Dicas e Curiosidades
Quais níveis de ferritina no sangue são preocupantes?
19 de novembro de 2024
Proteína produzida pelo fígado tem como principal função armazenar ferro no organismo
O que é ferritina? Para que serve?
Sintetizada pela primeira vez pelo cientista tcheco Vilém Laufberger, na década de 1930, a ferritina é essencial para a vida. A proteína produzida pelo fígado tem como principal função armazenar ferro (mineral importante para a fabricação de hemoglobina e mioglobina, que ajudam no transporte de oxigênio pelo sangue) no organismo. Ela é uma macromolécula, e cada uma consegue carregar até quatro mil átomos de ferro de uma só vez.
Cerca de 70% do ferro no nosso organismo pode ser encontrado na hemoglobina, enquanto os 30% restantes geralmente se incorporam à ferritina.
O exame laboratorial de ferritina é útil para avaliar a falta ou o excesso de ferro no sangue, sendo normalmente realizado juntamente com a dosagem de ferro sérico e com o hemograma, além de também ser útil no diagnóstico da fase aguda de inflamações e infecções.
Quais são os valores de referência?
Normalmente, em pessoas saudáveis o valor de referência da ferritina sérica é de 23 a 336 ng/mL em homens e de 12 a 306 ng/mL em mulheres adultas, podendo variar de acordo com o laboratório.
Porém, na mulher é normal existir ferritina baixa na gravidez, devido ao aumento da quantidade de sangue e da passagem de ferro pela placenta para o bebê.
Continue a leitura para saber mais sobre os sintomas de taxas alteradas e os fatores que causam esse desequilíbrio!
Ferritina alta
A ferritina aumentada normalmente indica excesso de ferro no organismo. Para ter certeza disso, geralmente são realizados também os outros exames, além de transferrina e ressonância magnética do abdômen tipo FerriScan.
Mas atenção: nem sempre os níveis de ferro acompanham os da ferritina. Existem casos nos quais o primeiro está adequado, enquanto o segundo está alto. A questão pode estar associada a processos inflamatórios, por isso, é capaz de sinalizar doenças como Covid, gripe ou até mesmo câncer.
Outros fatores que aumentam a ferritina, mas não o ferro, são:
- Alcoolismo
- Hepatite (inflamação do fígado)
- Esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado)
- Mau funcionamento do metabolismo
- Obesidade
- Anemia
- Problemas nos rins
- Leucemia (câncer que atinge os glóbulos brancos)
- Doença de Hodgkin (câncer do sistema linfático)
- Uso excessivo de suplemento de ferro
- Hemocromatose (doença genética que causa o acúmulo excessivo de ferro no organismo)
- Tireotoxicose (excesso de hormônio tiroidiano)
- Infarto
Por isso, fique atento aos sintomas! Quem sofre com essa condição tende a sentir dores abdominais, nas articulações, cansaço e possivelmente falta de ar.
O que pode acontecer se houver excesso de ferro no sangue?
Quando o problema é o excesso de ferro, outros sinais são possíveis:
- Perda de peso
- Dores em articulações
- Queda de cabelo
- Impotência
- Alterações no ciclo menstrual
- Arritmias
- Inchaço
- Atrofia testicular
O tratamento para ferritina alta depende da causa, mas normalmente também é complementado com a retirada de sangue para equilibrar os níveis de ferro e a adoção de dietas com poucos alimentos ricos em ferro ou vitamina C (que aumenta a absorção do mineral pelo organismo).
Para quem tem ferritina elevada, um aviso: as receitas de shot da imunidade que circulam pela internet têm grande quantidade de vitamina C. Portanto, não são adequadas ao seu caso!
Ferritina alta: o que comer
- Leite e derivados (fontes de cálcio)
- Café
- Chás com ou sem cafeína, a exemplo do chá verde
- Maçã (contém pectina)
- Pera
- Banana
- Melão
- Mamão
- Chocolate amargo (fonte de antioxidantes)
Qual nível de ferritina baixa é preocupante?
A ferritina baixa (menos de 12 ng/mL) normalmente indica que os níveis de ferro estão deficientes e, por isso, o fígado não produz a ferritina, já que não há ferro disponível para ser armazenado. As principais causas de ferritina baixa são:
- Anemia ferropriva
- Hipotireoidismo
- Disbiose intestinal (desequilíbrio da microbiota do intestino)
- Sangramento gastrointestinal
- Sangramento menstrual intenso
- Baixa ingestão de alimentos com ferro e vitamina C
Sintomas de ferritina baixa:
- Cansaço
- Fraqueza
- Palidez
- Falta de apetite
- Queda de cabelo
- Dores de cabeça
- Tonturas
- Dificuldade de concentração (crianças talvez apresentem baixo rendimento na escola, por exemplo)
- Unhas fracas
- Sonolência
- Perda de memória
- Falta de apetite (pouca fome)
Se a deficiência de ferritina não for grave, o tratamento pode ser feito com a ingestão diária de ferro ou com dietas ricas em alimentos ricos em ferro e em vitamina C (para melhorar a absorção do mineral). Em casos mais graves, será necessária a suplementação de ferro via parenteral (por injeções).
Quando é indicado o exame complementar de ferro sérico?
O exame de ferro sérico tem como objetivo verificar a concentração do ferro no sangue da pessoa, sendo possível identificar se há baixa quantidade ou sobrecarga desse mineral, que deve indicar deficiências nutricionais, anemia ou problemas no fígado.
A dosagem é feita a partir da coleta de uma pequena amostra de sangue, cuja coleta terá recomendação de jejum de 8 horas.
O ferro é um nutriente muito importante para o organismo, pois permite a fixação do oxigênio na hemoglobina, havendo transporte para todo o corpo, faz parte do processo de formação das hemácias e ajuda na formação de algumas enzimas importantes para o corpo.
O médico especialista solicita este teste laboratorial para concluir o diagnóstico de excesso ou deficiência de ferro no sangue.
Valor de referência
O valor normal varia de acordo com o método de diagnóstico utilizado, mas geralmente é:
- Crianças: 40 a 120 µg/dL
- Homens: 65 a 175 µg/dL
- Mulheres: 50 170 µg/dL
Os alimentos ricos em ferro
Veja a lista das principais fontes do mineral:
- Carnes (vermelha magra, frango, porco, peru, peixes e frutos do mar)
- Gema de ovo
- Vegetais de folhas verde-escuras (espinafre, brócolis e couve)
- Beterraba
- Leguminosas (feijão, lentilha, amendoim, ervilha e o grão-de-bico)
- Grãos integrais
- Oleaginosas (avelã, amêndoas, pistache, castanha do Pará, nozes e sementes de abóbora e girassol) e frutas secas
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Escrito por Vale Saúde
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