Por que sonhamos? Saiba o que acontece enquanto você dorme

O que são os sonhos?

Com certeza você já teve um sonho ao dormir. As histórias variam: às vezes elas são vívidas e se assemelham muito com a realidade, enquanto, em outros momentos, causam estranheza devido a detalhes específicos que não aconteceriam no dia a dia. Mas você já se perguntou por que sonhamos?

Segundo a Associação Americana de Psiquiatria (APA, na sigla em inglês), os sonhos são um estado fisiológico e psicologicamente consciente que ocorrem durante o sono. Neste período, o indivíduo vivencia uma série de experiências sensoriais, emocionais e motoras, que podem se assemelhar ou não com a realidade.

As características do sonho variam conforme o estágio de sono em que a pessoa está. Durante o sono REM (na sigla em inglês, Rapid Eye Movement, em português, “movimento rápido dos olhos”), considerado o estágio de sono mais profundo, os sonhos costumam relatar imagens visuais, emoções fortes, sentido de movimento e histórias elaboradas, com personagens que existem no cotidiano ou não. Além disso, muitas vezes acontecem descontinuidades repentinas na trama.

Por outro lado, no sono NREM (movimento não rápido dos olhos), apontado como um sono mais tranquilo, os sonhos estão ligados, frequentemente, a pensamentos e emoções. É mais difícil sonhar nesse estágio, mas não é impossível.

Por que sonhamos, de acordo com a ciência?

Apesar dos vários avanços científicos, os pesquisadores divergem sobre o motivo pelo qual sonhamos. Para a neurociência (que estuda as particularidades fisiológicas do sistema nervoso), os sonhos possuem objetivos funcionais para o cérebro.

Nessas hipóteses, é estipulado que sonhamos para preparar o cérebro para situações de risco, esquecer pontos irrelevantes do nosso dia a dia, fortalecer a memória e manter as ondas cerebrais ativas.

Já para a psicanálise (método de terapia que estuda aspectos abstratos das funcionalidades humanas), os sonhos servem para conseguirmos acessar questões que não trabalhamos de maneira direta enquanto estamos acordados, como medos e desejos profundos, praticamente ocultos.

No momento, não há como dizer quais possibilidades estão certas e erradas. Um artigo publicado pela Divisão de Medicina do Sono da Faculdade de Medicina de Harvard aponta que, mesmo com as investigações, os motivos pelos quais as pessoas sonham permanecem um mistério.

Quando dormimos o corpo descansa, mas e o cérebro?

É fato que precisamos dormir para recuperar a energia que gastamos ao longo do dia. Mas o cérebro realmente descansa nessas horas?

Durante o sono, o cérebro continua trabalhando bastante, principalmente quando o assunto são memórias. É quando dormimos que o órgão processa o que realmente precisa ser armazenado e o que pode ser descartado. Por isso, dormir bem está conectado com um bom aprendizado.

E, claro, durante os períodos REM e NREM, o cérebro está totalmente ativo criando sonhos, o que não nos impede de descansar ao mesmo tempo. Interessante, né?

Por que nem sempre lembramos dos nossos sonhos?

A neurociência já confirmou que nós sonhamos, sim, todas as noites. Mas nem sempre somos capazes de lembrar da história. É nesse momento que, novamente, as teorias dos neurocientistas e dos psicanalistas se complementam.

De acordo com Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, para lembrarmos de um sonho, é necessário que um segundo processo, chamado de “elaboração secundária do sonho” aconteça. É isso que possibilita as nossas recordações sobre as tramas que acontecem em nossa cabeça. Para Freud, na verdade, um sonho só se completa quando conseguimos contá-lo para outra pessoa.

Do agradável ao assustador: qual a diferença entre sonhos e pesadelos?

No geral, os sonhos são junções de fatos que aconteceram ao longo da vida ou no último dia. Dessa forma, muitas vezes as tramas estão conectadas com conflitos, situações ou desejos da pessoa.

Nesse cenário, o indivíduo consegue ter sonhos bons ou pesadelos. Se considerarmos como exemplo uma pessoa que está passando por momentos difíceis, os sonhos são capazes de ser positivos, criando um mundo onde os problemas não existem.

Mas, por outro lado, essa mesma pessoa também pode ter pesadelos com características de enfrentamento do conflito, ou com detalhes assustadores. Como ainda não há uma certeza sobre porque sonhamos, não há como saber. Além disso, os sonhos são individuais e particulares.

O significado dos sonhos conforme as crenças populares

Se não há dados científicos sobre sonhos e a respeito do significado deles, as crenças populares nos dão muita vazão nesse assunto! Várias pessoas acreditam que ao sonhar com um objeto, animal, ideia ou símbolo, há um sentido especial. Confira alguns:

• Rato: indica que a pessoa está perdendo muito tempo em problemas irrelevantes
• Cachorro: representa lealdade, proteção e boas intenções na vida
• Dentes caindo: indica falta de confiança ou vergonha
• Dinheiro: está ligado a confiança, sucesso e valor, e indica prosperidade
• Aranha: muitas vezes significa que a pessoa se sente desconfortável em alguma situação e precisa manter distância do que causa estranheza
• Estar grávida: aponta para algum aspecto que está crescendo na vida da pessoa
• Bebês: está ligado a inocência, pureza e vulnerabilidade
• Cabelo: pode ser definido como virilidade e sensualidade
• Morte: ao sonhar que alguém está morrendo, há uma conexão com sentir falta dessa pessoa em nossas vidas

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Condições que impactam o sono, como depressão, ansiedade, insônia e outros distúrbios do sono prejudicam não só os sonhos, mas como o dia a dia do indivíduo, que pode ficar mais estressado, fadigado e cansado ao longo das horas.

Por isso, se você apresenta dificuldades para dormir, é indicado procurar um médico do sono, que está disponível com uma assinatura da Vale Saúde!

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