Alimentação
Quais os benefícios do gengibre para a saúde?
18 de janeiro de 2024
Cultivado há milênios, o gengibre possui diversos benefícios a saúde.
O que é o gengibre?
Comumente, o gengibre é conhecido como uma raiz com cheiro forte característico e sabor picante e marcante, sendo muito utilizado como especiaria. No entanto, não se trata de uma raiz, mas sim de um caule subterrâneo e, portanto, o gengibre que consumimos não é realmente uma raiz, mas um rizoma.
Parte importante da fitoterapia chinesa e originária de diversos países orientais, como Java, Índia e China, a Zingiber officinale é uma planta herbácea que se difundiu pelas regiões tropicais do mundo por conta da facilidade de seu plantio. Seu caule subterrâneo é utilizado como especiaria na culinária desde a antiguidade e, no Brasil, o gengibre é cultivado na faixa litorânea do país (em razão das condições de clima e solo mais adequados).
Utilizado com frequência como tempero nas culinárias japonesa, chinesa e indiana, no Brasil ainda é considerado exótico, embora seja de fácil acesso em lojas especializadas em produtos naturais, farmácias de manipulação, mercados e feiras livres. O produto ainda pode ser encontrado em diversas formas: fresco em sua forma natural, seco, em conserva, cristalizado, em pó ou também em cápsulas.
No entanto, é preciso prudência com o seu uso e ele não deve ser realizado indiscriminadamente. A utilização de plantas medicinais ou alimentos funcionais nem sempre é recomendada. Mesmo que amplamente utilizada, a fitoterapia não é inofensiva e a saúde natural deve ser abordada de forma integral, com acompanhamento médico adequado para atentarmos para os possíveis riscos de sua utilização.
Com aroma forte, mas doce e ao mesmo tempo amadeirado, o gengibre é uma escolha versátil como especiaria na preparação de diversos alimentos, sendo muito utilizado em bebidas, pratos salgados, doces e também fresco, em conserva ou cristalizado. De sabor picante e suculento, também é associado à boa saúde entre outros benefícios. Leia mais sobre suas propriedades a seguir!
Quais as propriedades medicinais do gengibre?
Muito se fala sobre as propriedades medicinais do gengibre e dos inúmeros benefícios que suas infusões e chás podem ter. A planta contém cobre, magnésio, potássio e vitamina B6 em sua composição e é conhecida por ser termogênica. Importante levar em conta que as características não são nem positivas, nem negativas, mas apenas qualidades das propriedades da substância. O benefício ocorre de acordo com cada caso, mas entre as ações do gengibre no organismo estão as seguintes funções:
- Analgésica
- Antibactericida
- Anticoagulante
- Antiemética (contra vômitos)
- Antiespasmódica (contra espasmos na bexiga, estômago, intestino ou útero)
- Antioxidante
- Antipirética (contra febre)
- Anti-inflamatória
- Desintoxicante
- Digestiva
- Diurético
- Vasodilatadora
O grande diferencial do gengibre está no fato de ele realizar todas essas funções de modo natural, funcionando como uma alternativa ou até mesmo em complementaridade em alguns casos ao uso de medicamentos industrializados. Neste caso em específico, é necessário consultar médicos especializados tais como o nutricionista e o gastroenterologista para que eles possam avaliar a situação do paciente como um todo e fazer os diagnósticos e indicações adequados. Vejamos a seguir quais as indicações mais frequentes em relação ao uso do gengibre.
Para que o gengibre é indicado?
Frequentemente, a indicação do gengibre se dá por conta de seus benefícios mais comuns, bem como também levando em conta os cuidados com a saúde preventiva e com o aumento da imunidade. Geralmente as substâncias que existem no gengibre são indicadas para:
- Aliviar cólicas menstruais e dores musculares
- Aliviar problemas respiratórios, tais como tosses e resfriados
- Combater a má digestão, tratando de azia, gases, enjoos, gastrite e refluxo
- Desintoxicar o fígado
- Evitar diabetes
- Equilibrar pressão arterial
- Melhorar a memória
- Prevenir alguns tipos de câncer (pâncreas, pele, pulmão estômago e cólon)
- Prevenir doenças cardíacas
- Promover o emagrecimento
- Tratar infecções
Em alguns casos, a indicação do gengibre ocorre diretamente – como a melhoria de problemas respiratórios e o combate à má digestão. Em outros, trata-se de um efeito colateral do uso: o emagrecimento e a melhoria da memória ocorrem por conta do efeito energizante da planta.
O gengibre não emagrece o corpo por si só, mas pode colaborar com a perda de peso, desde que faça parte de uma alimentação nutricionalmente equilibrada para o organismo indicada por nutricionista e seja acompanhado por hábitos saudáveis e também atividade física regular.
É preciso também atentar para o fato de que o gengibre deve ser utilizado com parcimônia e com acompanhamento, pois não serve para todos os casos. Existem contraindicações e efeitos colaterais no corpo a partir de seu uso e elas precisam ser observadas para que não ocorra o oposto do desejado.
Para cada fase da vida – infância, idade adulta, gravidez e melhor idade – as substâncias vão interferir de modo distintos. Leia a seguir quais os possíveis riscos de uma utilização imprudente desta planta medicinal.
Quais as contraindicações e efeitos colaterais do uso do gengibre?
Em alguns casos, o uso do gengibre na dieta pode causar reações indesejáveis ou até mesmo contrárias aos benefícios que se propõe a princípio. É preciso atentar para as condições gerais de saúde e também para casos específicos onde a sua utilização é mais prejudicial que benéfica para o corpo.
Não é porque se trata de um ativo natural que o uso deve ser realizado sem avaliação e discriminação. A seguir, alguns casos específicos de uso de medicamentos onde o consumo de gengibre deve ser evitado:
- Anticoagulantes: se aspirina, heparina, enoxaparina, dalteparina, varfarina ou clopidogrel são administrados, o uso de gengibre deve ser evitado. Como é anticoagulante ele pode aumentar o efeito dos remédios causando sangramentos e hematomas. Ao passar por cirurgias, o uso também deve ser suspenso.
- Antiinflamatórios: além disso, o gengibre também pode interagir com anti-inflamatórios como diclofenaco ou ibuprofeno, por exemplo, aumentando o risco de sangramento.
- Antidiabéticos: como insulina, glimepirida, rosiglitazona, clorpropamida, glipizida ou tolbutamida, por exemplo, pois o gengibre pode causar diminuição brusca do açúcar no sangue, levando a sintomas de hipoglicemia como tontura, confusão ou desmaio.
A seguir veremos alguns casos e condições em que o uso de gengibre deve ser observado ou até mesmo suspenso:
- Alergia: caso ocorra reação de dificuldade de respirar, garganta fechada ou coceira intensa, o uso deve ser interrompido e o atendimento médico deve ser imediato
- Consumo em excesso: podem causar dores de estômago e aumentar a ansiedade
- Crianças: não é recomendada a ingestão para crianças com menos de 6 anos
- Gravidez: ainda não existem estudos que falem da ação do gengibre durante a gravidez, no entanto um médico deverá ser consultado para acompanhamento
- Hipertireoidismo: nesta condição o consumo deve ser evitado, pois o metabolismo já é muito acelerado e o risco de perda de massa muscular aumenta
- Insônia: por ser estimulante não deve ser consumido após as 18 horas, sob pena de prejudicar o sono pela aceleração do metabolismo
- Pressão alta: O uso do gengibre com os medicamentos para pressão alta, pode baixar muito a pressão ou causar alteração nos batimentos cardíacos (arritmia). É preciso fazer o controle por 2 semanas medindo a pressão diariamente para verificar se há sensibilidade ao consumo de gengibre.
- Problemas no estômago: contraindicado para quem tem cálculos na vesícula, irritação no estômago, diarreia, cólicas, azia, refluxo, gastrite, úlcera e esofagite
Caso se tenha alguma condição de saúde prévia à utilização do gengibre na alimentação diária, médicos de diferentes especialidades – seja um gastroenterologista, nutricionista ou nutrólogo – deverão ser consultados e um acompanhamento deverá ser realizado. A partir de exames solicitados, eles poderão averiguar se o consumo é adequado ou se deve haver algum tipo de substituição ou alteração na dieta e/ou hábitos.
Como adicionar o gengibre na dieta do dia a dia?
Caso o consumo de gengibre seja liberado, ainda assim é necessário prudência na sua utilização. A ingestão não precisa ser diária, mas pode ser realizada de tempos em tempos, em diferentes receitas. Frequentemente é usado como tempero na maioria das receitas, pra ajudá-las a promover uma digestão saudável.
Considerado um alimento versátil na nutrição funcional – por poder ser utilizado tanto em doces quanto salgados – pode ser usado em diferentes tipos de preparações tais como pães, sopas, marinadas, tempero de carnes, frangos e peixes, saladas, molhos, biscoitos, balas, doces e bolos.
Em relação a alimentação funcional e em um consumo diário, geralmente o uso do gengibre pode ser feito de diferentes modos:
- Infusões e chás: ferver 2 a 3cm do caule em 200ml de água por 5 a 10 minutos e tomar preferencialmente sem açúcar
- Sucos detox: um exemplo é usar a especiaria com suco de couve, limão e maçã
- Águas saborizadas: deixar pedaços do caule em uma garrafa com água (junto com hortelã ou capim limão) e ir consumindo ao longo do dia
Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, também é utilizadopara fazer os tradicionais bonecos de gengibre (ginger bread), que são tipo biscoitos de gengibre para o Natal. Jamaicanos e gregos também fazem cerveja de gengibre e no Reino Unido há o vinho de gengibre. Aqui no Brasil, a especiaria é utilizada para a confecção do quentão, bebida típica das festas juninas.
Encontre a ajuda necessária no Vida V
O Vida V foi feito para cuidar da sua saúde. Ao assinar, você tem acesso a mais de 70 especialidades, incluindo nutrição.
Além disso, também é possível fazer coletas de laboratório e agendar exames de imagem, sem filas e de uma maneira muito mais prática.
Saiba mais sobre as assinaturas do Vida V e comece a tratar de si mesmo!
Escrito por Vale Saúde
A Vale Saúde é uma marca Vivo e oferece serviço de assinaturas com descontos e preços acessíveis para você cuidar melhor da sua saúde.