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Saúde e Bem-estar

Plaquetas baixas: o que pode ser?

13 de março de 2025

plaquetas baixas

Trombocitopenia muitas vezes é sinal de infecções, como a dengue.

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As plaquetas, também chamadas de trombócitos, são fragmentos de células presentes no sangue. Elas possuem papel fundamental na coagulação, ou seja, em parar sangramentos.

Produzidas na medula óssea a partir de células chamadas megacariócitos, as plaquetas são ativadas quando há o rompimento de um vaso sanguíneo. Elas se agrupam no local com objetivo de estancar o sangramento e prevenir hemorragias mais graves.

As plaquetas frequentemente são checadas em exames de sangue. Ao notar um número mais baixo que o normal, é comum se questionar “o que pode ser?”. Pensando nisso, hoje iremos te explicar as causas desse problema, os sintomas, suas consequências e formas de tratamento. Confira!

O que significa quando as plaquetas estão baixas?

Plaquetas baixas, conhecida pelos termos médicos “trombocitopenia” e “plaquetopenia”, são definidas quando a contagem no sangue é inferior a 150.000 células/mm³. Em condições normais, os valores de plaquetas variam entre 150.000 e 450.000/ mm³.

Quando há diminuição de plaquetas, o corpo apresenta dificuldade em coagular o sangue adequadamente. Isso pode levar a sangramentos fáceis, prolongados e de difícil controle, mesmo em situações de pequenos cortes ou pancadas leves.

Números abaixo de 150.000 células/mm³ requerem muita atenção e são considerados níveis preocupantes. Se estiver em 50.000 células/mm³, há um risco elevado para hemorragias e requer atendimento médico urgente.

Um quadro gravíssimo é caracterizado por plaquetas a partir de 10.000 células/mm³ no sangue. Nessas situações, o paciente precisa ser internado e é necessário o tratamento imediato.

Plaquetas baixas: o que pode ser?

A trombocitopenia costuma estar relacionada a outros problemas de saúde, como infecções, doenças autoimunes e deficiências nutricionais. Veja as principais causas:

Doenças e distúrbios do sangue

  • Leucemia e linfomas: são cânceres capazes de afetar a produção de plaquetas na medula óssea
  • Anemia aplástica: doença rara, que reduz a produção de todas as células do sangue, incluindo as plaquetas
  • Síndromes mielodisplásicas: doenças hematológicas que afetam a formação de células sanguíneas

Doenças autoimunes

  • Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI): ocorre quando o sistema imunológico ataca as próprias plaquetas
  • Lúpus e artrite reumatoide: podem levar à destruição das plaquetas

Infecções virais

  • Dengue, chikungunya e Zika: são responsáveis por causar uma destruição temporária das plaquetas
  • Hepatites virais: comprometem a função do fígado, podendo interferir na produção de plaquetas
  • HIV e mononucleose: conseguem diminuir os níveis de plaquetas

Deficiência de nutrientes

Uso de medicamentos

  • Anticoagulantes e quimioterápicos muitas vezes interferem na contagem de plaquetas
  • Alguns antibióticos e anti-inflamatórios podem levar à trombocitopenia

Problemas no baço

  • O baço aumentado (esplenomegalia) tem capacidade de reter e destruir mais plaquetas do que o normal

Doenças hepáticas e renais

Muitas mulheres grávidas também apresentam plaquetas baixas ao longo da gestação (chamada de trombocitopenia gestacional). Na maioria dos casos, os valores são comuns e não apresentam risco à saúde.

No entanto, é importante monitorar os níveis durante o pré-natal, pois pode ser sinal de pré-eclâmpsia.

Saiba como identificar os sinais de plaquetas baixas

Pacientes com valores anormais de plaquetas costumam ter alguns sintomas típicos, como:

Sangramentos frequentes ou prolongados

  • Sangramento espontâneo no nariz (epistaxe)
  • Sangramento nas gengivas ao escovar os dentes
  • Menstruação intensa e prolongada nas mulheres (menorragia)
  • Pequenos cortes que demoram a estancar

Manchas na pele e hematomas

  • Petéquias: pequenos pontos vermelhos ou roxos, principalmente nas pernas
  • Equimoses: manchas roxas que surgem sem motivo aparente
  • Púrpura: grandes manchas avermelhadas causadas por hemorragias internas

Sinais de sangramento interno

Essas manifestações geralmente ocorrem em casos graves e precisam de muita atenção. Ao notar os seguintes sintomas, é recomendado ir à emergência médica o quanto antes:

Como diagnosticar o problema?

A trombocitopenia costuma ser resultado de uma causa subjacente, ou seja, outras doenças ou condições de saúde. Dessa forma, é necessário entender o que está gerando o problema.

Geralmente, os especialistas que conseguem detectar a alteração são o clínico geral e o hematologista (profissional focado na saúde do sangue).

Para o diagnóstico, é necessário realizar a anamnese, com objetivo de entender o histórico médico do paciente. Além disso, são solicitados exames de sangue, como o hemograma completo, para verificar a contagem de plaquetas, e o teste de coagulação.

Também é importante fazer a checagem de deficiências nutricionais, especialmente da vitamina B12 e do ácido fólico, e o funcionamento dos rins e do fígado, a fim de identificar doenças renais e hepáticas. Esses testes também são feitos por meio da coleta de sangue.

Alguns exames complementares podem ser necessários, como:

  • Aspiração ou biópsia da medula óssea: para avaliar a produção de plaqueta
  • Ultrassom ou tomografia: para verificar o tamanho do baço
  • Testes para detecção de infecções: como dengue, HIV e hepatites

Tratamento: o que fazer em casos de trombocitopenia?

O tratamento depende da causa da trombocitopenia e da gravidade do quadro. Entenda:

Casos leves (plaquetas ligeiramente baixas, sem sintomas graves)

  • Acompanhamento médico e exames regulares
  • Alimentação equilibrada rica em ferro, vitamina B12 e ácido fólico
  • Suspensão de medicamentos que possam reduzir as plaquetas (sempre com orientação médica)

Casos moderados (plaquetas entre 30.000 e 100.000, com sintomas leves)

  • Uso de corticoides (em casos autoimunes, como Púrpura Trombocitopênica Idiopática)
  • Tratamento de infecções ou doenças subjacentes
  • Acompanhamento rigoroso para evitar sangramentos

 Casos graves (plaquetas abaixo de 30.000 ou risco de hemorragia)

  • Internação hospitalar
  • Transfusão de plaquetas quando há situações de risco
  • Uso de imunoglobulina em casos autoimunes graves
  • Cirurgia para retirada do baço (esplenectomia) em quadros específicos

Se as plaquetas estiverem muito baixas, o paciente deve evitar atividades que possam causar ferimentos e procurar ficar de repouso. Se houver sangramento excessivo, é necessário buscar assistência médica urgente.

Consequências do número baixo de plaquetas

Pacientes com plaquetas baixas apresentam sempre um risco mais elevado de sangramentos que demoram para coagular. Além disso, hematomas surgem com maior facilidade, mesmo que a pessoa não tenha sofrido pancadas fortes.

Impactos na qualidade de vida também são sentidos. Com frequência, essas pessoas sentem fadiga, fraqueza e cansaço excessivo, e ficam impedidas de realizar atividades físicas ou qualquer tipo de tarefa que possa causar ferimento, a fim de evitar hemorragias graves.

Existem maneiras de prevenir a diminuição de plaquetas?

Nem sempre é possível prevenir a queda das plaquetas, especialmente em quadros de infecções virais, como a dengue. Porém, manter a saúde em dia e fortalecer o sistema imunológico são formas de evitar o problema.

Confira algumas dicas:

Além disso, não esqueça de manter os seus check-ups médicos em dia. Agende uma consulta com um clínico geral perto de você e faça exames regulares para monitorar a saúde do seu sangue!

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Mayo Clinic – Thrombocytopenia (low platelet count)

Cleveland Clinic – Thrombocytopenia

Health Direct – Thrombocytopenia

National Library of Medicine – Thrombocytopenia

Medline Plus – Thrombocytopenia

Manual MSD – Considerações gerais sobre baixo número de plaquetas (trombocitopenia)

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Escrito por Vale Saúde

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