Saúde e Bem-estar
Quando o espasmo muscular é preocupante?
30 de janeiro de 2024
Contrações podem ser sinais de estresse, fadiga, doenças e deficiência de vitaminas e minerais.
O que é espasmo muscular?
Durante o exercício físico, algumas pessoas sentem dores acompanhadas de contrações involuntárias. Esses são sinais dos espasmos musculares e das câimbras, que costumam afetar as panturrilhas, as coxas, os braços e o abdômen.
Outros incômodos comuns, como sentir a pálpebra do olho tremendo de vez em quando ou uma fisgada na perna no acordar pela manhã, também são exemplos desse sintoma.
Essas sensações são espasmos musculares, definidos como contrações involuntárias dos músculos capazes de ocorrer em qualquer grupo muscular do corpo. Eles podem ser inofensivos ou indicar quadros graves.
Os espasmos durante o sono conseguem atrapalhar a qualidade do repouso. Já aqueles que se manifestam no rosto, mais especificamente no olho, são sinais de que a pessoa está passando por muito estresse ou está sobrecarregada.
Eles apontam ainda para doenças como a distonia (condição neurológica capaz de causar contrações dolorosas), indicam lesão por esforço repetitivo e deficiência de cálcio e magnésio.
Por isso, é preciso ficar atento ao sintoma e é importante agendar uma consulta médica com profissional qualificado quando ele persiste, causando dor ou atrapalhando a rotina do paciente.
Se você sofre com esta reação ou conhece alguém que frequentemente relata essa queixa, continue lendo para conferir mais detalhes do incômodo físico nos próximos tópicos! A seguir, vamos apresentar os tipos que existem, as causas e como se prevenir e tratar.
Quais são os tipos de espasmos musculares?
Os espasmos ocorrem em vários grupos musculares do corpo, e costumam ter nomes diferentes de acordo com a parte que afetam. No entanto, as regiões mais afetadas são:
- Gastrocnêmio: panturrilha inferior ou porção de trás da perna
- Isquiotibiais: parte de trás da coxa
- Quadríceps: frente da coxa
Confira outros tipos comuns de espasmos:
- Torcicolo (causado pela contração muscular na região do pescoço)
- Soluço (também é provocado por um espasmo, no músculo chamado diafragma, que separa o tórax do abdômen e está diretamente relacionado com a respiração)
- Broncoespasmo (contração repentina da musculatura lisa do brônquio)
- Espasmo hemifacial (tremores involuntários apenas de um lado da face)
- Blefaroespasmo (fechamento involuntário dos olhos)
- Espasmo mioclônico (repentino, breve, involuntário, como se fosse um choque e que pode variar de intensidade e frequência)
- Espasmo infantil durante o sono
Como são os sintomas?
O espasmo se manifesta tanto como um desconforto acompanhado de rigidez da área atingida até uma dor repentina, que chega a ser muito intensa e impedir que os músculos funcionem como deveriam.
Enquanto o espasmo está acontecendo, é possível aparecer nós musculares. Também é possível observar um aumento de sensibilidade no local.
Outra característica dessas contrações involuntárias é que elas podem ser leves ou intensas, durar de segundos a minutos e ocorrer nos pés, nas mãos, nos braços, nas pernas, no abdômen, nas costas e no tórax. Os sintomas adicionais são:
- Dor muito intensa
- Desconforto no músculo afetado
- Músculos enrijecidos ou paralisados
- Formigamento ou dormência
- Fraqueza
- Movimentos lentos
- Alteração na coordenação motora
- Sensação de agulhadas ou alfinetadas
Em alguns casos, o espasmo muscular não causa dor ou desconforto, aparecendo apenas como uma sensação de vibração ou tremor no músculo, como o tremor nas pálpebras. Normalmente, a contração passa em alguns minutos, desaparecendo sozinha, sem necessidade de tratamento.
Será importante consultar o médico se os sintomas causarem grande desconforto, forem frequentes, não melhorarem após alguns minutos ou vierem acompanhados por inchaço, vermelhidão ou alterações da pele no local afetado.
O que provoca espasmos musculares?
Os espasmos são resultado de desequilíbrio hidroeletrolítico no corpo ou de sobrecarga muscular. Eles funcionam como uma espécie de autoproteção do corpo, pois sinalizam que algo não corre bem com os músculos e colaboram para que lesões mais graves não surjam.
Muitos motivos distintos provocam espasmos. Entre as possíveis causas deste problema estão:
- Fadiga ou lesão muscular
- Estresse ou nervosismo
- Ficar com o corpo na mesma posição por longos períodos
- Falta de alongamento antes das atividades físicas
- Doenças cerebrais, como Parkinson, esclerose múltipla, distonia, doença de Huntington e epilepsia
- Insuficiência renal crônica
- Dano a um único nervo ou a um grupo de nervos (mononeuropatia) ou a múltiplos nervos (polineuropatia) que estão conectados aos músculos
- Síndrome da Pessoa Rígida
- Distúrbios ou compressões nos nervos periféricos
- Desidratação
- Exercícios pesados ou praticar atividades físicas no calor
- Hiperventilação (respiração rápida), que ocorre com ansiedade e pânico
- Níveis elevados de fosfato no corpo
- Câimbras musculares, geralmente provocadas pela sobrecarga durante esportes ou atividades de trabalho
- Gravidez (geralmente no terceiro mês)
- Níveis baixos de magnésio, potássio ou cálcio no corpo
- Hipotireoidismo e outros distúrbios da tireoide
- Falta de vitamina D
- Tétano
- Diabetes
- Cirrose
- Fibromialgia
- AVC (Acidente Vascular Cerebral)
- Consumo excessivo de cafeína
- Uso de drogas estimulantes, como as anfetaminas
- Uso de determinados medicamentos (como diuréticos, que promovem a eliminação de minerais do corpo)
É normal ter espasmos musculares? Quando se preocupar?
Como as contrações musculares involuntárias são reações naturais do corpo, alguns espasmos são inofensivos. Se eles aparecerem com muita frequência e ficarem cada vez mais longos, é necessário prestar maior atenção ao sintoma. Diante da evolução do problema, talvez seja preciso usar medicamentos e fazer sessões de fisioterapia e/ou terapia ocupacional. Lembrando que a administração de remédios e a recomendação de tratamentos complementares só devem ocorrer sob prescrição médica.
É preciso consultar um especialista com a persistência dos seguintes sintomas:
- Fraqueza nos braços e nas pernas
- Instabilidade no caminhar
- Contração espasmódica
- Dor e dormência que se espalham pelo corpo e pioram com espirros, tosses ou quando você se senta
- Piora da dor ao deitar e dificuldade para dormir
- Movimentos abruptos, rápidos, sem propósito e incontroláveis
- Febre e perda de peso
- Mudanças no funcionamento do intestino ou da bexiga, como incontinência urinária ou fecal
Em quadros graves, as contrações musculares fortes são capazes de causar a ruptura de tendões e ligamentos. Por isso, não se deve esperar muito para procurar ajuda profissional diante da constância dos espasmos. Quanto mais cedo é feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhores são os resultados.
Como parar de ter espasmos? Qual especialista procurar?
O espasmo muscular normalmente melhora sem necessidade de tratamento. Para aliviar a contração, no momento em que acontece, deve-se:
- Parar a atividade que possa ter causado o espasmo
- Alongar e/ou massagear suavemente o músculo contraído
- Aplicar compressas quentes ou tomar banhos mornos, para relaxar o músculo
- Passada a crise, aplicar compressas frias para aliviar a dor muscular
As dicas acima ajudam a aliviar os desconfortos, mas se a dor muscular não melhorar, deve-se consultar um médico para prescrição da medicação mais indicada para cada caso (relaxantes musculares ou anti-inflamatórios). Se os sintomas persistirem e for necessário diagnosticar uma causa clínica para os espasmos, os especialistas recomendados são clínico geral, neurologista, reumatologista, nefrologista ou endocrinologista, conforme o problema de saúde do paciente.
Após a anamnese, avaliação física e exames, os próximos passos serão orientados pelo profissional para tratar a doença específica. Além de fisioterapia, com exercícios de alongamento ou uso de aparelhos, ainda é possível ter acompanhamento com nutricionista para garantir uma alimentação saudável e equilibrada e fazer suplementação de minerais e vitaminas se esta for a razão dos espasmos.
Diferença entre câimbra e espasmo muscular
Esses dois fenômenos são parecidos e podem ser confundidos, mas é importante saber diferenciá-los para facilitar o diagnóstico pelo profissional de saúde. Os espasmos de curta duração e de menor intensidade não são vistos pelo médico na hora da avaliação clínica, então ele depende do relato do paciente para identificar o problema.
A câimbra é caracterizada por dores mais fortes e, apesar de que possa ocorrer em todo corpo, é mais comum na panturrilha e nos pés. Já os espasmos musculares, geralmente, apresentam dores mais leves e é habitual acontecerem em qualquer parte do corpo.
Como prevenir espasmos musculares?
Assim como para a maioria das doenças e condições médicas, manter bons hábitos e a saúde em dia é a receita para evitar a ocorrência de espasmos musculares.
Confira as principais sugestões para a prevenção:
- Aquecer antes dos treinos, fazendo um alongamento completo dos músculos também após os exercícios, depois de muito tempo na mesma posição e antes de dormir
- Manter o condicionamento físico em dia e não ultrapassar os limites do próprio corpo
- Caprichar na hidratação e reposição de sais minerais
- Evitar fazer exercícios em dias muito quentes
- Reduzir o consumo de cafeína e outros estimulantes
- Evitar bebidas alcoólicas
- Ingerir a quantidade de água recomendada para idade e peso
- Manter uma alimentação balanceada (aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio ou magnésio, como banana, maçã, kiwi, aveia, castanhas e água de coco)
- Repousar sempre que for possível, especialmente se tiver fatores de risco
- Controlar o estresse e a ansiedade, realizando técnicas de relaxamento e meditação
- Priorizar momentos de lazer para fomentar a saúde mental
- Se preciso, fazer suplementação vitamínica
- Regular bem as horas de sono
- Usar calçados confortáveis
- Evitar medicamentos com espasmos musculares como reações adversas
- Fazer massagens, sempre que possível
- Aplicar compressas de água morna em regiões do corpo com desconforto
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Escrito por Vale Saúde
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