Qual exame detecta apendicite: o que fazer em casos suspeitos

Antes de mais nada: entenda o que é apendicite

A apendicite é uma inflamação do apêndice, que pode levar à morte se não for devidamente diagnosticada e tratada o quanto antes. No geral, o tempo de evolução da doença é muito rápido: em até 72 horas, o apêndice pode se romper, causando uma infecção por todo o abdômen.

Qualquer pessoa, em qualquer faixa etária, pode ter um quadro de apendicite. No entanto, a condição é mais comum em jovens entre 20 e 30 anos. Existem várias causas para a doença, mas a mais comum ocorre quando há a entrada de fezes dentro do apêndice, causando inflamação.

Os sintomas da apendicite podem ser confundidos, inicialmente, com outras doenças, como virose e gastroenterite. Por isso, é essencial que o paciente procure atendimento médico o mais rápido possível para que exames sejam realizados, a fim de detectar a inflamação e evitar complicações graves.

Leia também: Apendicite: causas, sintomas e tratamento

A importância de diferenciar a apendicite de outras doenças

Como falamos, a apendicite tem sintomas muito semelhantes aos de outras doenças, especialmente infecções gastrointestinais, pedra nos rins e até cistos nos ovários, no caso das mulheres.

Dessa forma, o paciente precisa estar atento para diferenciar os sinais de uma possível inflamação no apêndice dessas outras enfermidades que citamos acima.

O principal sintoma da apendicite é uma dor abdominal severa, que se inicia com pontadas leves, mas se torna mais aguda e constante gradualmente. Essa dor é localizada no lado direito e na parte inferior do abdômen, próximo ao umbigo.

Quando o médico aperta a barriga nessa região, o paciente sente dor. O diferencial é que, quando a pressão no local diminui, a dor aumenta, ao invés de cessar. Esse é um grande indicativo de apendicite.

O paciente também pode ter outros sintomas, como:

• Falta de apetite
• Febre e calafrios
• Inchaço na barriga
• Rigidez abdominal
• Gases
• Fadiga e apatia
• Náuseas e vômitos
• Mal-estar generalizado
• Constipação (dificuldade para evacuar)
• Colapso do aparelho digestivo (porque o intestino para de funcionar eventualmente)

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Qual exame detecta apendicite?

Para detectar apendicite, o médico (geralmente um clínico geral) escuta o histórico de sintomas do paciente e parte para um exame físico, que consiste, principalmente, em apalpar o abdômen da pessoa.

Se houver suspeita de inflamação no apêndice, o paciente é encaminhado para atendimento com um cirurgião do aparelho digestivo, que pode solicitar exames complementares para confirmar o diagnóstico.

A ultrassonografia e a ressonância magnética são exames de imagem que conseguem identificar bloqueio no lúmen apendicular, inflamação, outras causas de dor abdominal e apêndice estourado (que é considerado um caso gravíssimo).

Também pode ser solicitada uma ressonância magnética, com objetivo de visualizar o apêndice aumentado ou estourado, ou um abscesso apendicular.

Em algumas situações, o médico ainda pode prescrever um exame de sangue, que é capaz de apontar um número elevado de leucócitos (células de defesa), o que confirma uma infecção no organismo, mas não necessariamente um quadro de apendicite. Não existe, atualmente, um exame laboratorial específico para comprovar um diagnóstico de infecção no apêndice.

Leia também: Saiba o que pedir em um exame de sangue completo

Como tratar casos de apendicite?

A cirurgia de retirada do apêndice (apendicectomia) é o único tratamento que existe, nos dias de hoje, para casos de apendicite. Como são quadros graves, especialmente se tiverem passadas mais de 48 horas após o início dos sintomas, o cirurgião pode optar até mesmo por realizar o procedimento cirúrgico antes de ter uma confirmação da dor abdominal, a fim de preservar a vida do paciente.

Nessas situações, se o profissional constatar que não há inflamação no apêndice, ele pode retirar o órgão da mesma maneira, com objetivo de evitar possíveis infecções no futuro.

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O apêndice é um órgão inútil?

Durante a gestação, pesquisas indicam que o apêndice tem uma função imunológica na vida embrionária e, após o nascimento e na fase adulta, acredita-se que o órgão continua trabalhando nessa função.

Também existem indícios que o apêndice funciona como uma espécie de extensão do intestino e serve como um depósito para bactérias que auxiliam na digestão de alimentos, além de conseguir ajudar na recomposição da flora intestinal, principalmente quando há infecções gastrointestinais.

No entanto, essas são apenas algumas suposições, e o apêndice é considerado um órgão vestigial, isto é, que perdeu a sua função principal de acordo com a evolução humana.

Por isso, a retirada do apêndice não gera qualquer tipo de perda ao corpo, e o indivíduo pode viver uma vida normal sem esse órgão.

Leia também: Como saber se minha imunidade está baixa?

O que acontece se a apendicite não for diagnosticada e tratada?

Se um quadro de apendicite não for tratado a tempo, o apêndice pode se romper, causando uma infecção no abdômen, seguida por uma infecção generaliza (sepse) e morte.

A apendicite evolui muito rápido e, em até 72 horas (3 dias), é provável que o órgão arrebente. Por isso, é essencial que o paciente preste atenção aos seus sintomas e procure a emergência médica o quanto antes.

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