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Qual exame detecta angina? Fique atento aos sintomas
08 de agosto de 2023
Se tiver dor forte no peito, paciente deve buscar ajuda médica para fazer um eletrocardiograma
Como saber se você tem angina?
As doenças cardiovasculares, que envolvem o coração, órgão vital do nosso corpo, e seu sistema circulatório, são crônicas e a principal causa de mortes em todo o planeta. Por isso, é importante que essas condições sejam devidamente diagnosticadas e tratadas corretamente.
Caracterizada por um grande desconforto e pressão no peito, a angina serve como um alerta para prestar mais atenção a essa parte do organismo e procurar ajuda médica. Essa forte dor na região do tórax é causada pela falta de oxigênio no coração. Na maioria das vezes, é acompanhada de uma sensação de aperto e queimação, que pode se espalhar para os braços, costas e pescoço.
Trata-se de um conjunto de sintomas provocados pela limitação da irrigação e baixo suprimento de oxigênio ao músculo cardíaco. Essa insuficiência ocorre em razão do estreitamento das artérias que levam sangue ao órgão (aterosclerose). A evolução do caso de angina pode provocar um infarto.
Neste artigo, vamos explicar mais detalhadamente os sintomas das crises, como diagnosticar a doença e quais cuidados devem ser tomados. Continue lendo!
Quais são os sintomas da angina?
Os principais sintomas de angina são:
- Sensação de queimação, aperto ou dor no peito, que pode durar até 20 minutos e que é capaz de irradiar para ombro, braço, pescoço e mandíbula (principalmente do lado esquerdo)
- Formigamento no braço, ombro ou punho
- Náusea e enjoo
- Suor frio
- Falta de ar e respiração rápida
- Cansaço
- Taquicardia (batimentos cardíacos acelerados)
- Sensação de indigestão
Os sintomas podem ser desencadeados após esforços ou exposição ao frio. No entanto, em alguns casos, acontecem também durante o repouso. Além disso, a intensidade dessas reações varia de acordo com o tipo da angina.
O cardiologista deve ser consultado para fazer uma avaliação dos sintomas e fechar o diagnóstico, sendo iniciado logo o tratamento mais adequado.
Como confirmar o diagnóstico?
O diagnóstico da angina é feito a partir da história clínica do paciente e de um exame físico feito pelo médico em consultório. Dependendo do caso, o especialista pode solicitar os seguintes exames complementares:
- Eletrocardiograma
- Ecocardiograma (ECG)
- Dosagem de enzimas cardíacas no sangue
- Holter 24 horas
- Teste de esforço (na esteira ergométrica)
- Cintilografia
- Tomografia cardíaca e de coronárias
- Ressonância cardíaca
- Coronariografia
- Cateterismo cardíaco
O cateterismo cardíaco é um exame muito importante, pois, além de quantificar de forma mais exata a obstrução dos vasos e avaliar a presença de alterações do fluxo de sangue, é capaz de tratar a causa da obstrução, por meio da angioplastia, com implante de um stent ou uso de um balão, para abrir a artéria.
Angina aparece no eletrocardiograma?
Sim, o eletrocardiograma (ECG) é capaz de apontar algumas alterações, entre elas, a redução temporária do fluxo sanguíneo no coração. Ele é o primeiro exame a ser realizado quando um paciente dá entrada na emergência com dores fortes no peito, pois pode mostrar imediatamente se está ocorrendo um infarto.
Normalmente, os médicos diagnosticam angina com base na descrição dos sintomas. É possível que um eletrocardiograma detecte pouco ou nada anormal entre e, às vezes, até mesmo durante as crises de angina.
Durante uma crise, a frequência cardíaca pode aumentar ligeiramente, a pressão arterial pode subir e, com um estetoscópio, o especialista pode ouvir uma alteração nos batimentos cardíacos. O ECG consegue detectar mudanças na atividade elétrica do coração.
Quando os sintomas são típicos, o diagnóstico clínico geralmente é simples. O tipo de dor, sua localização e sua associação com o esforço, refeições, clima e outras informações pode ajudar os médicos a suspeitarem de angina. A presença de fatores de risco para doença arterial coronariana também ajuda a estabelecer o diagnóstico.
Quais são as causas da angina?
A causa mais comum de angina é a doença arterial coronária, chamada de aterosclerose. Ela é consequência do acúmulo de placas de gordura, colesterol e de outras substâncias nas paredes das artérias, o que restringe o fluxo de sangue para o músculo cardíaco. Nesses casos, a dor se manifesta especialmente após esforço físico e estresse emocional, que fazem com que o coração trabalhe mais e aumente a necessidade de oxigênio.
Em alguns casos, a angina pode ser decorrente de uma anemia grave, devido à baixa concentração de hemoglobina (molécula que transporta oxigênio) nos glóbulos vermelhos. Com esse quadro, há a diminuição de oxigênio chegando ao músculo cardíaco.
Além disso, em situações mais raras, a angina pode ser causada por:
- Hipertensão arterial grave
- Estenose da válvula aórtica
- Espessamento das paredes dos ventrículos
- Vazamento da válvula aórtica
Também existem alguns fatores de risco:
- Tabagismo
- Obesidade
- Sedentarismo
- Diabetes
- Elevação do colesterol e triglicérides
- Genética
Quanto tempo dura a angina de peito?
Geralmente, a dor da angina dura apenas alguns minutos, de 5 a 15. Uma crise com sensação de queimação e pressão no peito pode se estender por até 20 minutos.
Ainda é possível ocorrer formigamento e desconforto no ombro, braço, punho, pescoço e mandíbula, com outros sintomas de mal-estar, como falta de ar, náuseas, sudorese e palpitações.
Com frequência, a dor torna-se mais intensa durante a atividade física e diminui durante o repouso. Alguns tipos da doença, entretanto, causam desconforto mesmo quando o paciente está em repouso ou dormindo.
A dor pode ser agravada pelo estresse emocional, estômago cheio e exposição a baixas temperaturas.
Não ignore os sinais da angina. Mesmo que desapareçam temporariamente, ainda é necessário procurar orientação médica, pois pode ser um sinal de que ocorreu uma obstrução temporária capaz de levar a um infarto completo.
O que fazer durante uma crise de angina?
Todas as pessoas com crises de angina devem manter contato regular com o médico, pois ela representa risco de vida em potencial e requer atendimento profissional urgente.
Não espere muito para fazer uso da medicação contra angina. Tome-a de maneira profilática antes de iniciar tarefas extenuantes. Numa crise, quanto mais cedo tomar o remédio, mais eficiente será seu efeito.
Se for a primeira vez que apresenta o conjunto de sintomas e tiver alguns fatores de risco descritos acima, procure logo um pronto-socorro para fazer um eletrocardiograma e descartar a emergência primeiramente cogitada: um infarto, que pode ser fatal sem assistência médica.
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Escrito por Vale Saúde
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