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Saúde Mental

Quais são os efeitos colaterais da fluoxetina?

18 de fevereiro de 2025

Conheça as reações adversas que o medicamento antidepressivo é capaz de provocar

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O que é fluoxetina?

Um dos medicamentos antidepressivos mais utilizados pela população brasileira, o cloridrato de fluoxetina é comercializado somente sob prescrição médica e com retenção de receita, pois é um remédio de uso controlado. A substância é considerada a primeira escolha para controlar crises depressivas e, portanto, você já deve ter ouvido falar bastante sobre ela.

Aprovada nos Estados Unidos em 1987, a fluoxetina foi o primeiro inibidor seletivo da recaptação da serotonina. A substância é administrada via oral, em formato de cápsulas, comprimidos ou gotas. Ela foi lançada no mercado para tratar a depressão e outras condições psiquiátricas relativas à saúde mental.

Além do manejo dos sintomas depressivos associados ou não à ansiedade, a medicação é indicada para tratamento da bulimia nervosa, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) e ainda em casos de síndrome do pânico. A resposta terapêutica do medicamento é observada algumas semanas após o início da ingestão dos comprimidos, aliviando e melhorando os sinais associados a esses distúrbios.

Continue a leitura para saber mais sobre a medicação fluoxetina, como identificar efeitos colaterais e o que fazer nesta situação.

Fluoxetina é ansiolítico ou antidepressivo?

O cloridrato de fluoxetina é um antidepressivo de segunda geração que pertence à classe dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS).

A serotonina é um neurotransmissor, ou seja, é uma substância química responsável por levar mensagens de um neurônio para outro. Ela está ligada a mensagens para regulação do humor, do sono, do apetite e até de memória e aprendizado. A fluoxetina é capaz de aumentar os níveis de serotonina no cérebro e, por isso, é usada para tratar a depressão e outros transtornos mentais e alimentares.

Já os ansiolíticos, também chamados de calmantes, têm um efeito oposto, para reduzir sintomas físicos imediatos dos distúrbios psiquiátricos. Eles geralmente atuam de forma rápida e são indicados para uso de curto prazo.

Como os antidepressivos agem regulando substâncias químicas no corpo, esses medicamentos têm uso a longo prazo. Após duas a seis semanas de uso diário de fluoxetina, o paciente deverá perceber benefícios como a melhora do humor, para dormir, redução de ansiedade e da intensidade de pensamentos obsessivos e compulsivos e aumento da energia e concentração.

No tratamento de condições de saúde mental, ambos os tipos de medicamentos podem ser recomendados pelo médico psiquiatra, utilizados em conjunto e de forma complementar.

O que a fluoxetina faz com o corpo?

A fluoxetina possui boa farmacocinética, ou seja, ao ser administrada pela via oral (podendo ser tomada independentemente das refeições), é rapidamente absorvida no trato gastrointestinal e distribuída pelos tecidos, até que chega a seu alvo (o SNC – Sistema Nervoso Central), efetua sua ação, e se transforma em um produto excretável por meio da metabolização. Ao terminar sua tarefa, ela sai do corpo pela via renal.

Os efeitos da medicação começam a ser percebidos de duas a quatro semanas após o início do tratamento.

O objetivo do uso do antidepressivo é garantir a maior disponibilidade de um neurotransmissor que atua no equilíbrio do humor (reduzindo sentimentos de tristeza e desânimo, pensamentos repetitivos e compulsões), impedindo a recaptação pré-sináptica (nas células cuja função é gerar e liberar sinais entre os neurotransmissores do cérebro) da serotonina.

Conforme a gravidade da doença, a fluoxetina poderá ser usada de 6 a 12 meses, e até por 2 anos ou mais, especialmente nos casos em que haja risco de os sintomas voltarem.

Efeitos colaterais comuns

Um estudo do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo revelou que o medicamento é capaz de produzir reações adversas graves. Por esse motivo, o uso do cloridrato de fluoxetina deve ser acompanhado por um médico, que irá avaliar a necessidade do tratamento e prescrevê-lo conforme as indicações específicas de cada paciente.

Confira os efeitos colaterais mais comuns da fluoxetina (em mais de 10% dos pacientes que utilizam o medicamento):

As reações consideradas comuns são aquelas que afetam entre 1% e 10% das pessoas tratadas com o antidepressivo. São elas:

Existem ainda alguns efeitos colaterais que são incomuns e atingem até 1% das pessoas que fazem uso da medicação, como dilatação da pupila dos olhos, dificuldade para engolir, mal-estar e alterações psicomotoras. Outros exemplos são:

Mais raras ainda são as seguintes reações: dor no esôfago, reação anafilática, edema de laringe, convulsão, crises de mania, equimose (manchas roxas na pele devido à presença de sangue no tecido), fotossensibilidade e síndrome abdominal aguda.

Fluoxetina e paroxetina são medicamentos que a serem evitados em determinados casos porque são capazes de causar bruxismo.  

Quem não pode tomar fluoxetina? Contraindicações

Fluoxetina não deve ser usada por crianças ou jovens com menos de 18 anos, pessoas com diabetes, mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Caso tenha alergia a cloridrato de fluoxetina ou a qualquer componente da fórmula, seu uso também não é recomendado.

A fluoxetina interage com outros medicamentos e substâncias. Caso faça uso de alguma das substâncias abaixo, outro medicamento talvez seja mais indicado:

  • Álcool
  • Anti-inflamatórios
  • Ácido acetilsalicílico
  • Clorpromazina
  • Propranolol
  • Fenitoína
  • Carbamazepina
  • Haloperidol
  • Diazepam
  • Alprazolam
  • Imipramina
  • Varfarina

Sempre informe ao médico sobre todos os medicamentos e substâncias que faz uso. Dessa foram, ele indicará a melhor opção de tratamento e recomendará ajustes na posologia, de acordo com cada caso.

O uso durante a gravidez será cogitado apenas se os benefícios do tratamento justificarem o risco potencial para o feto, tendo em conta os riscos do não tratamento da depressão. Este medicamento não deve ser utilizado em mulheres gestantes ou amamentando sem orientação médica, pois o cloridrato de fluoxetina é excretado no leite humano.

O remédio ainda precisa ser utilizado com precaução em pacientes com condições clínicas que predispõem a arritmias e reações sistêmicas progressivas envolvendo a pele, o fígado, rins ou os pulmões; e com cuidado em pessoas com pressão intraocular elevada ou naqueles que têm um risco de glaucoma.

A importância do acompanhamento médico.

Durante o uso de qualquer antidepressivo ou outro medicamento de uso controlado, é necessário o monitoramento regular dos sintomas e da evolução do quadro psíquico, para promover possíveis ajustes no tratamento. Para isso, é fundamental ter comunicação aberta com o profissional em saúde mental.

Em caso de suspeita de reações adversas e efeitos colaterais, procure um psiquiatra perto de você o mais rápido possível!

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Escrito por Vale Saúde

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