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Para que serve corticoide? Entenda a função do medicamento

22 de outubro de 2024

para que serve corticoide

Remédio é utilizado para controlar a ação inflamatória e respostas agressivas do sistema imune no organismo

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Da alergia a doenças autoimunes: entenda para que serve corticoide

Você já parou para pensar para que serve corticoide? Também conhecido como corticosteroide, é um tipo de medicamento que imita os efeitos de hormônios naturalmente produzidos pelas glândulas suprarrenais, como o cortisol. Trata-se da classe de medicamentos mais fortes no controle de ações inflamatórias e de atividades problemáticas do sistema imunológico  (no caso de doenças autoimunes).

Dessa forma, eles têm propriedades anti-inflamatórias e imunossupressoras potentes, o que influencia no funcionamento das células da pele, do tecido gorduroso e dos ossos.

Desde que começaram a ser adotados em uso terapêutico (na década de 1950), os corticoides passaram a ser prescritos em quadros que variam de gravidade e incluem asma, rinite alérgica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), síndrome do intestino irritável, artrite reumatoide, lúpus, esclerose múltipla e reações alérgicas graves , sendo utilizados em praticamente todas as áreas da Medicina.

Neste conteúdo, você vai descobrir mais sobre esses remédios, quando eles são recomendados, quem pode prescrevê-los, quais são os tipos disponíveis e se existem efeitos colaterais em sua utilização. Confira!

Conheça as condições que podem ser tratadas com esse medicamento

Os corticoides podem ser prescritos por uma série de especialistas médicos, com base no tipo de doença apresentada pelo paciente. No geral, para que esses medicamentos sejam receitados, é necessário consultar os profissionais listados abaixo, conforme as seguintes necessidades:

  • Clínico geral: trata condições inflamatórias e alérgicas leves ou agudas, como rinite alérgica ou bronquite
  • Pneumologista: prescreve corticoides em quadros de doenças respiratórias inflamatórias, como asma, bronquite crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
  • Dermatologista: opta por esses medicamentos para cuidar de inflamações da pele, como dermatite, psoríase, eczema e reações alérgicas cutâneas
  • Reumatologista: prescreve para doenças autoimunes e inflamatórias, como artrite reumatoide e lúpus
  • : recomenda o uso de corticoide em quadro como anafilaxia e condições inflamatórias crônicas, tal qual rinite alérgica e dermatite atópica
  • Endocrinologista: em casos de insuficiência adrenal (doença de Addison), em que o corpo não produz cortisol suficiente, corticoides são administrados como reposição
  • Otorrinolaringologista: utiliza corticoides no tratamento de inflamações do ouvido, nariz e garganta, como sinusite crônica e alergias
  • Oftalmologista: trata inflamações oculares, como uveíte e conjuntivite alérgica grave
  • Neurologista: prescreve em doenças neurológicas autoimunes e inflamatórias, como esclerose múltipla
  • Gastroenterologista: utiliza corticoides para tratar doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa
  • Imunologista: trata condições relacionadas ao sistema imunológico, incluindo doenças autoimunes e reações alérgicas graves
  • Nefrologista: prescreve corticoides para doenças renais autoimunes e inflamatórias, como nefrite lúpica ou síndrome nefrótica

Quais são os tipos de corticoide?

Os corticoides são classificados em diferentes tipos, dependendo de sua forma de administração e do tempo de ação no organismo. Conheça os principais:

Corticoides sistêmicos

  • Uso oral (comprimidos, cápsulas): como Prednisona, Prednisolona, Dexametasona, Betametasona, Hidrocortisona. É indicado para tratar condições inflamatórias e autoimunes em todo o corpo, como artrite reumatoide e asma severa.
  • Injetável (intravenosa, intramuscular): como Metilprednisolona, Dexametasona, Hidrocortisona. Costuma ser utilizado em emergências, como crises asmáticas, choque anafilático ou em doenças graves que exigem controle rápido da inflamação.

Corticoides tópicos

Cremes, pomadas, géis e loções: como Hidrocortisona, Betametasona, Clobetasol, Mometasona. Devem ser aplicados diretamente na pele para tratar inflamações localizadas, como dermatite, psoríase e eczema.

Corticoides inalatórios

Inaladores e nebulizadores: como Budesonida, Fluticasona, Beclometasona. São recomendados para controle de doenças respiratórias crônicas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), reduzindo a inflamação das vias aéreas.

Corticoides nasais

Sprays nasais: como Budesonida, Fluticasona, Mometasona. Devem ser prescritos para tratar rinite alérgica e inflamações nasais, ajudando a reduzir o inchaço e o congestionamento no nariz.

Corticoides oftálmicos

Colírios: como Prednisolona e Dexametasona. São recomendados para o tratamento de inflamações oculares, como uveítes, conjuntivites alérgicas e pós-operatório de cirurgias oculares.

Corticoides de uso intra-articular

Injeções nas articulações: como Triancinolona, Metilprednisolona. Indicados para tratar inflamações localizadas nas articulações, como osteoartrite ou artrite reumatoide, proporcionando alívio rápido da dor e inchaço.

Corticoide causa efeito colateral?

Os efeitos colaterais no uso de corticoides costumam surgir quando o paciente utiliza a medicação por um tempo mais prolongado. Nessas situações, alguns sintomas podem surgir:

  • Cansaço e insônia
  • Aumento dos níveis de açúcar no sangue
  • Aumento do apetite
  • Inchaço devido à retenção de líquido
  • Alterações no sistema imunológico, diminuindo a capacidade do organismo de combater microrganismos invasores
  • Agitação e nervosismo
  • Úlcera no estômago ou má digestão
  • Inflamação do pâncreas e esôfago
  • Reações alérgicas
  • Catarata
  • Aumento da pressão intraocular e olhos salientes
  • Fragilidade nos ossos
  • Fraqueza muscular
  • Acne
  • Estrias
  • Pressão alta

Quem não deve fazer uso de corticoides?

Embora os corticoides sejam medicamentos importantes, capazes de salvar vidas, nem todas as pessoas podem utilizá-los. Por isso, a indicação médica é obrigatória e ninguém deve fazer o uso desses remédios por conta própria.

A utilização deve ser evitada nas seguintes situações:

  • Quando há infecções ativas (bacterianas, virais ou fúngicas)
  • Diabéticos descompensados
  • Pessoas com hipertensão arterial não controlada
  • Pacientes com osteoporose
  • Pacientes com glaucoma ou risco elevado de desenvolver a doença
  • Indivíduos com úlceras gástricas ou duodenais
  • Quem tem insuficiência cardíaca descompensada
  • Pessoas com histórico de psicose ou transtornos psiquiátricos graves
  • Quando há alergia conhecida a corticoides
  • Pessoas com insuficiência renal severa (em alguns casos)

Qual a diferença entre corticoide e anti-inflamatório?

Os dois tipos de medicamentos têm propriedades anti-inflamatórias. No entanto, os corticoides são mais potentes e abrangentes, pois também podem ser utilizados em casos de alergia, por exemplo. O problema é que eles possuem maior risco de efeitos colaterais, sendo indicados para condições mais graves, sempre com acompanhamento médico.

Já os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno, cetoprofeno,   e diclofenaco, são uma opção mais comum para o alívio de inflamações e dores de menor intensidade.

Consequências do uso abusivo de corticoides

No geral, para pessoas alérgicas, o uso de corticoide simboliza um alívio. O mesmo ocorre com pacientes que têm condições graves e precisam de um tratamento assertivo. E não há problemas em utilizar esses medicamentos, desde que eles sejam prescritos por um médico e o indivíduo obedeça a data limite de tratamento.

Entretanto, nem todos os corticoides são vendidos com receita e as pessoas conseguem comprá-los livremente, fazendo uso indiscriminado do medicamento. O uso prolongado e abusivo dessas medicações está ligado a diversos efeitos colaterais sérios, que incluem:

  • Supressão do eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal): o uso crônico pode inibir a produção natural de cortisol pelas glândulas suprarrenais, levando a insuficiência adrenal quando a medicação é descontinuada abruptamente.
  • Osteoporose: a longo prazo, os corticoides reduzem a absorção de e aumentam a perda óssea, elevando o risco de fraturas, especialmente em idosos.
  • Síndrome de Cushing: caracterizada por ganho de peso, face arredondada (face em lua cheia), giba dorsal (acúmulo de gordura no dorso), pele fina e frágil e estrias, essa síndrome surge devido ao uso abusivo de corticoides e, em casos extremos, é capaz de levar à morte.
  • Diabetes: pode ocorrer devido ao aumento da resistência à insulina, resultando em hiperglicemia e, em alguns casos, no desenvolvimento de diabetes tipo 2.
  • Hipertensão arterial: essa classe de medicamentos causa retenção de sódio e água, o que muitas vezes eleva a pressão arterial a longo prazo.
  • Imunossupressão: o uso prolongado aumenta as chances de contrair infecções, incluindo infecções oportunistas, devido à supressão da resposta imunológica.
  • Miopatia corticoide: causa fraqueza muscular, principalmente em grandes grupos musculares, como coxas e ombros, levando a dificuldades de mobilidade.
  • Alterações psiquiátricas: ansiedade, insônia, euforia, depressão e, em casos mais graves, psicose.
  • Alterações dermatológicas: pele mais fina, tendência a hematomas e dificuldade na cicatrização de feridas.
  • Alterações no perfil lipídico: elevação de triglicerídeos e colesterol, o que aumenta o risco cardiovascular a longo prazo.

Por isso, antes de tomar corticoides ou qualquer outro tipo de remédio, é essencial passar por avaliação com um médico. Uma assinatura da Vale Saúde fornece consultas online ou presenciais com mais de 60 especialidades médicas, incluindo clínicos gerais de plantão 24 horas para teleconsultas. Saiba mais!

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Escrito por Vale Saúde

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