de absorção de nutrientes
- Distúrbios de coagulação
- Medicamentos que interferem na absorção da substância
Como a via prioritária para a obtenção de vitamina K é a partir da alimentação, é recomendado fazer suplementação via comprimidos ou cápsulas somente a partir da recomendação e sob a orientação de um médico ou nutricionista.
A quantidade ideal de vitamina K varia de acordo com a condição específica do paciente, porém existem alguns parâmetros básicos:
- Homens adultos (acima de 19 anos): cerca de 120 microgramas (mcp) por dia
- Mulheres adultas: cerca de 90 microgramas (mcp) por dia
- Crianças: necessidades variam com a idade
Além disso, mulheres grávidas ou que amamentam com até 18 anos, precisam consumir 75 microgramas (mcp) de vitamina K por dia. Já as gestantes ou lactantes entre 19 e 50 anos precisam ingerir 90 mcg diariamente.
O Ministério da Saúde recomenda a aplicação de uma injeção de vitamina K nos recém-nascidos para evitar possíveis sangramentos e até mesmo o desenvolvimento da chamada doença hemorrágica do recém-nascido, capaz de provocar sangramentos na pele, na região gastrointestinal e dentro do crânio do bebê.
Geralmente, os bebês apresentam deficiência por conta da função hepática ainda imatura e da baixa quantidade da vitamina que é passada para a criança através da placenta ou do leite materno.
Escrito por Vale Saúde
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